Comer é uma das boas coisas da vida. Sim, apreciar boa alimentação, degustando com prazer, pratos bem temperados, azeitados e regados com uma boa taça de vinho, nos dá um enorme prazer. O Criador nos brindou com uma variedade de alimentos e sabores, que nunca ficaremos entediados com esta faceta que é comer e ficar satisfeito com o que nos mantém vivos. Poder comer fora de casa num bom restaurante é um prazer a mais. Sempre que as condições o permitem, gosto de me dar ao luxo a esta regalia. Mas nem sempre foi assim. Muitas vezes o comer tinha como objetivo único matar a fome, o que de certa forma é o que nós basicamente precisamos para vivermos. Me lembro de certos fatos que aconteceram neste período, ou seja, comer qualquer coisa para matar a fome. Quando trabalhava num banco, ia almoçar numa lanchonete na Avenida Treze de Maio, perto do Teatro Municipal no Rio, era uma lanchonete simples, mais para "pé sujo". Uma vez fui com um colega de banco, o Orlando, até tal lanchonete. Ao olhar o "menu" vi que o melhor prato era um rosbife, (roast beefe) com fritas e arroz e pedi um para mim. O Orlando me acompanhou no pedido. Quando chegaram os nossos pratos, o Orlando ao ver aquela carne só tostada por fora e apenas rosada por dentro, disse: - A carne está crua, eu não sou cachorro para comer carne crua. Então lhe disse que rosbife era assim mesmo, carne assada, queimada apenas por fora. Ele me respondeu enfaticamente: - Não, rosbife que eu conheço é arroz com bife. Não deu para dialogar e ele mandou devolver o prato comendo outra coisa. Numa outra ocasião, trabalhava num cartório com uma escrevente de nome Iara. Um dia ela jogou no bicho e acertou os números de uma centena. Disse então para nós seus colegas: - Hoje o lanche no Bob`s é por minha conta. Partimos assim para um Bob`s e começamos fazer os nossos pedidos. Enquanto isto, Iara olhava para o cardápio colocado acima em uma tela de acrílico. De repente, grita bem alto para o atendente: - Eu quero um SANDAUDEMARSHIMALOVE. Foi um silêncio geral, com todos os olhares voltados para Iara, que achava a sua pronúncia de inglês perfeita. Após isto, nenhum de nós queríamos ficar perto da Iara, mesmo com ela pagando a conta, fingíamos até que não a conhecíamos de tanta vergonha. Numa outra ocasião, fomos até uma pensão que ficava num sobrado na Rua do Rosário. As mesas eram cobertas de pano xadrez vermelho e branco e a maioria estavam com algumas sujeiras de pingo de feijão, deixado pelos clientes anteriores. O prato do dia era uma feijoada. Todos pedimos a tal feijoada, por mais preguiça que tal comida daria na parte da tarde. Quando chegaram as nossas feijoadas, começamos a almoçar, como se viéssemos da Etiópia. Éramos uns cinco e entre estes estava o Celso, que falou após ver os ingredientes: - Opa, fui premiado com um pedaço de uma orelha de porco, item que ele gostava muito. Ficamos com uma baita inveja do Celso. Aí, ele passou a tentar cortar a aludida orelha para comer e nada. Primeiro pensou que sua faca estava cega e pediu uma melhor ao garçom. Mesmo com uma faca nova, Celso não conseguia cortar a "orelha". Falou então que achava que o porco de quem procedia tal "orelha" era velho, talvez um "cachaço" razão da dificuldade em corta-la, que dita orelha esticava como borracha. Desanimado, Celso, resolveu limpar tal "orelha" do caldo de feijão que a envolvia, para ver o porque da impossibilidade de corta-la, só então descobriu, que dita "orelha" era na verdade um band-aid, deixado por algum cozinheiro, descuidado. Foi uma debandada geral, perda total da fome e com alguns até passando mal. É tal feijoada estava completa até demais. Época de vacas magras e até feridas!!! .
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
O QUE DEUS PENSA DA NOVA MORALIDADE?
