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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

HOMEM: O MAIOR E MAIS CRUEL DOS PREDADORES



Algum tempo atrás, tomamos ciência pelos meios noticiosos de que um laboratório de pesquisas no Estado de São Paulo foi invadido por ativistas protetores de animais, que libertaram quase duzentos cachorros da espécie beagle, que serviam como cobaias de testes para a fabricação de medicamentos e em especial cosméticos. Muitas pessoas ficaram chocadas com a imagem desses dóceis animais enjaulados, alguns mortos, outros com parte do seu dorso pelado, que era local onde se faziam os testes. Se havia ou não crueldade com estes animais cobaias não vamos entrar no mérito mas que nós humanos sempre fomos verdadeiros carrascos para animais, isto não há como negar. Por exemplo, em alguns lugares, patos e gansos ficam trancafiados numa jaula, onde várias vezes no dia, são dolorosamente engordados, enfiando-se um tubo de metal de cerca de trinta centímetros garganta à dentro até atingir seu estomago, depois caroços de milhos são empurrados por tal tubo até a exaustão a fim de engordar e provocar uma doença em seu fígado. Toda esta barbárie, tem uma uma única finalidade: conseguir fazer uma pasta do fígado inchado do animal, para se comer como petisco, o famoso patê de fígado, ou foie gras. Na China e no Japão, um dos cardápios prediletos, é a sopa de barbatana de tubarões e até de golfinhos. Os animais são pescados aos milhares, as suas barbatanas são cortadas ali mesmo na embarcação, quando ainda estão vivos e depois como as suas carnes tem pouco valor comercial, são devolvidos ao mar para morrerem, uma morte extremamente dolorosa. Também na China, pequenos cachorros são expostos em gaiolas nos restaurantes e depois mortos na frente dos clientes que escolhe os que quer comer. Quem não se lembra dos macacos Rhesus, que por décadas serviu e ainda serve de cobaias para vários testes, inclusive inoculando em seus corpos o vírus da Aids? Os ratos nem se fala, são tantas as maldades praticadas contra estes pequenos roedores cobaias, tais como coloca-los vivos dentro de um tubo de ensaio, injetando células cancerígenas e outros males, tudo em nome da ciência e para o bem estar de nós humanos. Vamos deixar de lado estas crueldades feita aos animais, seja em nome da ciência, seja para obter algumas comidas exóticas, que quase só são servidas no exterior. Vamos falar de coisas que nós fazemos uso no nosso dia a dia, na nossa alimentação. A maioria de nós gosta de um bom bife acebolado, de queimar uma carne num churrasco de fim de semana, de apreciar um tostado galeto e outras iguarias proveniente da carne de animais. Mas nunca paramos para pensar, o que representou de sacrifício e dor dos animais, a carne que saboreamos com tanto prazer. O ex-Beatle, Paul McCarty, disse uma frase que: "Se os matadouros tivessem paredes de vidro todos seríamos vegetarianos". Sim, se nós tivéssemos a oportunidade de ver a crueldade que é praticada nos matadouros, para se conseguir aquilo que tanto gostamos, certamente pensaríamos duas vezes antes de pedir aquela picanha. Mas como isto é feito, fora do alcance dos nossos olhos, vale o ditado de que, aquilo que os olhos não veem o coração não sente. Realmente, nós humanos somos os maiores predadores pois matamos animais não só para comer, o que seria uma desculpa até certo ponto razoável, mas por simples prazer e esporte, como acontece com o tiro ao alvo feito à patos selvagens em alguns países, a caça cruel as raposas feita por nobres, montados em seus belos cavalos, ajudados nesta empreitada por cães farejadores que não dão uma oportunidade de escape as vítimas e outras coisas ignominiosas feitas para simples diversão. Não estamos aqui levantando nenhuma bandeira de ativista defensores de animais, de sermos vegetarianos, radicalizando o uso de qualquer carne como alimento, mas de sermos menos cruéis e mais bondosos com os animais, de termos mais amor e compaixão com estas criaturas que sempre quando demonstramos qualquer atitude de carinho e afeição por elas, nos retribuem em dobro. Não há necessidade de se utilizar animais como cobaias, há outros meios substitutos para isto, conforme se expressou neste sentido o notável cientista Dr. Albert Sabin, criador da vacina contra a poliomielite. Que realmente sejamos humanos de coração e não como temos sido, os mais violentos e cruéis predadores que existem na superfície do nosso planeta. Aguardo ansiosamente uma época em que homens e animais viverão em perfeita harmonia e paz, não havendo qualquer temor de ambos os lados quanto a atuação do outro. 

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