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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ONTEM, HOJE E SEMPRE CREEDENCE

Quase todo mundo tem algo que lhe encanta, lhe dá prazer ou lhe traz alegria. Se há uma coisa que eu sempre gostei e muito, é ouvir música. Desde pequeno influenciado por meu pai que era baterista e exímio dançarino eu me identifiquei com a música, a princípio sem muito entendimento ou escolha do que ouvir. Depois fui apurando meu gosto musical, já que também me tornei músico, passando a selecionar o que ouvia e até as próprias rádios e sua programação. Dei sorte, por ter vivido numa época privilegiada em que houve uma verdadeira revolução musical, com a chegada do rock and roll e seus ícones Elvis Presley, Little Richard, Bill Haley, Fats Domino, Chuky Berry, Jerry Lee Lewis e tantos outros. Depois já nos anos 60, The Beatles, Rolling Stones, Cat Stevens, Janis Joplin, Bob Dylan, Johnny Rivers, Trini Lopez. Aí chegamos ao anos 70 com Jimmy Hendrix, The Who, The Doors, Pink Floyd, Santana e um conjunto de música country com o inusitado nome de um comercial de cerveja, Creedence Clearwater Revival, tendo como líder John Fogerty. A princípio, eram os The Blue Velvets liderado por Tom Fogerty, irmão mais velho de John, mas não fizeram nenhum sucesso. Ao entrarem para a gravadora Fantasy e sob a influência de um dos novos sócios desta, mudam radicalmente, começando pelo nome e agora sob o comando de John Fogerty que como cantor e compositor passa a ser o centro da banda, mudando até o estilo das canções. A banda vai de vento em popa, fazendo turnê não só nos Estados Unidos, como na Europa, Austrália e até no Japão. Ganham vários discos de ouro e platina. Só que isto ao invés de fortalecer o grupo, provoca divisão principalmente por ciúmes de Tom Fogerty, irmão de John que não se conforma de eles serem uma banda para o líder John. Assim como no relato bíblico de Abel e Caim que não suporta ver o seu irmão ser olhado com aprovação por Deus enquanto ele não, com isto trama e executa a sua morte. Assim, Tom Fogerty sai do grupo para iniciar carreira solo, que não foi bem sucedido, dando em nada. A banda prossegue mesmo com apenas três integrantes e  faz sucesso, atingindo como sempre o topo da parada. Já Tom Fogerty vai mal e se acidenta, ocasião em que recebe uma transfusão de sangue onde contrai o vírus da Aids e vem a falecer. Com o fim do grupo originário, o baixista Stu Cook e o baterista Doug Clifford montam um novo grupo que está mais para genérico chamado Creedence Clearwater Revisited, que relembram os velhos sucessos do antigo Creedence, tocando inclusive várias vezes no Brasil, tendo eu a oportunidade de vê-los no então Metropolitan, no Via Parque.  John Fogerty forma uma nova banda e continua até os dias de hoje com uma carreira solo vitoriosa, tocando alguns sucessos antigos da época do Creedence e outros novos, todos de sua autoria. Sem sombra de dúvidas o Creedence foi a banda que mais me influenciou na década de 70, seja por sua postura anti-guerra, seja pela beleza das sua músicas. Falando em conflitos armados, na época da guerra os EUA contra o Vietnam, as músicas mais tocadas eram do Creedence em especial a "Fortunate Son". Passados quase quarenta anos, suas músicas, foram e ainda são usadas em vários filmes de sucesso, mostrando que o que é bom dura pra sempre. Assim,o Creedence para mim foi o conjunto de ontem, ainda é o de hoje e continuará sendo o de sempre. É muito bom  "ver a chuva cair num dia de sol glorioso".  

Obs: Na foto acima, John Fogerty é o primeiro a esquerda e seu irmão Tom, é o último.

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