Páginas

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ESTE POVO HONRA-ME COM OS LÁBIOS MAS SEU CORAÇÃO...

Nestes dias do final de ano, parece que a maioria das pessoas se sentem imbuídas de um espírito fraterno e procuram demonstra-lo fazendo doações, abraçando inimigos, dando presentes, alimentando alguns famintos, visitando os pobres enfim passam a ter uma atitude cristã. Mas será que ser um verdadeiro cristão e só isto ou há algo mais envolvido? Sim, as coisas alistadas acima são muito boas mas não é tudo para se ser um bom cristão. Isto porque muitas pessoas que nem religião tem, mas por serem boas de índole e coração também fazem isto e até em grau maior. Além disto, a maioria das pessoas, passada esta época, voltam a fazer coisas  detestáveis, totalmente diferente. Caem na gandaia, exploram os pobres, ignoram os famintos, odeiam seus inimigos e tudo mais que não deveriam fazer. São cristãos de fachada, apenas por  alguns dias. O verdadeiro cristão o é,  todos os dias do ano e em todos os aspectos de sua vida e não apenas quando se vai a igreja ou templo ou em certas ocasiões, tornando-se um "cristão sazonal". Por exemplo, durante a primeira guerra mundial, no calor do confronto entre  tropas aliadas e alemães, deu-se uma trégua no dia 25 de dezembro de 1914, parando os soldados britânicos e alemães de atirarem uns contra os outros, entoaram cânticos de natal e até se confraternizaram. No dia seguinte, dia 26, voltaram a matar uns aos outros. De que valeu tal trégua? Serviu para as partes raciocinarem sobre as suas atitudes e pararem de se matar? Não, voltaram com mais gana e espírito guerreiro praticando atrocidades. Assim, também acontece com as pessoas que nestes dias ficam como que "cristianizadas", é só por um breve período. Logo, logo voltam a ser o que sempre foram. Também Jesus disse que não adianta falarem sobre ele, dizerem que o amam, se é só da boca pra fora, pois não o amam de verdade, já que não fazem a sua vontade. Por isto ele disse no evangelho de Mateus, no capítulo 15 versículo 8; "Este povo honra-me  com os lábios mas o seu coração está muito longe de mim"  Sim, o verdadeiro cristão além de serem bons, procuram fazer a sua vontade, que é irem pregar e fazer discípulos, ensinando as pessoas sobre as verdades bíblicas e não apenas fazendo caridade como se isto bastasse ou fosse a coisa essencial. Tanto isto é verdade que, em outra passagem do mesmo livro de Mateus, agora naquele  que  é chamado de o Sermão do Monte, Jesus disse, que muitos diriam "Senhor, Senhor não profetizamos em teu  nome e não expulsamos demônios em teu nome e não fizemos muitas obras poderosas em teu nome? Contudo lhes confessarei então, nunca vos conheci. Afastai-vos de mim, vos obreiros do que é contra lei". Se você não faz o que Ele ordenou  que se fizesse neste tempo do fim, todo o seu empenho é um trabalho em vão, pois não foi isto que Jesus disse para seus discípulos fazerem. Não adianta dar um peixe a uma pessoa faminta, logo, logo ela estará com fome  de novo. O melhor que se tem a fazer neste caso é ensina-la a pescar, assim ela nunca mais passará fome literal. Da mesma forma, quando se alimenta espiritualmente uma pessoa, através do ensino deixado por Jesus e os seus apóstolos, ensinando-as sobre as verdades vitalizadoras da Palavra de Deus, ela nunca mais passará fome ou sede espiritual, nem será enganada pelos aproveitadores que ao invés de pastorearem o rebanho de Deus, saqueiam e tosquiam as suas ovelhas, tirando proveito delas. Então o que Jesus espera dos verdadeiros cristãos hoje em dia é que o honrem não apenas com os seus lábios, cantando ou falando dele, mas de coração, vivenciando em suas vidas o verdadeiro cristianismo, não apena em certas datas, mas como um estilo de vida, fazendo a sua vontade, que é pregando e ensinando as pessoas a fim de conhecerem a verdade que poderá lhe dar a vida eterna, tornando-a livre de doutrinas e ensinos falsos e dos aproveitadores.  

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O IMPÉRIO DA MEDIOCRIDADE

Estamos vivendo um período de uma pobreza cultural sem precedentes na história das artes, não em um mas em todos os seus seguimentos. Nunca houve uma época assim, onde a expressão de cultura desceu a um nível tão baixo. Seja na música, no cinema, no teatro, nas artes plásticas, em livros ou qualquer outra forma de expressão, o que se vê é uma avalanche de mediocridade. Parece que todos os bons artistas ou morreram ou deixaram de produzir seus trabalhos, sucumbidos que foram por um tsunami anti-cultura. O que impera agora  é o vulgar, o chulo, o barato, a falta de criatividade, uma pasmaceira geral, uma falta de ebulição e de efervescência para liberar pessoas e obras de valor. Enquanto a década de sessenta foi rica na produção cultural, o que estamos presenciando agora é uma enxurrada de basbaquice, de cópias mal feitas, de cover e de falta de originalidade. Não há mais um Andy Warhol ou um Jean Michel Basquiat para nos surpreender com seus trabalhos e conceitos inovadores de arte. Um Pablo Picasso ou um Salvador Dali para vermos que corpos podem possuir formas diferentes, cubísticas e surrealistas. Mesmo no nosso continente, possuíamos poetas e escritores do quilate de um Pablo Neruda, de um Jorge Luis Borges, de um Gabriel Garcia Marquez e do nosso Jorge Amado que nos brindavam com suas obras literárias. No cinema havia Jean-Luc Godard que ainda é vivo mas está inoperante, um Luis Buñuel, um Federico Fellini, um Michelangelo Antonioni, um François Truffaut, um Bergman, um Glauber Rocha, que mesmo no entretenimento da telona nos faziam pensar a fim de separar o que era realidade da ficção. Um Augusto Boal que nos mostrava a luz para um teatro contemporâneo e vigoroso, o teatro dos oprimidos, para não falarmos do nosso dramaturgo maior, Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha. Na música então aí é que a coisa despencou ladeira abaixo. Não há mais beleza musical, não há mais harmonia, não se houve os  acordes sincopados de um jazz, de uma bossa nova ou de um blue. O rock expressão maior de uma juventude rebelde e que tanta inovação trouxe ao cenário musical,  foi substituído pelo sertanejo, pelo axé, pelo funk e por  pagode pobre de rima e versos. A falta de nomes que inovassem, ou de algum gênio criativo que nos tirasse do obvio e corriqueiro, fez proliferar o banal, o medíocre, os Justin Bieber, as Lady Gaga, os Restart e os Calipsos da vida, com isto deu-se enfase ao que é ruim, enchendo a bola das duplas sertanejas e também na mesma toada, a dos cantores solos do mesmo gênero, as cantoras de axé e até as da música gospel com as suas estridentes vozes vociferantes. Todos faturando horrores, como se fossem astros de primeira grandeza, por conta da mídia estúpida que só pensa nos lucros, fabricando assim tais fantoches, que são aclamados por um público alienado e de um mau gosto musical que chega as raias da boçalidade. Sim,o que vemos é a mediocridade imperar, dominando a todos, nos empurrando goela abaixo o que é intragável, o plágio, o lixo absurdo que tais "artistas" produzem. Andy Warhol que conseguiu fazer arte até em latas de sopa, vaticinou que no futuro todos teriam os seus quinze minutos de fama, só não conseguiu prever que muitas pessoas, sem nenhuma luz ou brilho próprio, teriam não quinze minutos, mais dias e mais dias expostas como sendo famosas, em horários nobre na telinha da tv, nos reality shows. É duro ter de aturar isto!

domingo, 18 de dezembro de 2011

TEM BANANA NA BANDA, A ERA LEILA DINIZ

A década de sessenta tanto no mundo como no Brasil, trouxe várias mudanças no comportamento das pessoas, principalmente das mulheres, que passaram a exigir mais liberdade, liberdade para fazer sexo sem se casarem, de falar palavrões, de fumarem, enfim terem o mesmo mau comportamento que os homens possuíam. Como ícone deste tipo de atitudes, surge no cenário uma professora de primário, nascida em Niterói mas já morando no Rio. Seu nome LEILA DINIZ. Ela é protagonista de várias novelas da Globo, é estrela em vários filmes, atua no teatro "rebolado", da entrevista "bomba" no mais lido jornal da juventude rebelde "O Pasquim", torna-se rainha da banda de Ipanema, casa-se por duas vezes, quebra tabus, desfila  de biquini  grávida numa praia,  fala mais palavrões que qualquer outra mulher anteriormente, foi  mencionada em música, tem uma filha e morre num acidente aéreo na Índia quando retornava para casa. Tudo isto, numa breve vida de vinte e sete anos. Por levar tal tipo de vida pagou um preço alto. Depois de ter sido artista da Globo, esta rescindiu o seu contrato, não mais a querendo em seu quadro, por achar que não havia nenhum papel que se enquadrasse na sua forma de viver. A censura passou a perseguir a imprensa depois de sua entrevista ao aludido jornal, levando ela por alguns, a culpa  por isto. Embora tivesse casado ou vivido com dois diretores famosos, sua filha ficou praticamente orfã com a sua morte, tendo sido criada por amigos. Sim,  o preço que pagou por sua "pretensa" liberdade foi muito grande. Num comparativo quadro do binômio custo/benefício, este último foi muito pequeno ao custo que arcou, por sua atitude irreverente.  Não vamos dar uma de moralista, criticando este ou aquele seu ato, que embora a tenham tornado como precursora de um estilo de vida copiado até hoje por muitas mulheres. Mas isto não lhe rendeu frutos palpáveis ou uma vida sossegada e feliz, apenas a admiração de algumas pessoas, principalmente de homens que gostariam que "todas as mulheres do mundo" agissem assim, de serem "livres" para fazerem o que quiserem,  principalmente no tocante a sexo, desde que estas não fossem suas mulheres ou suas filhas. O ponto alto de sua carreira e  fama,  foi quando atuando como uma linda e estilizada Carmen Miranda de biquini em "Tem Banana na Banda" levou  aqueles que a viram ao delírio, com a sua ousadia e feminidade, numa época em que o teatro "rebolado" sentia saudades de sua vedete maior, Virginia Lane. Hoje,quase quarenta anos de sua morte, ela é apenas uma vaga lembrança, naqueles que viveram a era Leila Diniz, o que é muito pouco em termos de uma vida realmente valiosa.  Embora ela sempre apareça rindo em suas fotos, não significa que ela fosse uma pessoa feliz, pois uma de suas frases bem famosas, demonstram um pouco de sua solidão e a falta de pessoas amigas de seu lado, a frase  é: "Gosto de andar sozinha; me dou bem comigo  mesma".  Assim viveu este furacão chamado Leila Diniz.       