Vivemos num período de grande conhecimento humano em todos os campos. Por conta disto, os homens tem feito várias tentativas de estabelecer um conceito diferente para uma nova moralidade calcada em valores atuais e não nos antigos que segundo estes não correspondem mais a realidade. Assim aquilo que causava aversão ou era repudiado, hoje é aceito plenamente como normal e até elogiado, como uma nova forma de vida ou uma forma alternativa. Gerações nascidas assim, tendem a achar normal o que antes nem se comentava a mesa do jantar. Por não terem um guia correto para se orientarem no que é aceitável ou não as pessoas andam se tateando, ouvindo hoje a opinião de um filósofo, amanhã de um pensador, depois de amanhã de um psicólogo, mais a frente de guru e a cada vez baixando mais o nível da moral, tornando-se uma sociedade totalmente permissiva, em que praticamente não há qualquer freio, tendo as pessoas que ainda resta um pouco de decência e se chocam com o que aí está, medo de expressar as suas idéias, para não serem taxadas de ultrapassadas ou obsoletas e aí é uma corrida ladeira a baixo na direção do fundo do poço e salve-se quem puder. As pessoas hoje abandonaram um guia que antigamente servia como modelo para se orientarem na maneira de se comportarem, a Bíblia, que é considerada como a palavra de Deus. Hoje ela é considerada, mesmo por aquelas pessoas que se dizem líderes religiosos, como não tendo valor prático, ante a nova sociedade humana. Mas pense, o Criador da raça humana, sabe muito mais do que qualquer filósofo ou pensador sobre o que é melhor para as criaturas, assim como um fabricante por exemplo de um veículo, sabe mais do que o mecânico da esquina, que coloca como anuncio de sua capacidade ser uma "mecanica specializada". Se não é nem de português muito menos o será do próprio carro. A Bíblia diferente de outros livros, tem as idéias e pensamentos de Deus para instruir os humanos, a como viverem de maneira correta. É como uma bússola ou um manual de instruções que nos informa como podemos evitar as bombas de um campo minado que é o mundo que vivemos. Só o período em que levou a sua escrita do primeiro ao último livro, que foi de 1.600 anos, demonstra que não é obra de homens, embora eles a escreveram mas agiram como meros secretários, escrevendo coisas e pensamentos de um mesmo Autor, no caso Deus. Há uma completa harmonia entre o primeiro livro e o último, o que descarta ser obra humana. Mas será que a Bíblia é como os livros de pensadores e filósofos que rapidamente ficam ultrapassados. Podemos dizer com toda certeza que não. Aquilo que foi expresso ha milhares de anos atrás, está atualíssimo e serve para os nossos dias. Isto porque Deus não muda..Ele não sofre a influência do tempo e dos modismos. Aquilo que Ele achava errado lá no passado, continua sendo considerado errado por Ele, hoje. Por exemplo, cidades como Sodoma e Gomorra, foram destruídas por causa da sua crassa imoralidade, envolvendo relações entre pessoas do mesmo sexo. Em Romanos capitulo 1, versículo 26, o apóstolo Paulo fala do julgamento adverso, que terão aqueles que trocam o uso natural de fêmeas e machos, por outro contrário a natureza. Também era condenada as relações sexuais de pessoas, sem estarem casadas. Numa ocasião, Deus num só dia, executou 24 mil israelitas, prestes a entrarem na Terra da Promessa, pelo fato de que haviam tido relações com mulheres moabitas. Deus mudou a sua forma de pensar com relação a isto? Com toda certeza, NÃO. Ele mesmo afirma em sua palavra no livro de Malaquias capitulo 3, versículo 6 que; "NÃO MUDEI" . Por que se ele tivesse mudado a sua opinião para se adequar aos novos tempos teria de pedir desculpa aos habitantes de Sodoma e Gomorra, bem como a aqueles 24 mil israelitas mortos por conta de terem relações sexuais, sem estarem casados. O apostolo Paulo em sua primeira carta aos Coríntios no Capitulo 6, versículo 18, aconselha aos cristãos a fugirem da FORNICAÇÃO, que é terem relações sexuais sem estarem casados, Tanto que no mesmo livro, de 1 Corintios, agora no capítulo 7, versículo 9, ele aconselha que se você não conseguir se manter casto sem sexo, que então case-se. Muitas pessoas acham que este pensamento de Deus era no passado e que ele hoje não é tão rigoroso neste assunto, permitindo que se tenha sexo entre pessoas livres e que os envolvidos teriam de evitar as doenças e gravidez, com o uso de preservativos. Numa outra passagem bíblica que está no livro de Tiago capitulo 1, versículo 17, falando sobre a atuação de Deus, lá diz que com ele não há variação da virada da sombra, ou seja a sombra muda de acordo com a posição do sol mas Deus não. Sendo assim, estão redondamente equivocados os que acham que Deus mudou os seus pensamentos para se adequar a nova moralidade prevalecente.Os humanos é que tem se adequar as normas de Deus e não ao contrário. No último livro da Bíblia, Apocalipse, ou Revelação,capítulo 22, versículo 15, ele é enfático ao dizer que no final dos tempos, ou seja agora, serão julgados adversamente os que praticam, entre outros pecados a '"FORNICAÇÃO", que é o sexo sem casamento, perdendo estes o direito a vida por isto. Portanto não se deixe enganar, pensando que Deus agora irá passar por alto, aquilo que ele sempre foi contra e condenou os seus praticantes com a pena de morte, para permitir agora uma nova moralidade permissiva."DE DEUS NÃO SE MOFA, O QUE O HOMEM SEMEAR ISTO É O QUE COLHERÁ".
