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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O PODER ENGANOSO DAS RIQUEZAS

                               

Cada vez que eu ouço uma notícia da morte trágica de uma grande estrela ou de algum astro famoso, normalmente associado ao uso de drogas, me vem a mente, o quanto estas pessoas se deixaram iludir pelo poder enganoso das riquezas e não levaram em conta suas consequências funestas. De como as pessoas estão procurando a felicidade no lugar errado. Sim, antes da fama e de uma vida abastada, estas pessoas eram humildes e com certeza bem felizes. Se não possuíam tudo o que desejavam, tinham pelo menos o básico, um teto, o que comer e o que vestir, que é o que o ser humano precisa para viver e ser feliz. Infelizmente, engodado pela ilusão de que a riqueza traz felicidade, muitos se enveredaram em seus caminhos tortuosos e pagaram um preço alto, morrendo cedo. A maioria das pessoas imaginam que serão felizes, quando tiverem uma bela casa com todo o conforto que vida moderna traz, um magnífico carrão do ano, uma polpuda conta bancária que lhe possa dar tranquilidade e uma vida sem preocupações. Essas pessoas, acham que só serão felizes quando conseguirem isto, que é um sonho que acalenta desde a sua infância e que tem de ser concretizado. Ledo engano. A felicidade não está na obtenção ou posse de tais coisas e sim nas coisas simples da vida. A luta para se ficar rico, além de difícil, causa vários problemas de saúde, tanto física como mental. Há um grande estresse neste caminho, além é claro de se cometer vários atos que podem se enquadrar como maus, não muito éticos e objetáveis. Há também infidelidades, traições, um verdadeiro jogo sujo. Nesta subida para o poder, vão se perdendo pelo caminho, amigos verdadeiros, amizades sinceras, amores desinteressados e outras coisas tão valiosas. Não há tempo para se perder com coisas simples, corriqueiras e saudáveis. A vida é uma agitação só, na ânsia de poder dizer pra todos: Eu cheguei lá!. Para se compensar tal luta desenfreada, no meio de tantas pessoas também gananciosas e ávidas por dinheiro, muitos apelam para o álcool, as drogas e outros vícios que vão fazendo a vida se tornar complicada e a felicidade fica cada vez mais distante. Em vez da paz há a discórdia, em vez do amor há o jogo de interesses. A vida com toda a opulência mas cheia de brigas se torna um verdadeiro inferno, onde ninguém tem tranquilidade e sossego até mesmo para uma simples refeição.O lar ao invés de um refúgio e amparo dos problemas de fora, se torna apenas o local onde as pessoas vão dormir, sem nenhuma comunicação entre si. Infelizmente muitos que usufruíam uma boa relação com o Verdadeiro Deus, se deixaram levar pela ânsia de ficarem ricos e o abandonaram, ou seja trocaram a verdade pela mentira, achando que fizeram um bom negócio. Só depois de muita decepção é que os enganados pela riqueza, vão começar a entender que não é necessário ter muitas coisas, para usufruírem plena felicidade. As riquezas podem comprar muitas coisas mas nunca a paz, o amor e a felicidade, para isto não se precisa de dinheiro ou de fama, basta ter outros valores, tais como ser uma pessoa íntegra, leal, de caráter, honesta e de palavra. Sim, o que é de verdadeiro valor é ser e não ter. Infelizmente, vamos continuar ouvindo estas tristes notícias, por que apesar de todos os avisos, as pessoas vão continuar na sua busca frenética por riquezas, poder e fama. Acham que vale a pena qualquer sacrifício para obtê-los. Não se conformam com uma vida simples, acham que esta vidinha não é para elas, que investiram tanto em estudos para se formarem e para ostentarem um título de doutor. Querem mais, muito mais, numa aptidão que não se sacia nunca. Com isto perderão o melhor da vida, os momentos mais preciosos, as melhores companhias, as coisas mais singelas e significativas, as de  real valor. Só irão perceber isto, quando já for tarde demais, sem saúde, sem amigos verdadeiros, praticamente sozinhos, aí como diz um antigo provérbio: "Inês é morta", pagaram um preço elevadíssimo por algo que não lhes trouxe qualquer prazer, na verdade tais coisas, roubaram-lhe a felicidade. 

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