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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PONDO O DEDO NA FERIDA

De vez quando nos machucamos, seja por algum descuido, seja por essas coisas que acontecem independente de nossa vontade e quando vemos temos um grande ferimento no corpo.Quase sempre quando temos uma parte lesionada é aí que nossos amigos ou outras pessoas cismam de tocar a mão ou um dedo, agravando a nossa dor. Desculpas pedidas e aceitas, por desconhecerem eles o nosso machucado, mesmo assim por algum tempo padecemos os males daquele toque. De maneira simbólica tanto o nosso eu íntimo como a sociedade em geral sofre de algum ferimento e fica vulnerável a toques, como aquele "calcanhar de aquiles". Só que, longe de ter apenas um grande problema a sociedade sofre de inúmeros males. O nosso planeta tem problemas gravíssimos que colocam a sua  sobrevivência em risco. Para ajuda-lo existem várias pessoas e comunidades que se propõe a lutar para minimizar os males, tais como, o Greenpeace, os médicos sem fronteiras, os defensores da Amazônia, das baleias, das tartarugas marinhas, os vigilantes do clima, os ambientalistas e até os defensores dos cachorros abandonados. É muito louvável o trabalho destas pessoas, seja de forma individual, seja através de Ong`s., mas ainda assim os problemas pioram e se agravam a cada ano. O ser humano, pior do que muitos animais é que corre o maior  risco de extinção.  Isto porque, o que a sociedade humana sofre é de um tipo de doença qual um câncer já com várias metástases espalhadas pelo corpo inteiro. Estas ajudas que muitos fazem, minorizam os sofrimentos de algum setor mas são remédios apenas paliativos, tais como os chazinhos, são de pouco valor já que  não extirpam o mal. A cura total está fora de nosso alcance e é necessária uma grande cirurgia para extirpa-la . Isto porque, a sede de todos os males está no nosso íntimo. É lá que está a causa. Precisamos erradicar o mal dos nossos corações e isto não conseguimos sozinhos. Embora anelamos o bem, fazemos coisas que demonstram o contrário. Pregamos moralidade mas no fundo somos imorais. Perdemos a coisa básica que é o senso de  VALORES. Já não sabemos o que é certo ou errado, vivemos como que jogados pra lá e pra cá ao sabor de várias filosofias conflitantes. Nós pais, que temos a obrigação de educar os nossos filhos para que eles sejam pessoas de bem e bons cidadãos, não podemos  mais disciplina-los mesmo que de maneira equilibrada e correta, pois se assim o fizermos, poderemos sofrer algum processo por abuso de autoridade, acarretando até a perda da sua tutela. Com isto os nosso filhos não tem mais  limites e o que estamos vendo é uma geração totalmente alienada com respeito a leis, fazendo coisas absurdas em nome de uma liberdade irrestrita. De vez em quando a sociedade se mobiliza para extirpar algum mal localizado, como foi o caso, da expulsão dos bandidos do Complexo do Alemão e outras comunidades. Foi um espetáculo, com manchetes no mundo todo. Enquanto os holofotes da mídia estavam focados lá, vimos vários capitães ou agora coronéis "nascimentos" transformados em heróis da noite pro dia. Mas vimos também alguns excessos. Alguns bandidos, mesmo tendo se entregado espontaneamente eram humilhados e expostos como que troféus numa atitude de total desrespeito pelo ser humano. Nada justifica tal proceder. A perda de valores faz com que nos igualemos a pessoas do mal, fazendo coisas erradas, do ponto de vista moral. Temos de querer e ansiar pela justiça mas não podemos fazer atos injustos, sob pena de cometermos um crime maior, que é fazer justiça pelas nossas próprias mãos. Temos de recobrar os valores perdidos, sob pena de perecermos como pessoas que não merecem mais viver. 

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