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quarta-feira, 25 de junho de 2014

RESPEITO AO DIREITO DE OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA




Existem certos direitos que são fundamentais e devem ser respeitados pelas autoridades, independente onde a pessoa resida, por que são garantidos pelos mais altos tribunais e côrtes do mundo. Entre estes podemos destacar, o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, à liberdade religiosa, de pensamento, de consciência e crenças. Sim, entre os direitos e garantias individuais, está à liberdade de consciência religiosa. Desta forma ninguém será obrigado a fazer algo que vai de encontro a sua consciência. Desde os primórdios da raça humana, àqueles em autoridade têm exigido que se faça algo principalmente em termos de reverência ou adoração mas que os adoradores do Verdadeiro Deus, tem se recusado a cumprir a fim de não violar a norma divina de que a adoração é um ato exclusivo Dele, só se deve ao Ser Criador e seu Deus. Foi assim na época em que o povo de Deus esteve cativo em Babilônia, bem como nos seus quatrocentos anos de cativeiro no Egito. Eram cidadãos cumpridores da lei mas quando esta entrava em conflito com a norma divina, preferiam ser jogados aos leões, em fornos superaquecidos e outras formas horríveis de mortes, do que violar a sua consciência. Sim, eles eram objetores de consciência. Quando Jesus Cristo, esteve aqui na Terra, deu a seguinte exortação conforme registrada no evangelho de Marcos, Capítulo 12: versículo: Pagai (ou dai) a César as coisas de César mas a Deus as coisas de Deus". A César ou o Estado, tem que ser dado a ele as coisas dele, tais como impostos, tributos, respeito, cumprir com os deveres de cidadãos mas quando César, ou o Estado exigem coisas que não lhe pertencem, tais como a vida ou a adoração a algo, há um conflito entre a norma do Estado e a de Deus. Neste caso a pessoa é livre e pode objetar a lei ou ordem do Estado, que é relativa e inferior a de Deus, razão porque obedece a Este por motivo de consciência religiosa. Isto se deu, lá no primitivo cristianismo, quando as autoridades deram uma ordem aos apóstolos de Jesus, para que parassem de pregar, conforme registrado no livro de Atos dos Apóstolos no Capitulo 5 versículo 28, mas a resposta dos objetores de consciência está no versículo 29: "Em resposta Pedro e os outros apóstolos disseram: Temos que obedecer a Deus como governante, antes que aos homens". Esta objeção de consciência foi entendida por um sábio instrutor da lei de nome Gamaliel, que defendeu a posição dos apóstolos lá no passado. Quando mais à frente os primitivos cristãos foram instados a violar uma norma bíblica, de prestar reverência e adoração a um outro ser que não o Deus Verdadeiro, eles preferiam ser preso e mortos, muitos sendo jogados nas arenas de leões vorazes, do que violar sua consciência. Um pouco mais adiante os primitivos cristãos passaram a entender que não era compatível ser um cristão verdadeiro é pegar em armas para tirar a vida do seu semelhante, como no caso de defesa ou de uma guerra. No livro a Historia do Cristianismo (History of Christianity) o escritor Edward Gibbon diz: "OS CRISTÃOS DO PRIMEIRO SÉCULO NEGAVAM-SE A TER QUALQUER PARTICIPAÇÃO ATIVA NA ADMINISTRAÇÃO CIVIL, OU NA DEFESA DO IMPÉRIO, E QUE ERA IMPOSSÍVEL QUE OS CRISTÃOS SEM RENUNCIAREM A UM DEVER MAIS SAGRADO, PUDESSEM ASSUMIR A POSIÇÃO DE SOLDADOS". Eles entendiam as palavras de Jesus, em João 13: 34 e 35 de que o sinal identificador dos verdadeiros cristãos é o amor e isto é incompatível em se tornar um soldado e pegar em armas para tirar a vida de alguém, mesmo que esta ordem venha com ameaças de mortes e prisões em campos de concentração, como aconteceu na Alemanha Nazista e em vários países comunistas. Ainda hoje em vários países tem acontecido a prisão, daqueles jovens que por motivo de convicção religiosa se negam a se engajar nas forças armadas dos seus respectivos países, ou mesmo prestarem um serviço alternativo mas sob a supervisão militar, por serem objetores de consciência religiosa. O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos, nos diz no capítulo 8 versículo 38 e 39, que nada nos pode separar do amor de Deus que está em Cristo, "nem governos nem poderes". Sim, os objetores de consciência religiosa cumprem esta ordem divina, que é o de amarem uns aos outros, independente em que país se esteja, pois reconhecem que são uma irmandade universal unidas pelo amor fraternal e nenhum governo ou autoridade local irá quebrantar tal união. Este é um direito que deve ser respeitado sob pena de àqueles que se opõem a eles, na verdade estão lutando contra o Verdadeiro Deus, como disse sabiamente há tempos atrás, Gamaliel.