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A ERA DOS FESTIVAIS DE MÚSICA

Tendo por base ou inspiração o festival de música de Sanremo na Itália que já vinha acontecendo desde o início da  década de 50, em 1965 o produtor musical Solano Ribeiro,  resolveu promover e entrar na era dos festivais de canção. O primeiro deles foi em São Paulo, no teatro Paramount,  transmitido pela extinta Tv Excelsior-SP, sagrando-se vencedora "Arrastão", música de Edu Lobo e versos de Vinicius de Moraes. A interprete era uma iniciante cantora que ainda não sabia como fazer com os braços enquanto cantava, seu nome: Elis Regina. No ano seguinte a Tv Record de São Paulo encampou o projeto de Solano e passou a transmitir o mesmo festival da canção que era só de música e cantores nacionais. Foi a época de músicas como Ponteio, de Disparada, de Domingo no Parque, de A Banda, de Alegria, Alegria, de Maria Carnaval e Cinzas, de Eu e a Brisa, de É Proibido Proibir, de Beto Bom de Bola e tantas outras. Voltando ao Festival Italiano de Sanremo, que este ano completou sessenta anos ininterruptos desde sua primeira edição, ele revelou vários cantores e compositores, entre eles podemos destacar mais recentemente Laura Pausini, um pouco antes Gigliola Cinqueti e bem la atrás, Domenico Modugno, ganhador por quatro vezes de tal festival, um dos quais com a célebre música Nel Blu Dipinto de Blu, mais conhecida como Volare e de outro, com a música  Dio Come Te Amo. Para este festival, nós contribuímos de alguma  forma para o seu brilhantismo, isto porque o compositor Sergio Endrigo, convida o nosso rei Roberto Carlos, para cantar a sua música "Canzone Per Te" e ganha o Festival de Sanremo de 1968.  Me parece que um ano antes em l967, o compositor Luigi Tenco, por  ver desclassificada a sua música "Ciao, Amore Ciao", naquela mesma noite se suicida. Coisas de amante fanático de tal festival.  Voltando de novo  aos nossos festivais, em 1966 o produtor Augusto Marzagão, resolve fazer um festival de música, mas de âmbito internacional, que seria  transmitido pela iniciante Tv Globo. Primeiro há a fase nacional tanto em São Paulo, transmitido pela Record, como no Rio pela Globo onde é escolhida a música que iria representar o Brasil no Festival Internacional da Canção ou FIC, que passou a ser realizado no Maracanãzinho, sempre nos meses de outubro. Para comandar o espetáculo chama dois apresentadores como mestres de cerimônia, Hilton Gomes e Ilka Soares. Assim tivemos, como primeira vencedora a música  "Saveiros"  de Dory Caymi e Nelson Mota, depois foi a  vez de "Margarida" de Gutemberg e Guarabira, "Luciana" e "Sabiá" de Tom Jobim e Chico Buarque. Mas a grande música da parte nacional de um destes festivais, não foi vencedora, ficou em segundo lugar, era "Travessia" de Milton Nascimento. Para a parte internacional do festival são convidados artistas, maestros e compositores de renome, tais como Henry Mancini, Quincy Jones, Jimmi Webb, Ray Evans, Jay Livingstone, Lex Baxter, Dom Costa, Nelson Ridlle, Maurice Jarre, Michel Legrand  e muitos outros. Do lado nacional, por causa dos festivais, surgem nomes ainda pouco conhecidos como Edu Lobo, Chico Buarque de Hollanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Geraldo Vandré, Raul Seixas, Dori Caymi, Sergio Ricardo e como cantoras Elis Regina, Nara Leão, Rita Lee, Gal Costa, Maria Alcina e Beth Carvalho. É a época das músicas protestos contra o regime militar que dominava com mão de ferro toda forma de expressão cultural. Por conta disto, após alguma  música ser cantada num dos festivais, compositores como Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e outros tiveram de buscar exílio em outros países. Os festivais também se caracterizaram por vaias em gente famosas, como em Roberto Carlos, Sergio Ricardo, Quincy Jones, Bill Medley, Tom Jobim  e Chico os dois últimos  por causa de sua  música "Sabia" ter sido escolhida a representante do Brasil ao invés de  "Pra Não Dizer Que falei  De Flores". Vinicius de Moraes, o "Poetinha" ficou tão indignado com as vaias dadas a seus parceiros Tom e Chico que queria "pegar" Geraldo Vandré por acha-lo culpado pelo ocorrido.  Em 1972, no último festival, Toni Tornado foi o vencedor com a música "BR 3" de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, ele cantou dando uma de James Brown, com passes iguais ao do rei da soul músic. Infelizmente, como dizem, tudo que é bom dura pouco, com apenas seis anos de duração do FIC, ficamos órfãos de festivais, órfãos daquele bom período de intercâmbio musical, que ficou conhecido como a era dos festivais. Para terminarmos este nosso passeio musical pela era dos festivais, nada melhor do que pegarmos carona em uma frase de Geraldo Vandré dita no lotado Ginásio Gilberto Cardoso, mais conhecido como Maracanãzinho, antes de cantar a sua célebre música, "Caminhando", ou "Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores" a fim de acalmar o público,  que os órgãos de repressão diziam ser de trinta mil comunistas e que queriam vê-lo vencedor e não "Sabiá", cantada por Cinara e Cibele do Quarteto em Ci, dizendo em resumo: - "A VIDA NÃO SE RESUME A FESTIVAIS", o que é uma pura verdade.

Obs: Na foto acima vemos Gilberto Gil, quando cantava Domingo no Parque, segunda colocada no festival de 1967 e ao fundo o apresentador Blota Júnior da Tv Record de São Paulo.     

sábado, 10 de dezembro de 2011

SERÁ QUE DEUS É SURDO?

Ao ouvir a maioria  dos cantores gospel e certos pastores em suas preleções no púlpito, tem-se a impressão que Deus deve ser bem surdo, porque a gritaria que fazem chamando-o é monumental, indo além dos decibéis que nossos ouvidos possam suportar, numa verdadeira poluição sonora. Esses que fazem assim, agem tão diferente do conselho dado por Jesus Cristo para seus seguidores, conforme expresso no evangelho de Mateus no capítulo 6. Lá Jesus diz para tomarmos cuidado, para não sermos como os hipócritas que gostam de orarem para serem ouvido por outras pessoas, ou sejam fazem orações altas, gritando. No versículo 8 do citado capítulo de Mateus ele acrescenta: "Tu, porem, quando orares entra no teu quarto particular, e fechando a porta, ore a teu Pai que está em secreto e este te olhará em secreto", quer dizer Deus ouve meros sussurros, não é necessário nenhuma gritaria, pois como Jesus acrescenta no texto seguinte, Deus sabe das coisas antes mesmo de nós pedirmos, assim conclui-se que Deus não é surdo. Houve no passado na nação de Israel, uma disputa entre os adoradores do Verdadeiro Deus e os adoradores de Baal. Foi na época do profeta Elias e do Rei Acabe que embora fosse rei de Israel, era seguidor de Baal. Este acontecimento serve para nos orientar para saber se é necessário gritar para Deus nos ouvir ou se na verdade a gritaria tem haver com algum deus falso. O livro de Primeira dos Reis no capitulo 18 nos relata que o Profeta de Deus, Elias, propôs uma prova para os profetas de Baal, junto ao monte Carmelo a fim de verem quem era o verdadeiro Deus. Assim, prepararam um lugar e colocaram numa fogueira armada, um novilho abatido mas sem nenhum fogo para consumir a oferta. Elias então, mandou que os profetas de Baal, chamassem por Ele, a fim de enviar fogo dos céus para queimar a oferta, o que fizeram toda uma manhã e nada. No versículo 28  do capitulo 18 de Primeira dos Reis, diz que eles, os profetas de Baal, gritaram ao máximo de sua voz e até fizeram cortes em si para berrarem mais alto e nada. Aí então, Elias fez uma oração ao Verdadeiro Deus, sem nenhuma gritaria e desceu fogo dos céus, queimando a oferta posta. Vemos assim, que gritaria tem tudo haver com deuses falsos e não com o Deus Verdadeiro que não é surdo e tem a capacidade de ouvir meras balbuciações de nossa voz. Portanto, desconfie de quem usa de gritaria para falar com Deus, seja na música, em palestras ou em alguma oração, pois além de desnecessária é um desrespeito para com o Próprio e outras pessoas que moram por perto, que são obrigadas a ouvirem, sendo assim incomodadas por tais gritos de aleluias, glórias e outros em igrejas ou templos. Tal gritaria, quando é feita por várias pessoas ao mesmo tempo, numa histeria coletiva como acontece em muitos "cultos", uma verdadeira "torre de babel", longe de trazer louvor só trás vitupério e preconceito contra aqueles que assim se portam, pois demonstram que são fanáticos, desequilibrados e não pessoas sensatas e razoáveis assim como eram o Mestre e seus discípulos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

POR UM PUNHADO DE DOLARES

Houve uma época em que o cinema italiano desbancou o cinema americano, naquilo que este tinha de mais original que era o gênero "farwest". Com alguns astros de hollywood, entre estes Clint Eastwood, Henry Fonda, Eli Wallach, Charles Bronson e como coadjuvantes lindas mulheres italianas, como Claudia  Cardinale e outras, o estúdio Cinecita de Roma, começou a filmar os bangue-bangue ou os faroestes italianos, não na Itália, mas em solo espanhol, que era bem parecido com  a paisagem do oeste americano. Para isto contava com excelentes diretores, sendo o mais destacado deles, Sergio Leone. Para coroar a película,  foi adicionado um  toque musical de uma beleza deslumbrante, vindo das mãos do grande maestro e arranjador Ennio Morricone, que compôs músicas para serem lembradas pra sempre independente do filme. Assim foram feitas, obras primas tais como:  Era uma Vez no Oeste, O Bom o Mau e o Feio ou Três Homens em Conflito,  Django, Um Dólar Furado, Por um Punhado de Dólares e outros mais, a ponto de deixar para trás quase esquecidos, diretores americanos do quilate de John Ford aquele de, Nos Tempos das Diligências e atores tais como John Wayne, o mais característico representante do gênero "cowboy americano". Sim, os faroestes a spaguetti da década de sessenta são sucessos até hoje para os cinéfilos apaixonados  pelo gênero. Deixando de lado a sétima arte mas seguindo a mesma linha do filme  título,  muitas vezes na vida nos confrontamos com pessoas que fazem qualquer coisa por dinheiro. Para elas o dinheiro é tudo. Amor, amizade, companheirismo são esquecidos ou são trocados por uma bolsa de moedas, assim como Judas Iscariotes fez com Jesus Cristo, vendendo-o por trinta moedas de prata. Devemos sempre nos lembrar que, o dinheiro tem algum valor nos ajuda em algumas situações, como no caso de alguma doença, onde aquele que tem algum dinheiro pode fazer um tratamento particular, ao invés de ficar numa fila do SUS para ser atendido num hospital público. Pode também nos dar um certo conforto, de poder comer aquilo que gostamos, passearmos quando houver oportunidade e algumas coisas mais. Mas, o dinheiro não pode comprar saúde, felicidade, amor, amizade, atenção, carinho, para estas coisas não há dinheiro que possa pagar, elas não tem preço. Assim, você  que faz de tudo para  alcançar riquezas,  ter muito dinheiro, achando que com isto terá o mundo aos seus pés, saiba que ao invés disto, o dinheiro poderá lhe trazer muita infelicidade, falsas amizades, amores interesseiros, doenças cardíacas, stress, depressão e outros males ou até mesmo a morte prematura como aconteceu com um ganhador sozinho de um prêmio milionário de uma mega-sena, assassinado a queima roupa em um bar em Rio Bonito, RJ. PORTANTO NÃO TROQUE COISAS VALIOSAS, VERDADEIRAS E PURAS, POR UM PUNHADO DE DÓLARES. Não vale apena, o fim pode ser trágico, como era para  todos os bandidos do faroeste tanto americano como italiano.   

