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sexta-feira, 12 de abril de 2013

QUANDO JESUS PASSOU A SER DEUS PARA MUITOS?

Como assim? Me perguntarás atônito você que é um professo cristão, que sempre ouviu dizer e acredita piamente misto, de que Jesus Cristo é o Deus a quem você dirige as suas orações e busca amparo nas horas mais aflitivas de sua vida. Atordoado com a pergunta título continuarás me indagando: - Houve época em que Jesus não era Deus e depois passou a sê-lo? Por mais incrível que pareça sim, a crença de Jesus como sendo o Deus para os professos cristãos é recente, tem menos de 1.700 anos. Mas quando se deu isto? O que o próprio Jesus pensava sobre isto? Para sabermos as respostas vamos fazer um analise criteriosa nas Escrituras Sagradas, que é a base do cristianismo e também ver o que a História Universal tem a nos dizer sobre o assunto. Diferente de outras nações em volta que possuíam e adoravam muitos deuses, a nação de Israel povo bíblico pactuado com Deus através do Patriarca Abraão, tinha apenas um único Deus. Eram monoteístas, adoravam apenas o Deus, representado pelo tetragrama IHVH. Ele próprio lhes disse através do Profeta Moisés da sua unicidade, como está transcrito no livro de Deuteronômio capítulo 6 versículo 4: "Escuta, ó Israel, Jeová nosso Deus, é um só Jeová". Então para a nação de Israel não havia outro Deus ou uma trindade de Deuses, mas um só, que era Jeová, ou como alguns tradutores vertem o tetragrama para Iavé ou Javé. O próprio Jesus Cristo, repetiu estas mesmas palavras de Deuteronômio no evangelho de Marcos, capítulo 12, versículo 29. Jesus Cristo em nenhum momento se arvorou ser Deus ou como fazendo parte de um Deus trino. Quando lhes ensinou a orar, não disse "seja feita a nossa vontade" e sim "seja feita a Tua vontade". Também no Livro João Capitulo 8 versículos 17 e 18,  Jesus diz que o testemunho de duas pessoas é contado como coisa verdadeira, assim o testemunho dele e de seu Pai é veraz, o que confirma de maneira irrefutável, a existência de dois seres distintos. Por inúmeras e diversas vezes Ele disse, que o Pai era maior do que Ele; que o Pai era seu Deus a quem Ele louvava publicamente; que havia coisas que só o Pai sabia e Ele não; que estava na terra para fazer não a sua vontade mas a vontade de seu Pai que estava no céu; quando lhe chamaram de bom, Ele refutou tal adjetivo, dizendo que bom era seu Pai. Embora numa ocasião Ele dissesse que o Pai e Ele eram um, o que poderia gerar alguma confusão, depois mais a frente no mesmo evangelho, Ele explicou o sentido da frase dizendo: Para que todos sejam um, assim como eu e o Pai somos um, conforme se vê em João 17:21. Havia tal união ou afinação entre Ele e seu  Pai, que era como se eles fossem uma só pessoa, união esta como deveria existir também entre todos os cristãos, embora muitos mas se unidos na mesma fé e propósito seriam também como um só corpo ou pessoa. Assim, como ser distinto, Jesus Cristo, sempre disse que era o Filho de Deus e não o próprio Deus um ser maior e seu Pai. Alguns talvez argumentem que enquanto na carne Jesus era Filho, mas depois nos céus junto ao Pai, seria parte Deste. Não é o que Ele pensava, pois após ser ressuscitado e já como criatura espiritual Ele disse categoricamente a Maria Madalena, "Para de agarrar-te a mim. Porque não ascendi para junto do Pai. Mas, vai aos meus irmãos e dize-lhes: "Eu ascendo para junto de meu Pai e vosso Pai, e para meu Deus e vosso Deus" conforme se vê no evangelho de João Capitulo 20 versículo 17. Sim, Jesus jamais deixou de reconhecer que o seu Pai era o Verdadeiro Deus e que Ele próprio lhe prestava adoração. Desta forma, os primitivos cristãos nunca tiveram qualquer dúvida de que o Deus bíblico da nação Israel, Jeová  era o Pai de Jesus Cristo e também seu Deus e que era o único ser que merecia adoração. Que ele Jesus era o Cristo, ou o prometido Messias, o Filho de Deus um ser menor, que havia sido criado e enviado por Este para resgatar a humanidade e portanto sujeito a Ele. O apostolo Paulo, escrevendo aos Colossenses no capítulo 1 versículo 15, falando sobre Jesus diz: " Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação". Sim, Jesus foi a primeira coisa criada por seu Pai Jeová. Enquanto o Pai, sempre existiu, não teve princípio, o Filho teve um inicio, foi criado ou gerado por seu Pai Celestial, bilhões de anos antes de Ele vir a terra e nascer como humano. Jesus espelhava as notáveis qualidades de seu Pai Celestial, ao ponto de se conhecer o seu Pai através dele. Por mais fidedigna que seja a imagem de alguém ela sempre será a imagem e não a coisa em si. Infelizmente após a morte de todos os apóstolos, como havia sido predito, haveria uma apostasia ou um afastamento das verdades bíblicas por introduzir-se nela ensinos falsos, amalgamada com coisas pagãs. Assim, em 325 da nossa Era Comum, o monarca Constantino que era um recém convertido do paganismo e do qual nunca se afastou de fato, convocou um Concílio em Niceia, para estabelecer uma unidade da religião agora dominante e do estado mas que estava fragmentada em várias dissensões doutrinárias. Entre estas, havia uma discussão sobre a origem de Jesus, alguns defendiam aquilo que o próprio Jesus sempre disse a seu respeito, de que era o Filho de Deus e não o próprio Deus, era a facção do bispo Ario. Do outro lado haviam aqueles que diziam ser Jesus, o próprio ser Divino ou a essência ou substância do Próprio Deus e portanto igual a Ele, era a facção do bispo Atanásio. Assim, o Imperador Constantino, vendo nesta última facção um poder maior de aglutinação de pessoas e territórios, fez valer a sua autoridade, por endossar o ponto de vista do bispo Atanásio, criando o chamado Credo Atanasiano ou a Doutrina da Trindade. Desta forma, Jesus que até então era o Filho de Deus, a partir do ano 325 de nossa era comum, passou a ser o Deus Filho, parte de uma trindade de Deus, contrariando a unicidade e identidade monoteísta da nação judia, de um Deus único. Com isto estabelecido, ou seja de que Jesus era ou passou a ser Deus, teve que se omitir e erradicar o nome divino do Deus da Bíblia, nos seus mais de 7.000 textos bíblicos em que ele aparecia, passando a usar-se no seu lugar apenas "Senhor" e este representa Jesus Cristo, o qual passou do ano 325 para cá, a ser o único Deus conhecido e adorado por quase todos os professos cristãos, com exceção de apenas um povo, que leva o nome próprio do Deus da Bíblia. Estes reconhecem o grande papel de Jesus como o mediador entre o Verdadeiro Deus e os homens, sabem que as orações só chegam ao Pai por intermédio dele. Reconhecem que Jesus é o Rei designado por Deus para governar a terra até que todas as obras do Diabo sejam desfeitas. Que Ele deu a sua vida perfeita, como sacrifício ou resgate por todos, sendo portanto o único salvador da raça humana, livrando-as do pecado herdado e que portanto merece todo o agradecimento por tal ato impagável que nos salvou das garras da morte. Assim Jesus tem seu mérito por isto mas seu Pai e Deus Jeová tem um mérito maior. Foi Ele o idealizador e executor do plano para salvar a humanidade do castigo da morte, enviando não qualquer anjo mas o seu melhor, seu amado Filho Unigênito para que com sua morte dolorosa sacrificial pudéssemos ganhar a vida eterna. Assim seremos eternamente gratos a Jesus, mas quanto adora-lo como Deus por conta disto não. Ele próprio refutaria veementemente tal ideia, pois nunca tentou usurpar tal prerrogativa ou direito de seu Pai, já que a adoração ou devoção é coisa exclusiva pertencente somente ao único Criador e Verdadeiro Deus, seu Pai Celestial, conforme está expresso no livro de Apocalipse capitulo 4, versículo 11. Se você tem alguma dúvida sobre as alegações acima, consulte os textos citados na sua Bíblia, leia algum livro da Historia Universal sobre os fatos aqui narrados ou faça uma pesquisa nas páginas do Google. Aí sim, você descobrirá por análise própria e não induzido por alguém como até mesmo pelo editor deste blogg, se há base para um questionamento levantada na pergunta título ou se aquilo que você sempre acreditou de que Jesus sempre foi Deus e não a partir de 325 da EC, deve prevalecer.

                       

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