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
VELOZES E FURIOSOS
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sábado, 12 de fevereiro de 2011
É SÁBIO FICAR EM CIMA DO MURO?
Muitos acham que, por não terem certeza de nada, a melhor coisa que podem fazer em suas vidas é ficar em cima do muro, esperando alguma coisa que o ajude a definir de que lado deve ficar. É sensato tal proceder? É sábio? Podemos dizer sinceramente, que não. Isto porque alguém assim dúbio não pode esperar nada de bom ou alguma recompensa. Ele é uma pessoa que não possui opinião própria e vive jogado para lá e para cá, levado por opiniões ou filosofias, como uma onda ao sabor do vento. Em assuntos triviais do dia a dia em que não estão envolvidas grandes questões, mas apenas decidir sobre coisas corriqueiras ou opiniões é admitido se ter dúvidas no que fazer, aliás todos têm. Mas em assuntos importantíssimos que envolvem a própria vida, não se pode brincar adiando indefinidamente a sua decisão. Ser assim, uma pessoa indecisa, não lhe acrescenta nada. Ter dúvidas reais, tudo bem mas não fazer qualquer esforço para dissipar tais dúvidas, aí significa que para ele, estas devem continuar a fim de não ter de tomar qualquer posição. Me lembro de um primo que era assim, o Gilson. Ele sabia o que era certo e o que fazer a respeito, mas me dizia, que como sabia que faltava algumas coisas para acontecerem ele iria curtir e aproveitar a vida e que quando estivesse perto dos fatos derradeiros, do qual tinha plena ciência, ele voltaria rapidamente a fim de ter a aprovação de Deus. O que aconteceu? Tentando aproveitar o máximo a vida, Gilson morreu. Não deu tempo para ele voltar e se portar como um verdadeiro cristão. O instituto da dúvida serve para aqueles que não estão dispostos a fazer quaisquer mudanças, justificando-a sob a pálida alegação da dúvida, que no fundo nem mesmo tem, senão procurariam meios para sana-las. A maioria destes conhecem qual é o lado certo mas ficam esperando um momento oportuno para se decidirem, pensando que o melhor seria mais tarde, quando já estiverem mais velho, um bagaço de laranja chupada. Se esquecem que a morte não atinge só pessoas idosas mas todos. Se alguém for a alguma capela mortuária no Rio, São Paulo ou mesmo no interior, verá que lá, terá sempre algumas pessoas jovens que ontem, sonhavam em casar-se, entrarem para uma faculdade, começar um novo emprego e muitos outros projetos de vida e hoje estão sendo veladas para amanhã serem enterradas. Não tenham dúvidas a morte atinge a todos. Desta forma não adie a sua decisão, pois ninguém sabe quanto ao dia de amanhã. No aspecto de decidirmos em relação a vida que levamos não pode haver dúvidas, já que temos de tomar uma posição em face ao assunto mais fundamental que é, se estamos do lado do Criador ou de seu Opositor, não há como ficar neutro ou em cima do muro. Só em ficarmos no meio e não do lado de Deus, significa que apoiamos o Opositor, que questionou a de que as pessoas teriam dúvidas quanto a maneira de Deus governar se seria a melhor para a raça humana. Portanto, se você está no meio, está contra Deus é como Jesus falou: - Quem comigo não ajunta, espalha, conforme transcrito em Mateus 12:30, ou seja se você não estiver ajuntando está espalhando. O discípulo e meio irmão de Jesus, Tiago diz o seguinte, no livro que leva seu nome no capítulo 1 versículos 6, 7 e 8 :- "POIS QUEM DUVIDA É SEMELHANTE A UMA ONDA DO MAR, IMPELIDA PELO VENTO E AGITADA. DE FATO NÃO SUPONHA TAL HOMEM QUE HÁ DE RECEBER ALGO DE DEUS, ELE É HOMEM INDECISO, INSTÁVEL EM TODOS OS SEUS CAMINHOS. Vemos assim que não há como se ficar em dúvidas e não procurar dissipa-las, ficar neste estado resulta em desaprovação de Deus. Ficar em cima do muro, pra Deus é pior do que alguém que fica do lado do Opositor Dele. Veja como isto é uma verdade, no conselho que Jesus deu a Congregação de Laodiceia, conforme se vê em Apocalipse ou Revelação Capítulo 3, versículos 15 e 16 onde lemos" Conheço as tuas ações, que não és nem frio nem quente. Quisera eu que fosses frio ou quente. Assim, porque és morno, e não és nem quente, nem frio, vou vomitar-te da minha boca". Em linguagem figurada alguém que fica no meio entre uma coisa e outra é como se fosse morno. Jesus falou que tal pessoa era pior, pois preferia que ela fosse uma coisa ou outra. O resultado desta postura, chegava a causar nojo a Jesus, pois ele diz que "iria vomitar da sua boca". Assim, se você acha que ficando neutro, em cima do muro e não procurando dissipar as dúvidas para poder justificar um comportamento de indecisão. A sua relação com Deus está bem pior do que, os que a ele se opõe. Finalizando não demore a tomar uma decisão em sua vida, pensando que com isto você não tem muita responsabilidade, já que acha que não apóia o outro lado. Pra Deus não há meio termo ou estamos do seu lado e iremos receber a recompensa da vida ou se ficarmos em cima do muro, vamos receber a sentença de morte eterna, tal como os que estão do lado contrário. Hoje é o dia para decidirmos, sanar as dúvidas reais que possam existir, pular para um lado do muro, amanhã...amanhã.... talvez seja bem tarde. Portanto, pare de criar desculpas esfarrapadas e pule, não vai doer nada!!!