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

REVIVAL DE MINHA ADOLESCÊNCIA

É noite, quando de repente o meu celular toca. Depois de me identificar, uma voz masculina me pergunta:- Sabe quem está falando? Eu respondo que não. A voz desconhecida insiste, dando algumas dicas.- É um amigo seu dos anos sessenta, e aí se lembrou? Depois de vasculhar meu baú de memórias auditivas, respondo desconcertado que não. Então depois de uma pausa ele diz: - É o Carlinhos, filho do seu Waldemar e da Dona Maria...o Carlinhos "Leiteiro". Bom, após isso, não havia como não se lembrar. Depois de rememorarmos nossas vidas, o que tinha acontecido de bom e de ruim, ele me disse que estava programando pro mês seguinte um almoço com todos os que haviam vivido naquele pedaço de rua os bons anos sessenta. Na data marcada desci a serra, com um dos meus filhos. Ao chegar a rua, fui observando as mudanças que haviam ocorrido neste longo período tempo. Cheguei enfim, a casa onde ocorreria o almoço e olhares atentos nos observavam do terraço da casa. Logo apareceram pessoas que me envolveram em longo abraços, até que um senhor de cabelo grisalho se apresentou: era o Carlinho "Leiteiro" o promotor da festa. Aquele reencontro e aquela rua onde eu havia passado parte da minha adolescência me remeteram para aqueles anos felizes, cheios de sonhos de uma juventude que acreditava poder mudar o mundo com uma nova filosofia de vida. Lembrei-me dos anos de chumbo na faculdade, onde muitos colegas foram presos, torturados e alguns até mortos, por conta disto, quando íamos para a aula, além de livros, levávamos bolas de gude e cortiça para derrubarmos os cavalos da polícia, que invadia o prédio para nos bater. Não dá para esquecer da chegada as lojas de discos, dos  novos Lps do Creedence, dos Rolling Stones, dos Beatles, do Simon and Garfunkel, do conjunto Santana e outros. Das idas ao Cine Paissandú para assistir a sessão da meia-noite, filmes como: "A Bela da Tarde" de Luiz Buñel; "Um Homem e Uma Mulher", de Claude Lelouch; "Depois Daquele Beijo" (Blowup) de Michelangelo Antonioni e os vários filmes de Godard e Fellini. Do show inesquecível de Wilson Simonal no Maracanãzinho, desbancando o nosso internacional Sergio Mendes e o Brasil 66. Dos festivais da canção, onde compositores e maestros do porte de Jimmy Webb e Quincy Jones foram vaiados, apesar do apresentador Hilton Gomes salientar que Quincy era aliado de Martin Luther King, na época ainda vivo, na luta pelos direitos humanos. Do Geraldo Vandré, tentando impedir que a platéia continuasse vaiando Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque de Holanda e como não conseguiu, disse:- A VIDA NÃO SE RESUME A FESTIVAIS. E atacou cantando "Pra não dizer que não falei de flores", sendo ovacionado até ao delírio quando dizia a frase, "e acreditam nas flores vencendo canhão". Foram tantas as recordações que esta década me trouxe que não dá para resumir num link, todo o revival de minha adolescência a não ser um curta-metragem  na sessão nostalgia.       

domingo, 4 de dezembro de 2011

BANQUETE DOS MENDIGOS

Nestas ocasiões das festas do fim de ano, são muitas as pessoas que deixando de lado seus preconceitos e até uma certa repugnância, dão uma de bom samaritano e promovem verdadeiros banquetes para os menos favorecidos, os excluídos, os mendigos, tentando com isto aplacar as suas dores de consciência por uma vida de luxo e extravagância. Mas não adianta nada para tais pessoas famintas comerem muito bem numa época e o resto do ano passarem fome. Por que,  por mais que se coma num dia, logo no outro o estômago vai ficar roncando, precisando de algo para saciar. Assim, era  melhor que se desse pouca coisa mas sempre e não apenas num período ou em certas datas. A fome é uma das coisas que mais tem provocado a morte, principalmente entre crianças no continente Africano. É muito triste, a imagem chega ser chocante, ver inocentes crianças, apenas pele e ossos, uns mortos-vivos com aquele olhar de já derrotados pela fome, aguardando apenas o dia de sua dolorida morte. Atualmente um bilhão de pessoas no mundo passam fome. Cerca de vinte milhões de pessoas e na maioria crianças morrem de fome ou de desnutrição a cada ano. É um número muito grande de mortos, fruto da desigualdade entre os dez por cento da população que possui muito e esbanja demais, que é o da classe dominante e o outro lado da pirâmide que é a grande maioria. onde se falta o básico.  O nosso planeta tem a capacidade de alimentar a todos  e muito bem. Infelizmente a ganância e as diferenças gritantes entre as classes sociais é que fazem uns terem muito e outros  absolutamente nada. Não é preciso ir longe, outro país ou continente  para ver de perto  esta triste  e grave realidade, que é o da escassez de alimentos. O vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, está aí para nos envergonhar com a sua enorme miséria e fome  porque passam seus habitantes. É o nosso Haiti, lugar onde as mães por não terem nada para darem de comer a seus famintos filhos, fazem para eles biscoitos de barros e margarina. Enquanto isto, gastam-se todo o ano, bilhões e bilhões de dólares com  armamentos, dinheiro que seria mais do que o suficiente para erradicar o problema da fome no mundo. Para os pobres, os marginalizados, os que passam fome, os governos humanos já demonstraram a sua incapacidade de resolver tal calamidade, só um governo justo as mãos de Jesus Cristo é que irá resolver de uma vez para sempre o problema da fome e outros que nos afligem. Ansiamos ver o dia chegar em que crianças não mais morrerão de fome e os banquetes com alimentos nutritivos e saborosos, serão a regra no nosso dia a dia  e não uma exceção, como acontece nos fins de ano para os pobres e famintos mendigos. Nesta época não haverá mais desigualdades muito menos mendigos, todos terão o bastante para saciar sua fome sem precisar da "generosidade" dos "cristãos" de ocasião.  

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

VOCÊ É O QUE VOCÊ COME

Eles estavam prisioneiros num país inimigo, a maior potência da época. O Rei de tal nação, mandou que seu principal oficial, separasse alguns jovens cativos que fossem de família real, tivessem boa aparência, não tivessem defeitos, além de terem qualidades de sabedoria e outros predicados para estarem em sua casa real. Deu ordem a tal oficial que por três anos os alimentassem com as suas iguarias bem como lhes dessem vinho e ao final os trouxessem até ele para servirem em sua côrte. Ao verem que entre as iguarias do Rei, havia muitas carnes e vinhos, os quatro prisioneiros, solicitaram  ao oficial, que os deixasse comerem apenas legumes e bebessem  água. O Oficial ficou temeroso, devido a ordem expressa recebida do Rei,  mas ante a insistência dos quatros prisioneiros, que para o tranquilizarem, resolveram a fazer uma prova por um período de dez dias, para ver se as suas aparências estariam piores ou melhores do que quem comia as iguarias do Rei, ele aceitou a proposta. E assim se deu, ao final dos dez dias, suas aparências eram bem melhores do que a dos que comiam das iguarias do Rei. Com isto, o oficial os deixou se alimentando por três anos, apenas com legumes e água e as suas fisionomias ao final destes, eram bem superiores as dos demais que se alimentaram diferente. Esta é a história de Daniel e de seus amigos Sadraque, Mesaque, Abednego, cujo relato está no primeiro capítulo do livro que  leva seu nome. Sim, a sabedoria divina já vinha falando há três mil anos atrás o que a ciência médica e os nutricionistas só vieram a descobrir em tempos mais recentes, de que a alimentação á base de legumes, verduras, frutas é muito mais saudável do que a ingestão de carnes, principalmente a vermelha. Bebermos pelo menos um copo de água ao nos deitar e outro ao levantar pela manhã, antes mesmo de escovarmos os dentes é muito bom, desintoxica e limpa o organismo. Uma alimentação balanceada, que contenha cereais, brócolis, couve-flor, aveia, castanhas, soja, chás, azeite extra virgem, evita o aparecimento de inúmeras doenças, inclusive câncer. Também faz bem a saúde e melhora os  níveis de colesterol, comer certos peixes que contêm ômega 3, tais como salmão e a tão barata sardinha. Sim, uma boa alimentação acompanhada  de exercícios físicos diários, tais como uma caminhada de uns 30 minutos, a abstinência total do uso de fumo e cortar o excesso de ingestão de bebidas alcoólicas, poderá até reverter o quadro de doenças já instaladas, ou diminuir os seus males. Como bem o diz um ditado popular, VOCÊ É O QUE VOCÊ COME. Não estamos com isto pregando uma radicalização, para nunca mais  fazer uso de carne vermelha ou outras comidas de origem animal, bem como pizzas, batatas fritas que são muito gostosas mas não são saudáveis. Sim, de vez quando podemos nos dar ao luxo e o prazer de comer estes alimentos, tudo com equilíbrio nunca em excesso, mas o incentivo maior é para fazermos mais uso de algo que nos dê uma melhor qualidade de vida. Porque se você quer aparecer bem na foto e viver bem, faça uso de coisas saudáveis, jogue fora o cigarro, não beba em demasia e assim, você terá uma vida satisfatória, com alguma pequenas restrições é certo mas mesmo assim, muito prazerosa. ENTÃO, VIVA A VIDA, NUNCA SE ESQUECENDO DE QUE, SOMOS O QUE COMEMOS.            

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

NO LUGAR ERRADO NA HORA ERRADA

Há algum tempo atrás, os meios de comunicação mostraram que a maior favela da América Latina, a Rocinha, havia sido retomada pelas forças públicas de segurança, passando a ter também um policiamento ostensivo da PM, uma UPP, o que causou grande alegria nos seus milhares moradores. No dia seguinte ao da retomada, uma segunda-feira de ponto facultativo, passei em frente ao Vidigal e a Rocinha e como sempre numa boa, sem nenhuma preocupação ou medo. Me lembrei que alguns anos atrás, quando havia um confronto entre bandidos do Vidigal e da Rocinha, eu tinha um cliente que possuía um apart-hotel na Barra, mais precisamente na Av. Pepê, de frente ao quartel dos bombeiros, onde eu também ficava nas vezes que ia Rio. Para chegar até a Barra da Tijuca indo pela Av. Niemeyer eu passava defronte a favela do Vidigal e depois em São Conrado em frente a favela da Rocinha, logicamente que lá embaixo. Muitas vezes, á noite quando a troca de tiros corria solto entre as duas facções das favelas rivais, nós tínhamos que esperar a coisa se acalmar para irmos em frente para chegar a Barra. Lá nesta avenida a Niemeyer, no sentido Leblon - Barra é o seguinte, depois que você passou o Sheraton Hotel, não tem como voltar, você tem de prosseguir haja o que houver à frente. Numa destas vezes, ao chegar no apart-hotel depois de atravessar tais caminhos perigosos, o meu cliente me ligou dizendo que estava numa churrascaria a "Laço de Ouro", que ficava em Jacarepaguá e que eu deixasse o carro no hotel e pegasse um taxi a fim de encontra-lo na aludida churrascaria. Assim o fiz e as 19:00hrs parti para tal churrascaria, que ficava na Av. Edgar Wernek, avenida que atravessa a Cidade de Deus, lugar tido como altamente perigoso. Ficamos em tal churrascaria até depois da meia-noite e voltamos para a Barra da Tijuca para o apart-hotel, de novo atravessando a Cidade de Deus, sem nenhum contra-tempo, apesar da hora ser bem avançada. De manhã, fomos para o centro do Rio, onde o acompanhei numa audiência trabalhista, após o que, vim para a serra onde resido. Estava tranquilo trabalhando em meu escritório, quando por volta das 17:30hrs, o Oficial de um Cartório que se localiza no prédio onde tenho escritório, veio até a minha sala e disse para eu fechar o escritório, pois em outro Cartório também no prédio, houve um assalto a mão armada, com roubo de vultosa quantia e que funcionários e outras pessoas que lá estavam, foram todos amontoados e presos num banheiro. Fiquei perplexo pensando: Passei pela favela do Vidigal, da Rocinha e por duas vezes na Cidade de Deus, uma delas já quase de madrugada e sem nenhum transtorno ou preocupação. Agora, em Friburgo cidade serrana aparentemente muito mais calma, sem nenhum confronto e é aqui que estava o perigo. Constatei que independente do lugar ondo você mora ou está passando, se você estiver no lugar errado e na hora errada, tudo pode acontecer, inclusive ser morto por uma bala perdida, ou não tão perdida se ela te achar. Além do fato acima, já passei pela linha Amarela de madrugada, com o "Caveirão" carro blindado da PM, indo à frente ha uns trezentos metros e na altura dos bairros de  Bonsucesso e Higienópolis, balas vindas das favelas que margeiam a linha, ricocheteavam na blindagem do "Caveirão", tudo sem aquele medo apavorante, além da cautela normal, porque quem tem medo não deve nem sair da casa, muito menos cruzar a linha Amarela de madrugada. Mas tudo de ruim acontece, como já disse, se você estiver no lugar errado na hora errada. As pessoas medrosas, querem estar sempre no lugar certo na hora certa mas isto nem sempre é possível, porque viver é um desafio e um grande risco e quem não arrisca não petisca.        

