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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO


Todos os dias somos bombardeados pela mídia no sentido de adquirirmos algum item recém-lançado ou somos induzidos a crer que para sermos felizes precisamos de tal produto. No apelo consumista, os engenhosos publicitários colocam pessoas lindas em ambientes super agradáveis, fazendo a merchandising do produto de tal forma que é difícil resistir a tentação, pois enchem nossos olhos de desejo de obtê-lo. Como as tendências são cada vez mais curtas, em pouco tempo o aparelho que  é de última geração se torna rapidamente obsoleto, assim foi com a TV colorida, depois de PLASMA, LCD, LED, 3D, de 29", 32", 42" 46" e 50" polegadas, o que nos leva a uma roda frenética na ânsia de acompanhar a moda. Já vai longe o tempo em que as bolachas de vinil, os LPs, ficaram décadas no cenário fonográfico.Quase tudo é vendido sem entrada, mas muitas vezes ao adquirirmos algo assim ficamos sem saída. Temos de fazer uma avaliação criteriosa da necessidade real de alguma coisa e quais os seus custos e benefícios. Devemos nos lembrar que A FELICIDADE NÃO PODE SER COMPRADA, MAS A INFELICIDADE SIM. Em tudo na vida existe a relação do binômio custo/ benefício. Não se pode ter algo sem arcar com o seu custo. Infelizmente, na maioria das vezes, nós só olhamos os benefícios sem atentarmos para o verdadeiro custo. Esta visão desfocada da realidade onde só se vê os benefícios sem levar em conta o preço que se paga, também está presente no relacionamento humano, onde uma linda mulher ou um belo rapaz são alvos de cobiça e desejos, que quando consumados, põem o seu investidor, aquele que paga pra ver, em situação bastante deplorável. E aí quase sempre já é tarde, pois ao terminar a fase de encantamento, verifica-se que o embrulho era lindo, mas o conteúdo imprestável, não valia nada. Conta-se que certo homem estava com um lixo repugnante em sua casa e por diversas vezes o colocara na rua para que os lixeiros o levassem e nada, o lixo sempre permanecia na frente da casa e a cada dia se tornava mais insuportável. Então o homem teve uma ideia. Depois de jogar algum desinfetante, embrulhou-o num papel muito bonito e qual não foi a sua surpresa que, antes dos lixeiros passarem, alguém já o havia levado. Sim, às vezes, compramos algo por conta do embrulho e não do conteúdo. Na relação humana muitas vezes o que era  um adocicado meu bem, meu bem, se transforma num áspero meus bens, meus bens. Sempre por detrás de uma apetitosa isca, há um mortífero anzol. Todo o relacionamento baseado apenas na beleza externa tem vida curta, pois a beleza logo se desvanece e o PITELZINHO DE HOJE É A BARANGA OU O BAGULHO BARRIGUDO DE AMANHÃ. Aquela voz melosa e adocicada, cheia de charme de hoje, pode se transformar numa voz rascante, ácida, que você não suportará mais ouvir. Lembre-se: um produto pode ser descartado rápido, enquanto que um relacionamento é mais complicado e sempre traz muitas dores. Certa vez mostrei a um pequeno garoto uma reluzente bola de gude e uma pedra de diamante e perguntei: - Qual delas você quer? Ele não titubeou, rapidamente escolheu e ganhou a bola de gude. Quando somos infantis fazemos escolhas a base da visão e esta, quase sempre, nos engana pois, como bem o disse o escritor do Pequeno Príncipe, O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS. Portanto, antes de comprar ou investir em alguém faça uma avaliação correta, veja o que há por trás de sua beleza física, que passa rapidamente para não ser alvo de uma isca, que depois de mordida não perdoa, mata os inexperientes e incautos.

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