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domingo, 10 de abril de 2011

RESSURGINDO DAS CINZAS

Toda vez que me senti no fundo do poço, sem ter mais nada em que me apoiar, uma força fora do normal parece que invade todo o meu ser e começo a criar pernas e braços, como uma centopeia iniciando uma lenta e penosa escalada para fora do buraco. Eu não sei se isto que acontece comigo é o instinto de sobrevivência ou algo similar inerente a todo ser humano, que o faz num esforço supremo tirar forças de onde já não havia mais nada e tudo parecia estar esgotado. O certo é que esta força impulsora, não só neutraliza os efeitos negativos de uma baixa auto-estima, como também nos alavanca para um estágio superior, fazendo-nos ver de um outro ângulo, todas as nossas reais possibilidades. Não que a partir de agora você passe a ser isto ou aquilo, não, mas começa a ter uma outra visão e se dar o verdadeiro valor que todo ser humano tem independente de suas deficiências, fraquezas e limitações. Na verdade, ninguém é inferior ou superior a outrem, somos todos iguais, tendo algumas características que nos diferenciam e nos tornam únicos, mas nem por isto melhores ou piores do que outros. Quando estamos com a nossa estima em baixa, supervalorizamos os atributos e qualidades dos outros, enquanto que os nossos pontos fortes, nós desconsideramos ou desvalorizamos. Infelizmente algumas pessoas, para piorar a situação, ao nos verem assim tão rastejantes, parecem que ficam imbuídas de um sentimento de superioridade e nos pisam e esmagam ainda mais, como se fossemos um inseto ou algo desprezível. Por isto, devemos todos nos lembrar do efeito bumerangue, para não agir assim contra alguém, pois o retorno é certo e podemos ser o alvo preferido a ser atingido. O que plantamos é o que colhemos. Que tenhamos, assim, um equilíbrio em nossos atos e ações, dando a cada um o seu devido valor e não supervalorizando ou desvalorizando os seus méritos. Somos todos passageiros desta maravilhosa nave mãe chamada de Terra, nesta incrível jornada através do cosmos e devemos compartilhar, ajudar, dar a mão, incentivar os demais passageiros que convivem conosco nesta viagem, já que padecem das mesmas carências e dificuldades. Nunca achando que somos superiores ou privilegiados por termos isto ou sermos aquilo. Pois aquele que acha que é alguma coisa, na verdade não é nada, pois não aprendeu a coisa básica que é a humildade, um atributo essencial que devemos cultivar para se viver bem  e que nos refreia do orgulho, tão prejudicial para as boas relações humanas. Quem pensa que é o maior, na verdade é o menor. Mas que a nossa humildade  não seja tão desfocada ou desequilibrada, ao ponto de nos desmerecer ou desqualificar frente as demais pessoas, o que acontece quando temos uma baixa auto-estima. Nunca devemos nos esquecer que a vida é como uma canoa de um  parque de diversões, hoje estamos na parte de cima, numa situação superior, amanhã vamos estar lá embaixo, precisando de um impulso, de alguém que nos dê a sua mão para RESSURGIRMOS como a Fênix saindo das cinzas, para continuarmos vivendo, ombro a ombro, lado a lado, com sabedoria e equilíbrio, porque apesar de tudo é muito bom estarmos vivos e apreciar o que há de belo a nossa volta. VIVA LA VIDA!!!         

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