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

UMA PAUSA PARA MEDITAÇÃO

Na década de sessenta, havia um programa radiofônico que ia ao ar no final da tarde, não sei se na Rádio Tupi ou Tamoio, em que o radialista Julio Louzada, lia uma carta de seus inúmeros ouvintes e dava conselhos ao vivo, de como resolver vários problemas, tais como familiares, sentimentais e de casamentos, chamava-se "Pausa para Meditação". O programa sobre a orientação de Helena Sangirardi, tinha a finalidade de ajudar as pessoas a refletirem, pensarem antes de agir. Hoje, quando se pensa em meditação, vem logo a mente alguém sentado numa postura de yoga, totalmente inerte. Mas não significa que ele esteja assim, meditando em alguma coisa ou assunto, pode ser até que esteja sem pensar em nada, concentrando o seu olhar num ponto fixo, para que sua mente fique totalmente vazia. Já meditar em sentido pleno é totalmente o contrário, significa pensar muito num assunto, encher o cérebro de informações antes de agir. Sim, antes de tomarmos qualquer decisão ou atitude, deveríamos ponderar, analisar, levar em conta, dar uma pausa, meditando no que iremos fazer. Mesmo assim, não há a garantia de que a decisão tomada seja a correta, agora imagine se esta decisão ou atitude e tomada no calor de uma discussão, de uma briga ou disputa. Seria totalmente imatura, irrefletida e com certeza nós iremos lamentar, talvez pro resto de nossas vidas tal ato, pois será sempre uma atitude mal analisada. Roberto Carlos já dizia em uma de suas músicas, que deveríamos contar até três e se precisar contarmos outra vez, antes de tomar alguma decisão. A meditação naquilo que estamos empenhados, preocupados ou queremos resolver é fundamental para se alcançar o êxito. Também deveríamos ouvir conselhos ou opinião de pessoas amigas de verdades e mais experientes. Ouvir conselhos nunca é demais. Logicamente que a decisão vai ser nossa mas será muito mais sábia se levarmos em conta todos os prós e contra do assunto. Não devemos ser precipitados a não ser em último caso ou de emergência, quando não há tempo a perder. Sempre que possível, deveríamos meditar no assunto em pauta a ser decidido, ainda mais se envolver questões cruciais, envolvendo não só a nós, como também os que dependem de nós. Assim, uma pausa para meditação pode fazer toda uma diferença entre agir sabiamente ou de forma néscia ou tola. Não temos mais Julio Louzada para nos dar conselhos, mas temos amigos leais, pessoas mais experientes e toda uma gama de informações que nos ajudarão a tomar boas decisões, desde que, tenhamos tempo para UMA PAUSA PARA MEDITAÇÃO.         

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

MINHA JANELA INDISCRETA








É um clássico de 1954 atualmente só visto na sessão "cult", o filme de Alfred Hitchcok, "Janela Indiscreta", tendo como astros principais, James Stewart e Grace Kelly, que mais tarde se tornaria a princesa de Mônaco. Em uma rápida sinopse, após ter quebrado a perna um jornalista, fica confinado em seu apartamento sem muitas opções do que fazer, a partir daí com sua potente máquina com tele-objetiva, passa a vasculhar a vida dos moradores do prédio em frente, até que vê um homem matando uma mulher. Hoje ainda acontece muito deste tipo de voyeur, de ficar bisbilhotando a vida dos outros com possantes binóculos em prédios de frente um para o outro. O nosso astro Lulu Santos, confessa isto em uma de suas músicas, onde diz que sabe tudo sobre sua vizinha da cobertura 04, desde o momento que ela acorda até a hora dela dormir. A janela indiscreta no entanto para a maioria das pessoas hoje, tem a ver com a internet e em particular com as redes sociais, onde todos os atos da pessoa alvo, são esquadrinhados, devassados e esmiuçados. Assim, há de se ter muito cuidado, com o que se posta, bem como frases, fotos, endereços, telefone, que podem ser manipulados por pessoas inescrupulosas e mal intencionadas, causando um grande aborrecimento, mal estar ou mesmo até a ruptura de um feliz casamento, de uma boa amizade e a perda de um emprego. Além é claro, de uma exposição pública, que pode macular de forma quase irreversível, a imagem da pessoa, vítima de tais "pseudo amigos". Não custa nada, ficarmos alertas, para não sermos vítimas de uma janela indiscreta virtual, de quem não tem nada o que fazer ou perder e está pronto para procurar e alcançar mais uma presa. Os predadores estão aí, como lobos vorazes atrás de pessoas incautas, que inocentemente postam fotos que se prestam a isto. A minha janela indiscreta hoje e a de muitas pessoas, pode ser qualquer um dos milhares de amigos que adicionamos sem o conhecermos bem, assim para estes falsos amigos, basta um click no mouse e uma postagem. Recentemente várias pessoas amigas andaram se queixando de que foram vítimas de alguém que criou uma nova página sua no face ou postou uma imagem dela nua, logicamente uma grotesca montagem, como sendo enviadas por elas. Outras garotas até chegaram ao suicídio quando foram expostas publicamente por seus namorados. Por conta disto, a falta de privacidade, muitos jovens estão fugindo das redes sociais e indo para outros aplicativos, onde o bate papo é na hora sem estes tristes inconvenientes. Ainda hoje, vale uma frase antiga do tempo de um seriado de tv, ainda em preto e branco: "Não vamos dar mole para Kojak". Finalizando para que você não seja apanhado por tais vilões da internet, OLHO VIVO PORQUE CAVALO NÃO DESCE ESCADA, como dizia um famoso jornalista e colunista social também daquela época, Ibrahim Sued, que sabia de tudo o que acontecia no high society sobre as socialites e celebridades. 

domingo, 13 de novembro de 2011

PRA TUDO HÁ UM TEMPO

O sábio Rei Salomão, escritor por inspiração divina do livro de Eclesiastes, menciona no capitulo 3, versículos de 1 até o 8, de que há um tempo determinado para tudo nesta vida, tempo para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para se desarraigar o que se plantou, tempo de procurar e tempo para dar como perdido, tempo de abraçar e tempo de manter-se longe de abraços, tempo de paz e tempo de guerra. Hoje os tempos não são mais de nascer e sim para muitos de morrer, de desarraigar, de manter-se longe de abraços, de dar como perdido, são tempos não de paz mas de guerra. No momento atual, os bons tempos de nascer, plantar, de abraçar, de amar, de procurar e de paz praticamente estão terminando. O tempo aceitável, de boa vontade, de aguardar, de esperar por mudanças de atitudes e de comportamento está quase findando para a grande maioria das pessoas, não haverá mais prorrogação. Sim, todos nós deveríamos estar atentos aos sinais ou momentos que vivemos, por que se estes passarem sem serem percebidos, não terá mais jeito. Não foi dada apenas uma oportunidade à todos para que tomassem posição, houve dezenas de aviso, todos os dias, nas manhãs, tardes e noites e nada, todas foram desperdiçadas, não houve nenhum aproveitamento. Continuaram agindo da mesma forma, cometendo as mesmas faltas, os mesmos erros antigos de não se preocuparem, de não levarem em conta, sem se importarem ou darem a mínima atenção, deixando antever, que se a porta ficasse aberta indefinidamente, ainda assim, não aprenderiam. Assim, não resta outra alternativa ao Criador, senão começar a fechar a porta, restando ainda uma pequena abertura para aqueles que neste tempo do fim, serão os últimos a entrarem, aproveitando assim esta derradeira oportunidade, encerrando um ciclo, uma etapa da vida neste velho e moribundo sistema. Por isto, está sendo feito um enorme e gigantesco esforço mundial para encontrar as últimas ovelhas que ainda não foram contactada e portanto estão ainda perdidas. Depois da porta fechada, não haverá mais qualquer oportunidade para aqueles que ficaram de fora, aí os tempos serão outros, não mais de compartilhar boas notícias, não mais de se plantar, de se estender a mão, de cultivar amizades, de compartilhar alegrias, de rir e ter contentamentos, de amar, de procurar os que estão perdidos mas de julgamento, de dar como totalmente perdidos sem qualquer possibilidade de uma nova oportunidade por isto serão tempos difíceis, de cólera, tempos de pavor horripilante quanto ao futuro, enfim tempos de guerras e de milhares de mortes. Já hoje neste período que antecede a grande calamidade, vivemos em tempos bem cruéis, tempos de ódios, tempos sombrios, cinzentos e amargos, tempos de aflição em que as pessoas estão totalmente desorientadas, perplexas quanto ao futuro tenebroso que já está as nossas portas. Assim, você que está percebendo estas coisas, deveria rapidamente enquanto pode, aproveitar as últimas chances, ficando atento aos sinais dos tempos e as suas consequências para não ser pego desprevenido achando que as coisas estão normais, quando não estão. Infelizmente as pessoas mal acostumadas, não acreditam em mudanças, acham que podem continuar fazendo o que fazem sem grandes sobressaltos e que no final ficará tudo bem, como sempre ficou. Essas pessoas, estão esquecendo apenas um pequeno detalhe. Um dia, as coisas mudam e até a paciência Divina termina e chega-se ao fim, pois tudo tem limite. Este dia está chegando, já ouvimos o ruído próximo de grandes tempestades, de grandes perdas, ele está batendo as portas para as pessoas que não fizeram caso, assim para elas será como peixes que são pegos numa rede de arrasto e esta é levantada, não há mais saída, a água acabou.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

FALAR É FÁCIL, DIFÍCIL É FAZER

Todos nós gostamos de alardear nossas boas qualidades de que somos pessoas, verdadeiras, perdoadoras, generosas, bondosas, honestas, calmas, mansas, hospitaleiras, inteligentes, quase sábios. Com tantos atributos aos nossos próprios olhos, somos quase perfeitos, apenas um defeitinho aqui e outro ali, mas nada de grave que possa manchar a nossa imagem de bom moço. Sim, todos nós gostamos de falar ou de escrever sobre os nossos predicados, dons e outras virtudes que nos engrandecem perante outros. Mas, os nossos erros e defeitos que todos veem e são em maior número, passamos a jato ou nem os mencionamos. Não alistamos que somos capazes de atos torpes, hipócritas, vingativos, fraudulentos, covardes, mesquinhos, invejosos, desonestos, ciumentos, mau humorados, precipitados, beligerantes e outros mais graves. Para estas coisas, silêncio total, parece que tais atos ruins, pertencem a outras pessoas e não a nós. Outro dia atrás, lendo um face de alguém falando sobre mim, com outra pessoa ela dizia: - "Ele é igual a político, fala, fala mas é só da boca para fora. Pessoa assim, no fundo não vale nada". Fiquei a princípio meio indignado, porque não gostamos de ouvir algumas verdades ou ler coisas que nos detraiam. No meu caso em especial, fiquei magoado porque primeiro, não gosto de política e nem de políticos, tenho aversão a isto, se dependessem de mim morreriam de fome e me compararam a eles e segundo, porque do meu ponto de vista naquele momento, era uma alegação inverídica. Mas hoje, depois da poeira baixada, com a cabeça fria, calmo e analisando com mais apuro e profundidade aquela acusação, vi que ela estava absolutamente correta com relação ao meu comportamento. Era uma análise perfeita de quem eu sou de fato, por mais  triste  que seja a constatação. Sim, faço muitas promessas, mas poucas são as que procuro ou consigo realmente cumprir. Não valho mesmo nada como ela alegou, sou capaz de atos ignominiosos. Por mais que eu tente modificar a minha personalidade, ela continua perversa, má, vingativa, como uma marca que não sai apesar de todos os meus esforços. Sou mesquinho, falso, complicado de se lidar, ciumento, invejoso, egoísta, arrogante, contador de bravatas, praticante de atos vis e outras coisas piores. Ao invés de um bom moço sou um bad boy. Enfim, aquilo dito a meu respeito é como uma carapuça, que cai como uma luva, adequando-se no meu caso a  frase: FALAR OU ESCREVER É FÁCIL, DIFÍCIL É FAZER. Sim, sou de muito blá, blá, blá, mas fazer mesmo, nada. Não procuro agir em conformidade com o que digo ou escrevo, assim parabéns para você, que não tem bola de cristal, mas acertou em cheio sobre quem sou eu de verdade.      

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

NÃO DÊ PÉROLAS AOS PORCOS

Certa feita um renomado músico começou a tocar com o seu violino uma linda música junto a um campo, onde uma vaca pastava solenemente. Por mais bela que fosse a página musical, a vaca não estava nem aí, continuava a comer a grama do campo. Para aquela vaca, a linda musica era algo inútil, sem nenhum valor. Num mundo repleto de filosofias e ensinamentos, tivemos o privilégio de encontrar o caminho da vida e aí graciosamente oferecemos ajuda a algumas pessoas para também trilharem este caminho que as levará a um mundo melhor, mas elas não dão o mínimo valor, para elas tal conhecimento é sem valor. Ao terem  que escolher entre bolas de gude e brilhantes ainda brutos, elas preferem bolas de gude, pois são mais reluzentes, tem um brilho fácil. Não adianta você insistir com tais pessoas. Entre uma mentira açucarada e uma verdade nua e crua elas preferem a primeira, onde não precisam fazer quaisquer esforços, seja de pensar, de fazer ajustes e as vezes até de mudanças. Não gostam de remar contra a corrente, preferem deixar o barco seguir a corrente e descer rio abaixo, numa correnteza louca, mesmo sabendo que a frente há uma perigosa e enorme queda d`água, que com certeza irá lhes levar à morte. Ao invés de um remédio amargo, que lhes curará os males, elas preferem pílulas douradas, mesmo que não sirvam para nada. Entre a luz de um conhecimento e a escuridão de uma falsidade, elas preferem a escuridão. Por isto que, o Grande Instrutor disse em Mateus capítulo 7, versículo 6 as seguintes palavras: "Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis as vossas pérolas diante dos porcos, para que nunca as pisem debaixo dos seus pés, e voltando-se, vos dilacerem". Sim, os porcos ou pessoas estúpidas e ignorantes, não dão qualquer valor a verdadeira sabedoria, por isto, debocham de quem as possuem, como que pisando e dilacerando com seus pés. O que porcos literais gostam mesmo é de "lavagem" aquele resto de comida estragada e contaminada. Assim também de forma simbólica, para os "porcos", coisas puras e verdadeiras para eles não tem o mínimo valor, não querem nem saber, as tratam com desprezo e deboche, desta forma não devemos perder tempo com este tipo de pessoas, que iguais a porcos, preferem chafurdar na lama, que é a filosofia barata e sem nenhum valor deste mundo e da falsa religiosidade, do que em coisas sérias e verdadeiras. Se querem ficar com a mentira e com o erro, que fiquem com eles. Se gostam de serem enganadas e até pagam por isto, que continuem assim. Se ao invés do caminho estreito da vida, preferem a estrada larga da destruição, onde vão felizes, entoando "cânticos de louvor ao Senhor", crentes que irão pro "céu", quando estão indo para a morte, pois que fiquem nesta trajetória.  Pois se continuarmos insistindo em lhes levar alguma sabedoria, não a nossa própria, mas a que foi fornecida de graça por alguém, é como dar nozes a quem não tem dentes, vamos estar jogando nossas pérolas fora, ou perdendo o nosso tempo precioso com alguém que não está nem aí. São plantas artificiais e é perda de tempo as ficar regando. Assim, devemos investir todo o nosso tempo e energias, para oferecer ajuda e levar para as pessoas receptivas, que reconheçam e deem a elas o devido valor, como a tesouros inestimáveis, dando-lhe o lugar que merecem ter em suas vidas. Existem ainda milhares de pessoas assim, receptivas e sedentas dessas verdades quais pérolas, que anseiam e estão a procura de alguém que possa lhes oferecer tal ajuda e esclarecimento, portanto não vamos desperdiçar o nosso tempo, insistindo com quem não dá o mínimo valor a elas, achando que água mole em pedra dura tanto bate até que fura.  

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

FOGUEIRA DAS VAIDADES

Andou circulando por uma rede social,  de que um famoso jogador de futebol e um não menos famoso bilionário, andaram trocando farpas sobre o montante de dinheiro que ganham por mês, tendo o último dito para o primeiro, que o dinheiro que ele ganhava por mês, não daria para a gasolina de um dos seus vinte e sete jatinhos. Não sei se é verdadeira e tem algum fundamento a estoria ou não passa de uma mera especulação fantasiosa de alguém para denegrir a imagem dos envolvidos. Também na semana que passou, uma famosa dupla sertaneja de irmãos, andaram brigando em pleno show, se desfazendo e depois voltaram atrás, tendo por  motivo da briga, questões meramente de vaidades pessoais, sobre quem era o principal da dupla e de que um  não dependia do outro para sobreviver. Sim, são muitas as estórias de pessoas famosas e ricas, cujo sucesso sobe a cabeça e começam a desfilar o seu repertório de vaidades, esquecendo uma coisa básica para evitar discussões e o rompimento de vínculos de amizade e até fraternos, que é a humildade. Vivemos numa sociedade em que as pessoas valorizam apenas o "ter" e não o "ser". Assim, se você possui isto ou aquilo você tem valor, senão você é relegado como uma pessoa  fracassada, um sem eira nem beira, um zé ninguém. Mas pare e reflita sobre o assunto. O que tem levado a isto? Nós mesmos incentivamos nossos filhos e filhas a buscarem tais valores, que é ter dinheiro, fama, sucesso, posição social, destaque, um bom partido para se casarem e não outros alvos, como um bom nome, uma boa reputação. Por conta disto é que estamos colhendo estes frutos totalmente podres de um estilo de vida decadente. Você vale pelo que tem e não pelo que você é. Mesmo que para conseguir as coisas, você tenha de mentir, de trapacear, de roubar, de iludir, de passar por cima de outras pessoas,  tudo vale para se conseguir muitos bens, você só não pode ser pego com a boca na botija roubando, o resto vale. Caráter, dignidade, honestidade, fidelidade, são relegados a um segundo ou último plano, não tendo qualquer valor se a pessoa é pobre. Assim, depreciamos pessoas humildes como se fossem um estorvo para as nossas vidas glamourosas. Damos toda atenção as pessoas ricas e famosas mesmo que saibamos  algum ou muitos podres sobre elas, enquanto menosprezamos as pessoas pobres, pelo simples fato de serem pobres, ainda que possuam caráter ilibado. Tão diferente foi o comportamento de Jesus, filho do Ser mais poderoso e Criador de todo o universo e nem por isto ostentava alguma coisa, era humilde de coração. Hoje muitas pessoas, dizem amar a Jesus, dizem também, que se vivessem naquele tempo em que Ele esteve aqui na terra, estariam de seu lado e não como fizeram os líderes religiosos que o desprezaram e até o mataram, pelo simples fato de ser extremamente pobre e não ter frequentado alguma escola rabínica. Mas as suas ações mostram exatamente ao contrário. Jesus disse que  não estaria mais na terra, mas seus irmãos espirituais sim e que se fizessem um bem a estes era como se o fizesse ao próprio Jesus.  O que temos visto é: as pessoas não querem saber deles, nem sabem quem são eles e por conta disto, os perseguem e os maltratam. Os irmãos espirituais de Jesus, tal qual seu o Mestre, são humildes de verdade, não frequentaram faculdades de teologia, nem ostentam a sabedoria humana que está apartada de Deus. Confiam plenamente no que sua Palavra inspirada diz e não em ensinos mundanos, que massageia o ego e faz distinção de classe. Assim, aqueles que são fiéis seguidores do Grande Instrutor, evitam a armadilha de estarem entre os  arrogantes, orgulhosos e bem sucedidos neste mundo atual, para não serem pegos na grande fogueira das vaidades, numa competição sem trégua para ver quem tem mais, quem ganha mais, que é pura futilidade uma tentativa de alcançar o vento, pois todos nós somos mortais, todos padecemos dos mesmos males e não há nenhuma supremacia de um para com outro, a disputa só causará ruína aos envolvidos.    

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

QUANDO O SEU AMIGO(A) SE TRANSFORMA EM APENAS UM COLEGA

É normal que um colega seu, seja de escola, de trabalho ou de outra convivência qualquer, passe de colega para uma coisa mais forte e as vezes até íntima, a condição de amigo, amigo de confidências, amigo de todas as horas, para todas as ocasiões, um amigo verdadeiro. O inverso é que não é normal, ou seja, alguém que chegou a escala de amigo e agora é rebaixado a condição de apenas colega. Quando você é amigo de alguém, as suas alegrias, os seus sentimentos, as suas tristezas são compartilhadas como se fossem suas. Há uma grande preocupação com o que  sucede com seu amigo e vice-versa.  Passam a ser como unha e carne um para o outro. A partir do momento que seu amigo ou amiga, perde esta condição e se torna apenas um colega, não há mais envolvimento com os seus problemas. Você deixa de ser responsável, de cuidar, de zelar por seu antigo amigo ou amiga. O piloto e romancista francês, Antoine de Saint-Exupéry, diz que "tu  te tornas eternamente responsável por aquilo que você cativa" mas a partir do momento que a pessoa que você cativa não interessa mais privar de sua amizade, do seu companheirismo é como se, você se tornasse uma pessoa estranha e alheia, com isto você deixa de ser responsável pela mesma. É muito triste quando isto acontece e por mais que você tente voltar ao estado que era antes, não há nenhuma receptividade. É como uma brasa que se apagou irremediavelmente, ficando coberta de densas cinzas. Não há mais como acende-la novamente. A partir daí você e seu antigo amigo ou amiga se tornam apenas colega, desses em que tanto faz, como tanto fez, não há mais nenhuma ligação ou elo entre ambos. Não há mais aquele tom de amizade, carinho e afeto que permeavam as conversas, ninguém curte mais nada um do outro. Tudo é apenas pro-forma, superficial e mecânico como a conversa de dois estranhos que não tem muito que falar um para o outro e só saem frases com palavras em monossílabos. Dificilmente este colega se tornará algum dia seu amigo como fora antes ou mesmo em um grau menor, pois o tempo de o sê-lo já passou e não há mais retorno. Assim, a vida irá prosseguindo na sua rotina, cada um levando a sua própria vida, como se fossem dois estranhos que apenas participam em alguma atividade juntos, os cumprimentos serão apenas formais, sem nenhuma afetividade e o que era uma boa amizade se transformou numa fina poeira levada e espalhada ao vento, que daqui pra frente de tão fina, mesmo que caia nos olhos, não chegará ao ponto de incomodar, enfim, nem boas nem más lembranças trará aos envolvidos, é como se nunca tivesse existido algo entre ambos.      

sábado, 29 de outubro de 2011

O TOURO INDOMÁVEL

 
É muito conhecido e disputado o rodeio de Barretos, cidade do Estado de São Paulo. Peões de todo país e do exterior vem para disputar valiosos prêmios e muitos saem consagrados, por ficarem os oito segundos básicos em cima de um touro. Parece que os nossos peões estão entre os melhores do mundo neste aspecto. Havia um touro que até foi protagonista de uma novela, o Bandido, que depois de adulto, nunca deixou alguém ficar mais de três segundos em cima dele. Era um verdadeiro touro indomável, pena que veio a falecer de um câncer. Falando em touro indomável, há alguns dias atrás, vinha eu e uma colega de escritório caminhando pela praça, quando tivemos nossa atenção voltada para um ex-cliente, agora residindo em outra cidade, que me gritava loucamente e aí com alguns trejeitos, nos contou os dissabores que passou num posto da Policia Federal na fronteira com outro país. Disse-nos ele que os policiais tinham um verdadeiro dossiê sobre a sua ficha criminal relativo a um processo que respondeu em face a uma empregada que o envolveu numa trama, a fim de usurpar dinheiro indevido dele. Eu que o ajudara neste caso, lhe disse que o aludido processo havia sido extinto por falta total de provas, bem como já fora efetivada a baixa do mesmo. Mas ele insistiu que não, que havia alguma coisa em aberto, pois os policiais, chegaram a acusa-lo de estuprador da aludida empregada. Olhando de soslaio e com uma certa cumplicidade para minha colega de escritório, eu disse que isto era impossível, que ele não fazia nenhum gênero de estuprador de mulheres muito pelo contrário e que tal acusação nunca constara dos autos. Para tranquiliza-lo, disse que iria ver pela internet o andamento do processo e depois lhe ligava dando retorno. Ao sair dali, eu e a colega, ficamos fazendo conjecturas sobre o episódio e achamos engraçado a forma como ele nos passou o caso. Segundo ele, para os policiais ele era um cara perigoso que transpirava testosterona por todos os poros, um verdadeiro garanhão, capaz de molestar qualquer chapeuzinho vermelho indefeso, uma besta fera com o poder de deflorar as meninas dos olhos. Que debaixo daquela capa de afeminado, havia uma grotesco e terrível estuprador, um tremendo predador, um espada. Depois destas confabulações, ela me disse em conclusão: -  O cara é todo delicado, respirando feminilidade, não tem nada de macho e aí vem a policia e diz que o cara é um tarado, um verdadeiro touro indomável, vai entender as coisas... acho que os nossos policiais da fronteira com o Paraguai de tanto ver coisas falsas, não sabem mais o que é verdadeiro e dão estas mancadas.    

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

NADA QUE COMEÇA ERRADO PODE TERMINAR BEM

Era um faustoso banquete. Havia como entrada um cocktail de frutas, salgadinhos, canapés, sushi e outros aperitivos servido por garçons elegantemente vestidos. Depois, para o prato principal havia uma lauta mesa com iguarias inimagináveis tais como, vitelo de carneiro, leitão, capivara e paca entre outros, além é claro da mesa de frios e vinhos importados de uma safra muito boa para os convidados se refastelarem á vontade. Por último, havia uma mesa com trufas, cascata de chocolates e doces caramelados dos mais variados, desses de encher a boca de água. Então alguém ao chegar e ver aquela mesa de doces tão deliciosos, esqueceu o protocolo e as boas maneiras, pois não conseguiu se conter e partiu de imediato para tal mesa, digerindo avidamente os doces, um atrás do outro, até que já enjoada, resolveu ir embora, deixando para trás, a entrada e o prato principal do banquete. Tudo porque? Não seguiu a etiqueta, nem as regras naturais de um banquete, comeu a sobremesa antes da hora. Assim também, tem acontecido com a maioria dos jovens hoje em dia. A vida tem um rico banquete para os oferecer. Só que, esquecendo as etapas da vida e os seus ciclos naturais, querem logo se satisfazer com o prato aparentemente mais saboroso, que é o sexo. Assim, tão logo conhecem alguém já vão partindo para uma lua de mel. Não há á paquera, o flerte, o namoro, o noivado e por fim o casamento. É lua de mel em cima de lua de mel. Nem bem terminam a lua de mel e o relacionamento com um, ao se relacionarem com outro já partem para uma nova lua de mel. Ora, isso é se empanturrar de sobremesa, sem a necessária comida de sal que é a entrada,  bem como o prato principal de um banquete. No que isto vai dar é só fastio e desilusão. Pois ninguém que pretende assumir um compromisso mais sério com outra pessoa, vai querer alguém assim tão volúvel, tão fácil, tão ao alcance de qualquer um. Tal pessoa, é como um corrimão de um prédio público bem frequentado, onde todos que ali transitam o agarram e poem as suas mãos sujas e cheia de germes perigosos, ou pode ser também comparada como tomates numa barraca de feira, que de manhã começam durinhos e consistentes e depois de tantos amassos e apertos dos frequentadores, no final da feira são jogados fora, por estarem imprestáveis para uma salada e levados pelos catadores de xepa, para uma insípida sopa de entulho. Muitas mulheres que se portam assim, que sofrem amassos de uns e outros, ficam questionando e se queixando, que não sabem por que não conseguem prender alguém e quando o fazem é apenas por pouco tempo, culpando alguns homens por esta sua desditosa vida. Também pudera. Começam as coisas erradas e querem que depois elas deem certo. Já imaginaram começar uma casa pelo telhado?  Tem lógica?  É claro que não. Tem de haver um bom alicerce, uma boa fundação e todas as etapas da construção de uma casa, até que por fim se chega ao telhado. Não é se desvalorizando, como muitas garotas hoje fazem, fornecendo sexo logo de cara, sem as fases preliminares e a  necessidade de uma conquista que irá conseguir alguém que a respeite, que queira formar uma família e viverem uma vida feliz. Os homens de bem não gostam deste tipo de mulher, os cafajestes sim. Assim, se algo começa errado, pode ter a certeza absoluta de que não terminará bem, mesmo que no inicio pareça ser diferente e que até que enfim você encontrou o homem da sua vida. Portanto, você que deseja um futuro promissor, ao lado de uma pessoa que a ame e a respeite de verdade, repense a sua vida, suas atitudes, suas amizades e seus entretenimentos, porque senão a vida irá passar e de tanto uso você perderá o viço e a firmeza da carne, a velhice irá chegar e encontrará você, não como uma lady, tendo a seu lado um amoroso marido e filhos carinhosos, mas como um imprestável e imundo pano de chão, sendo de serventia apenas para os homens vis e desprezíveis, os párias e refugos da vida.       

domingo, 23 de outubro de 2011

O PULO DO GATO

É bem conhecida a estória da onça que pede ao gato para lhe ensinar alguns pulos para pegar animais. Sendo o gato, o rei dos pulos, não se faz de rogado, lhe ensina uma enorme variedade deles, pra frente, pra trás. Passado algum tempo, depois da onça testar todos, chama o gato para irem até um riacho a fim de beberem água, já que estava cansada e sedenta por causa de tantos pulos. Em lá chegando, a onça aponta um lagarto que estava sobre uma pedra e desafia: - Vamos ver quem consegue pegar o lagarto primeiro. De imediato, o gato dá o bote em cima do lagarto. A onça aproveita o momento e pula logo atrás, mas em cima do gato, que ao ver o vulto daquele animal enorme em cima dele, pula de lado, saindo daquela situação embaraçosa. A onça então, vira-se pro gato e reclama: - Mas este pulo você não me ensinou, compadre. Aí o gato responde: - Este pulo eu não ensino a ninguém é a minha última defesa e salvação num momento de emergência, é o meu pulo do gato. Deixando a lenda de lado, muitas vezes nós ensinamos a outras pessoas, tudo o que aprendemos no decorrer da vida, como que esvaziamos por completo de todo o nosso conhecimento. Infelizmente, neste  mundo em que vivemos, algumas pessoas ingratas, usam o que lhe ensinamos para nos fazer algum mal ou nos prejudicar e se não tivermos alguma coisa extra, ainda não ensinada, tipo uma carta na manga  para nos salvar numa emergência, estaremos totalmente encrencados e a mercê de tal pessoa. Sim, é sempre bom nos prevenir contra um ataque surpresa, em especial daqueles a quem mais confiamos, em quem depositamos uma fé irrestrita por lhes contar nossas fraquezas e mostrar nossos pontos vulneráveis. Nunca devemos ficar completamente nas mãos de outra pessoa, porque se esta nos faltar ou resolver não ser mais nossa amiga, ficaremos totalmente no ar, sem os pés no chão. Por isto temos, que ter aquela saída de emergência, estratégica, guardada num compartimento mais recôndito do nosso ser, que nós pensávamos que nunca iríamos fazer uso da mesma, já que era para um caso extremo. Por que se numa hora de enfrentamento, entre mestre e discípulo,  não tivermos mais nada com que recorrer é o nosso fim, pelo simples fato de não possuirmos, uma saída de emergência, o "pulo do gato", aquele de banda, enviesado e totalmente inesperado. A vida tem me ensinado isto, não se pode sobreviver neste mundo cada vez mais egoísta e desafiador, em que as pessoas esquecem rapidamente tudo o que lhe foi feito, doado e ensinado,  se não possuirmos algo só nosso, peculiar, desconhecido até mesmo das pessoas mais íntimas, a nossa tábua de salvação, como um último trunfo a ser gasto, o nosso como dizer, PULO DO GATO que deixará o mau discípulo surpreso, por não ter se preparado para esta nossa saída emblemática, fora dos padrões a que estava acostumado ver como agíamos, nesta ou em outras situações similares. Sim, sempre devemos ter como que uma carta na manga para qualquer eventualidade.          

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

AS UVAS ESTÃO VERDES

É difícil alguém reconhecer um fracasso ou a incapacidade de conseguir algo. Assim, preferimos depreciar a coisa ou a pessoa, dizendo que ela é inadequada para nós e começamos a despejar uma enxurrada de defeitos para justificar a nossa inaptidão. A fábula de Esopo ou de La Fontaine é muito conhecida. Uma raposa faminta, chega a uma parreira de uvas carregada de frutas maduras, só que por mais que tente alcança-las não consegue e para justificar o seu fracasso, diz que elas estão verdes e azedas, só servem para os cães. Muitas vezes nós desejosos de alguma coisa, tentamos de tudo para obtê-la. Mas por mais que façamos, parece que a coisa fica mais distante ou inalcançável. Ao invés de reconhecer este fato, ou seja, a  nossa incapacidade de obtê-la, preferimos como a raposa, depreciar aquilo que era objeto de nosso desejo, pondo-lhe defeitos ou dizer que não nos serviria para nada. Isto é uma tremenda desfaçatez, próprio de alguém mau caráter, que não admite a sua derrota ou incompetência. Infelizmente a maioria de nós age assim, como expressou Fernando Pessoa, sob o pseudônimo de Alvaro de Campos, "nunca conheci alguém que levou "po..ada", a maioria dos meus amigos são campeões em tudo. Será que só eu sou humano, que perde, que pratica atos vis"? Todos nós achamos que somos os "mocinhos" da estória, os outros são os bandidos, os vilões. Isto acontece não só no plano pessoal, mas também na coletividade, como no caso de países. Nenhuma nação, tem em seus livros de história, a narrativa de suas derrotas frente a outras potências, de seus fracassos, de barbaridades cometidas contra outros povos mais fracos, só são relatadas as vitórias, os seus sucessos, os atos de heroísmos, já as derrotas as coisas ruins são escondidas debaixo de um  tapete bem grosso. Sim, é preciso admitirmos que somos humanos e portanto sujeitos a erros, a atos desprezíveis e vis, que nos envergonhariam, mas o que fazer, se não somos semi-deuses, muito pelo contrário, cometemos falhas uma atrás das outras, por mais que tentemos não errar. Nunca deveríamos partir para uma alegação falsa, depreciativa de alguém, simplesmente pelo fato de não conseguirmos alcança-la, como uma pessoa amada que não nos dá a mínima bola. Infelizmente, muitos acham que é mais fácil derrubar alguém para vê-la numa posição inferior, do que tentar alcança-la num estágio mais alto. Embora é bom ter a sagacidade das raposas, tida como animais expertos, matreiros, mas nunca imitá-la neste contexto da fábula, de alegar que a coisa desejada é imprestável só pela dificuldade de possuí-la, o que caracteriza um despeito, pois como diz um outro ditado: "QUEM DESDENHA QUER COMPRAR".                 

sábado, 15 de outubro de 2011

PORQUE FICAR REMOENDO O PASSADO?

O passado, aquilo que vivemos e usufruímos na companhia de outras pessoas, pode nos trazer boas lembranças  As vezes um filme, uma música, uma foto nos remetem diretamente no túnel do tempo para um período de nossas vidas, que se pudéssemos ficaria para sempre. Sim, quem não tem boas recordações para se lembrar da época em que se era jovem, com vigor, boa saúde, o mundo era bem melhor e parecia que estava aos nossos pés. Muitas vezes nos pegamos refletindo sobre o que possuíamos e chegamos a conclusão de que éramos felizes e não sabíamos. Quantos parentes, quantas pessoas queridas se perderam na estrada e hoje já não convivem mais conosco. Certamente é saudável sentirmos saudade de tais pessoas e anelamos o dia em que poderemos nos reencontrar de novo para continuarmos a amizade interrompida sem que haja mais separações. Então de vez em quando é bom dar um passeio no nosso passado e vasculhar as coisas boas, que ficaram para trás, os momentos agradáveis que vivemos, enfim toda boa recordação de uma época feliz que algum dia já vivenciamos. Infelizmente o ditado "recordar é viver" não é pra ser levado ao pé da letra, pois apenas nos trás alguma sensação agradável e gostosa,  mas não é vida em sentido pleno, pois a vida a que é vivida é a presente, nem a do passado nem a do futuro,  isto porque  o tempo é unidirecional só vai para frente, essa coisa de máquina do tempo em que se volta ao passado é muito bonita em filmes mas é pura ficção sem nenhuma probabilidade de ocorrer de fato. Assim, como um carro possui os retrovisores, que nos ajudam a evitar acidentes, para não sairmos de uma faixa de rolamento para outra sem as devidas cautelas, o passado também tem esta finalidade, nos ajudam a evitar cometermos os mesmos erros, baseado na experiência adquirida em fatos semelhantes. Mas o motorista não pode dirigir o veículo olhando apenas para o retrovisor, tem que se olhar para o trânsito a frente, as olhadas nos retrovisores são apenas momentâneas e não pode perdurar muito tempo, porque senão haverá uma colisão. Como diz um brocado atual: "a fila anda" e ficar parado no trânsito ou no tempo não leva a lugar algum, só atrapalha o fluxo normal. Mas muitas pessoas depois que acontece algum fato marcante em suas vidas, tais como uma morte, uma separação, uma ruptura de um namoro ou de uma boa amizade, parece que não querem dar prosseguimento em suas vidas. Preferem dali para a frente ficar remoendo o fato, para que a ferida nunca se cicatrize. A sua vida passa a girar única e exclusivamente no caso de uma separação litigiosa, em torno do acontecimento e muitos só pensam em se vingar e dar o troco, nada mais lhe interessa. Esta atitude é um tipo de doença paranoica, em que há uma obsessão fixa por algo, deixando de se viver pelos acontecimentos posteriores, que com certeza teria o poder de curar qualquer mal havido. Só que a pessoa assim, não deseja a cura, se alimenta de um ódio doentio, que infelizmente atinge não só a própria pessoa, mas todos os demais que convivem com ela ou que estão por perto. Portanto é muito triste quando alguém não consegue esquecer algum fato ruim e marcante de sua vida e passa a remoer tal situação pro resto de seus dias, que com certeza se tornarão miseráveis e solitários. Assim, se você vive remoendo o passado, não adianta chorar o leite derramado, ou a ferida causada, o jeito é levantar-se, sair do chão, dar a volta por cima e bola pra frente, pois a vida prossegue e com certeza pode nos trazer muitas alegrias é só você querer e estar disposto e aberto as oportunidades que por certo aparecerão.   

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

SE COBRAS TIVESSEM ASAS

São poucas as pessoas que convivem bem com as cobras. A maioria destas, são pessoas que trabalham em laboratórios, tais como o Instituto Butantan na zona oeste de SP, que cuidam delas em verdadeiros serpentários, com o fim primário de obterem o soro extraído de suas presas, como antídoto para cada veneno, além é claro daquelas pessoas que independente do aspecto de ser o animal venenoso ou não, tem uma simpatia especial por tais ofídios, tratando-os como animais de estimação e domésticos, deixando-os circular livremente por sua casa. Para a grande maioria no entanto,  as cobras ou serpentes são animais repugnantes, peçonhentos que só inspiram pavor e medo. Ao verem uma cobra, independente de se ela é venenosa ou não, querem distância da mesma. Existem cobras enormes como a nossa sucuri, verdadeira anaconda, com cerca de oito metros de comprimento, que é capaz de engolir um bezerro ou outro animal de grande porte por inteiro. Depois disto ela fica entorpecida, passando muito tempo dormindo e fazendo a digestão. Outras são venenosíssima como as nossas corais, a cascavel e a naja uma serpente indiana, também conhecida como cobra-de-capelo, que mantem-se ereta para atacar as suas vítimas. Mas o máximo que algumas cobras fazem no sentido de voo e conseguirem pular de uma árvore para outra. Elas fazem isto, por achatarem ou comprimirem o seu corpo e depois o soltam de uma vez só, pulando assim de um galho a outro. Se bem que as najas quando ficam enraivecidas, ficam eretas, dilatam o seu pescoço para parecerem maior e ao fazerem isto, dá a impressão de serem aladas. Ainda bem que é só impressão, pois se rastejando as cobras já causam pavor, imaginem se pudessem voar. Deixando os ofídios de lado, existe um ditado popular que diz: "Deus não dá asas a cobra", querendo dizer com isto, que tem certas pessoas que não podem ter regalias, privilégios, ou ocupar qualquer posição de destaque, porque se assim o fizessem, era como dar asas as cobras, elas seriam muito perigosas. Elas próprias as vezes reconhecem isto ao dizerem, há se fosse eu no seu lugar, faria isto ou aquilo, mas Deus já não dá asas a cobras por causa disto mesmo. Nós que somos pais, ou temos alguém a nós sujeitos, ao notar certa tendência de que nossos filhos ou outros, estão se comportando de maneira arrogante, querendo humilhar ou menosprezar pessoas, temos como que "cortar as suas asas", para que eles se ponham no seu verdadeiro lugar, pois se deixarmos a coisa rolar sem nenhuma disciplina é como "dar asas a cobra". Sim, tem muitas pessoas que tem o aparente aspecto humilde, de ser submissa, mansa é porque nunca tiveram a oportunidade de estarem  numa posição mais elevada, mas se acontecer isto, saia debaixo é como uma cobra com asas, ficam terríveis. Que nós próprios, fiquemos atentos para que nunca sejamos mordidos pelo veneno ofídico da arrogância, do orgulho ou outro qualquer enaltecimento, que vem antes do fracasso ou da derrocada. É muito bom ter a companhia de pessoas simples, humildes, que apesar da posição privilegiada que as vezes ocupam, não ostentam, nem alardeiam o que são. Mas que a nossa humildade seja verdadeira e não fingida, como uma pele de cobra, que de tempos em tempos é trocada por outra e aí pode aparecer a nossa verdadeira personalidade, aquela que estava oculta, que é peçonhenta e venenosa, tal qual o de uma cobra naja. Se isto acontecer, ou seja, se formos picados e contaminados pelo arrogância, mudando a nossa personalidade, pobre de nós, vamos nos tornar desprezíveis, peçonhentos, como cobras quase "aladas" que as pessoas por pavor, vão querer distância para não serem atingidas pelas maldades expelidas por nossas bocas, tais como cuspidelas de uma cobra venenosa, o que seria a nossa ruína total.            

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

COMO É BOM VIVER

Há dois anos e meio atrás no dia 5 de outubro de 2011, foi anunciada a morte de Steve Jobs, gênio e magnata da computação, fundador da Apple Computer, maior acionista da Pixar Filmes que detém os direitos autorais da Disney e de outras empresas, criador do iPhone, iPad e outras maravilhas do mundo virtual.  Dono de uma  fortuna invejável, mas nada disso impediu de que ele morresse cedo, aos 56 anos de idade. Fico eu, pensando num pobrezinho, que mora num  paupérrimo barraco no alto de um morro qualquer, com quase  nada de seu, mas ainda assim, hoje em melhor condição do que Steve Jobs. Isto porque,  nada se compara a vida e com certeza se perguntassem a Steve antes de morrer, o que ele estaria disposto a pagar, por apenas mais alguns meses de vida, sem sombra de duvidas, ele diria que daria tudo o que tem,  voltaria  muito feliz  a ser bem pobre tal qual o nosso morador de barraco. O simples fato de estarmos vivos, termos relativa saúde e poder usufruir das boas e belas coisas que existem e estão disponíveis a todos sem distinção alguma, não tem preço. Sim, a vida é o bem mais precioso que possuímos. Infelizmente muitos não dão quase nenhum valor a sua vida, desperdiçando-a em festanças e baladas regadas a muitas bebidas alcoólicas, usando fumo e drogas pesadas, em orgias sexuais e em esportes radicais onde colocam a sua vida em constante perigo. Só quando a vida começa a cobrar através de doenças, uma vida assim tão desregrada é que a maioria se dá conta do desperdício que foi sua juventude, pagando um preço muito alto por isto.  Mas nós não queremos agir assim, esperar que algum mal nos aconteça para aí, passarmos a dar valor a saúde e a vida que usufruímos agora. Não é necessário muita coisa para se viver bem e ser feliz, aliás poucas são as coisas necessárias para tanto. Termos saúde, o que comer, o que vestir, um teto para morar, a companhia de pessoas amadas e amigos sinceros, já é o bastante para qualquer um ser muito feliz  As outras coisas, tais como dinheiro, fama, poder, sucesso, muitas vezes ao invés de ser motivo de felicidade, o é de infelicidade. É sábio aquele que não se deixa enganar pelo poder  enganoso e ilusório das riquezas, que não podem comprar sequer um dia a mais de vida,  nem trazem real  felicidade. Como bem o disse Steve: "Seu tempo é limitado. Por isto não perca tempo vivendo a vida dos outros". Assim sendo, sejamos apreciativos e valoramos a vida enquanto tivermos condições para isto, pois apesar de todos os problemas que existem no mundo atual, podemos dizer que a vida com tudo o que ela nos oferece e tem, é muito boa. Estarmos vivos e viver, não tem preço.       

domingo, 2 de outubro de 2011

NADANDO NUM AQUÁRIO

Ha certos períodos da nossa vida, que parece que nada anda. É como se você estivesse, nadando num aquário, onde você nada, nada,  mas não saí daquele confinamento. De vez enquanto também, nos sentimos  como se tivéssemos preso numa enorme teia de aranha e quanto mais você tenta se desvencilhar mais enrolado na teia você fica. É assim que ando me sentindo ultimamente em algum aspecto da minha vida. Não é que eu não tenha um objetivo básico e fundamental com o alvo em foco ao qual busco alcançar. Este, apesar das considerações acima continuam se desenrolando e vejo a cada dia o caminhar das coisas para o desfecho desejado. Mas a vida, mesmo com um alvo a vista a nos orientar a que trajetória seguir, ela nos permite algumas nuances e participações que a tornam mais agradável, desde que não se perca o foco. Tenho tentado mas até agora deu em nada é só decepções e vejo que não é só eu que se sente assim. Pelos comentários que tenho lido e ouvido, são muitas as pessoas que como eu, estão assim perdidas não sabendo que rumo tomar em suas vidas no tocante a assuntos  que envolvem sentimentos, tão  necessários a uma vida saudável. Ao nos dar existência, o Criador, viu que não era bom que o homem ficasse só e forneceu-nos uma companheira, uma ajudadora e complemento. Quando isto acontece da forma a que foi proposta, trás felicidade e muitas alegrias. Infelizmente, houve um desvio de conduta, desvirtuando aquilo que seria bom e prazeroso para ambos, tornando-se um fardo tão enfadonho que a maioria não pretende carregar pro resto de suas vidas. Assim, casamentos que eram para durar pra toda a vida, duram as vezes míseros anos ou apenas meses, deixando sequelas e marcas que fazem os envolvidos, a pensarem duas vezes, antes de dar os passos para uma segunda tentativa. Outros nem tanto, com as facilidades hoje para um divórcio quando não há filhos, criou-se os casamentos rotativos e muitos embora ainda novos, já estão no quarto ou quinto casamento sem muita perspectiva de que este seja o definitivo. Entram e saem de um casamento,  ou de uma união marital onde nem casamento há, como se fossem ao trocador mudarem de  roupa. Não é normal esta forma de comportamento humano, já que envolve sentimentos e projetos de uma vida a dois. O rompimento de uma relação, por mais banalizado que esteja hoje em dia, causa crises emocionais profundas e alguém sempre sairá ferido e magoado, não acreditando mais no amor e na sinceridade de palavras ditas em momentos de paixão. Juras são quebradas com muita facilidade, por que não eram sinceras, nem tinham o objetivo de perdurarem para sempre. Assim, você e eu, que ainda acreditamos que as palavras ditas, devem ser compromissos assumidos e acompanhadas de atos e ações que a endossam, que acreditamos que a felicidade pode existir na união de duas pessoas que possuem os mesmos objetivos, que compartilham os mesmos sentimentos e tem a esperança de que a felicidade perfeita será alcançada em breve, que possamos afinal encontrar alguma saída deste aquário que nos prende no momento, fazendo a nossa vida parecer que está estagnada e não anda. Apesar de estarmos agora, baratinados e sem perspectiva  à vista, que não desistamos nunca de procurar encontrar este tipo de felicidade e não quedarmos desanimados, achando que a felicidade é um estado imaginário e não adianta  buscar.       

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

GENTILEZA GERA GENTILEZA

No meu tempo de morador da Cidade Maravilhosa, mais precisamente quando eu fazia faculdade, havia um personagem folclórico que atazanava as mulheres que usavam minissaias ou calça muito justa, era o chamado de "profeta Gentileza". Ele tinha este apelido, porque possuía barba e cabelos compridos, andava sempre vestido de uma longa bata branca, sandálias tipo franciscano, levava flores brancas, mais precisamente  lírios em uma das mãos e na outra, como se fosse as tábuas dos dez mandamentos, uma tabuleta, tipo estandarte pintada de branco, cercada de tintas verde e amarela, onde ele escrevia  em letras vermelhas, várias coisas, sempre caprichando na palavra amor, que para ele era "amorrrrrr", Então, se ele visse uma mulher de saia curta,  ou muita pintada, partia para cima dela e com o dedo em riste,  chamava-a de "Jezabel" soltando inúmeros impropérios, que era assistido por muitos que chegavam a ovaciona-lo, enquanto a moça pega de surpresa tinha de fugir bem rápido, para não sofrer o opróbrio popular. Nestas ocasiões, não havia nenhuma gentileza da parte do aludido "profeta". Havia uma lenda popular, de que ele se tornara assim, porque vários membros de sua família haviam morrido no incêndio criminoso do "Gran Circus Norte Americano" ocorrido em Niterói, no final da década de cinquenta, onde morreram cerca de quinhentas pessoas a maioria crianças. Mas isto, pelo que eu soube depois, não era um fato verdadeiro. Outros já diziam que ele ficou assim meio pancada, ao ver tantas mortes em tal terrível incêndio, mas nada é certo. O certo é, que nosso personagem incorporou uma frase da Shell revendedora de combustíveis, numa propaganda educacional desta, para um trânsito melhor na Cidade do Rio, que era "gentileza gera gentileza", em ser cortês, em dar preferência ao outro. Depois, quando já era um personagem bastante popular, passou a escrever nos mais de cinquenta pilares que sustentam o viaduto da Avenida Perimetral na zona portuária do Rio, frases que continuam até hoje, embora as atuais seja uma restauração, já que as frases originais, escrita por "Gentileza" foi apagada com tinta cinza pela Prefeitura Carioca, tendo sido motivo de muitos protestos, que gerou a sua restauração. O certo é que a frase título, contém uma grande verdade. Se alguém é tratado com gentileza, forma-se um círculo de cortesia recíproca. Isto acontece não só  no trânsito, que teve o objetivo primário da frase, mas em todas as facetas da vida. Todos nós gostamos de ser tratados com gentileza  e em respostas a tal, produzimos atos de gentileza, de cortesia, em abrir mão de nossos direitos a favor dos outros,  numa eterna corrente que nos une a sentimentos bons, do bom viver. Assim eu, você, não queremos quebrar tal corrente benéfica, muito pelo contrário queremos dar início em todas as ocasiões possíveis em que ela não exista, para que sempre o "amorrrrrr" e a cortesia permeie as nossas relações, isto porque, GENTILEZA GERA GENTILEZA. 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

ERRO MÉDICO A TERRA COBRE

Esta semana ouvimos a triste notícia de que uma senhora na baixada fluminense, foi dada como morta pelo médico que a atendeu, sendo depois ensacada e colocada na geladeira do IML onde permaneceu nesta situação por duas horas. Quando sua filha foi chamada para fazer o reconhecimento do cadáver, notou que sua mãe que havia tido um AVC, ainda estava viva. Depois disto, tivemos o caso de três médicos que tiraram órgãos das pessoas que ainda estavam vivas, que ainda possuíam sinais vitais e neste caso com muita repercussão na imprensa foram condenados por homicídio. Já ouvimos até histórias de que médicos que trabalham em UTIs, desligam ou diminuem o potencial dos aparelhos que mantêm as pessoas vivas, para que elas venham a morrer. Como estes, são muitos e constantes os casos escabrosos de erros e falhas médicas, mas infelizmente existe entre a classe um corporativismo, uma verdadeira máfia, para se protegerem de ações, daqueles que procuram um ressarcimento pelos graves danos havidos. Há uns tempos atrás, soubemos também de que na região Norte do país, enquanto médicos se engalfinhavam na disputa para ver quem iria fazer o parto de uma paciente, a criança não suportou a demora e veio falecer. Algumas providências só são tomadas pelo Conselho Regional  de Medicina, quando o fato tem muita repercussão na imprensa, fora disto nada é feito a seus pares. Isto é um absurdo e não pode continuar. Já vai longe o tempo em que os médicos, que se dedicavam ao ofício por amor, para cuidarem realmente das pessoas, que saiam à noite ou mesmo de madrugada a fim de atendê-las e medicar em sua própria residência, mesmo que não houvesse remuneração. Hoje as faculdades estão produzindo médicos, com outros objetivos, que é de mudarem rapidamente de classe social, de ficarem ricos à custa do sofrimento alheio, com o qual não se importam nem um pouco. O noticiário está repleto de fatos, onde assistimos pessoas morrerem nas portas dos hospitais, perto de vários médicos, que nem ligam para a angústia ou a dor da pessoa. Logicamente que existe as exceções, como é o caso dos famosos Médicos Sem Fronteira, que procuram ajudar as pessoas pobres, principalmente em países dilacerados pelas guerras, este é um trabalho abnegado que merece todo o louvor. Mas o padrão nas grandes cidades e metrópoles  não é assim, o que vemos é um péssimo atendimento, uma falta de empatia pelo sofrimento alheio, onde pessoas são tratadas como verdadeiro lixo. Aquele juramento de Hipócrates feito pelos médicos no ato de sua formatura, que é de cuidar com abnegação das pessoas que estão a seu cuidado, é logo esquecido nos primeiros meses depois de formados. Aliás, não é somente a classe médica que age assim, alguns veterinários que cuidam de nossos animais de estimação, que são como nossos entes queridos, tem também agido da mesma forma. Muitos deles e não todos pois há exceções, não tem o menor amor pelos animais e pelos donos que sofrem junto com eles. São inescrupulosos, inventando doenças inexistentes só para auferirem lucros ou diagnosticando de forma errada, causando com isto, sérios danos aos animais. A demonstração de carinho ou afeto para com estes seres tão carentes, só se evidencia, a vista do talão do cheques, quando há a possibilidade de uma boa recompensa monetária no trato de algum animal, fora disto é um verdadeiro descaso. Me lembro do meu gato Tom, que veio a falecer prematuramente por total descaso e erro do veterinário que cuidava dele, fato que eu não me desculpo até hoje. Sim, a classe médica e veterinária precisa passar por uma reforma radical, a fim de coibir que pessoas apenas ávidas pelo vil metal, possam cuidar de nossa saúde, bem como dos nossos queridos animais de estimação porque se isto não acontecer rápido, estaremos totalmente à mercê de verdadeiros solapadores, que nunca serão condenados, valendo a frase proverbial que estampa uma verdade: "Erro médico a terra cobre".