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
A FUGA EM ZIG ZAG
A FALHA DE CARÁTER
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
A "FURIOSA" ATACA PELA MANHÃ
Morei por conta de estudar, um certo tempo numa cidade bem pequena em Carmo-RJ. A vida no interior era limitada e eu acho que ainda é, com poucas opções de diversão, por conta disto, você tinha e tem de arranjar algo para fazer, para preencher o tempo que não andava e não anda, ainda mais quando se é jovem, ai é que ele se arrasta. Por isto eu e mais uns amigos, fomos até a sociedade musical local, para apreendermos a tocar algum instrumento, que no meu caso o maestro optou por um clarinete de treze chaves. Depois das aulas teóricas de conhecimento e solfejo musical, passei para a aula prática. O instrumento que me foi cedido era novo e por conseguinte bem seco, não possuindo a sonoridade encontrada em outros instrumentos já amaciados. Aconselhado, muitas vezes, coloquei cachaça no clarinete para ele ficar mais macio, não sei se esta dica possuía algum valor real ou era simples boato de algum músico que gostava de beber. Depois de algum tempo de aprendizado, quando consegui ter uma razoável embocadura, recebi a incumbência de ser o quinto clarinetista da banda e passei a tocar não só na localidade, como em várias cidades fluminenses e da zona da mata mineira. Viajávamos de madrugada para as cidades e antes das 6:00 horas, lá estávamos perfilados, marchando de baixo de um foguetório danado, atacando num dobrado decorado, acordando todas pessoas pelas ruas onde passávamos, assim como acontece com todas as bandas que fazem alvorada. Em muitas cidades tocávamos na praça principal,onde havia um coreto. Só que em algumas tal coreto não possuía cobertura e ficávamos tocando debaixo de um sol causticante, que aumentava ainda mais o calor dentro daquela farda cinza chumbo, com um quepe do mesmo tecido, tipo comandante. Era o inferno de Dantes. Alegria mesmo era quando o maestro anunciava a pausa para almoçarmos. O almoço era sempre muito bom, numa mesa farta, normalmente num clube ou ginásio, com um período de folga depois, porque ninguém é de ferro. Quando na cidade havia um rio próximo, quase todos nós íamos para lá para se refrescar, deixando as nossas fardas penduradas nas árvores a beira do rio. O difícil nesses dias quentes era reagrupar o pessoal para enfrentarmos o sol da tarde. Era um tal de se esconder debaixo dos bambuzais, porque ninguém queria sair da água. Muitas das vezes a banda começava o programa da tarde faltando vários membros. A noite de cima do coreto começávamos a paquerar as garotas que estavam próximas, fazendo muitas vezes alguns destonar, sob o olhar e ouvido atento do maestro, que tudo percebia. O bom de tudo isto era que ao final, além do passeio, sobrava algum trocado, mesmo que fosse pouca coisa para mim o quinto clarinetista da sociedade musical. Um fato curioso aconteceu numa localidade me parece que Volta Grande em Minas Gerais. Debaixo de muitos foguetes, começamos a desfilar em passos rápidos pelo centro da cidade, fazendo a alvorada, acordando a todos, tocando um dobrado bem decorado. Nele havia uma parte em que o primeiro clarinetista fazia um solo em alguns pedaços. Me lembro então, que num determinado momento o maestro olhou para o primeiro clarinetista como a dizer, a banda toda está em suas mãos nesta hora. Ele então ao invés de tocar, gritou para o maestro, com aquela voz gozada, como se tivesse um ovo na boca, própria de alguém sem dentes: - Agora não posso..., minha dentadura caiu lá atrás... e alguém a chutou. Foi uma debandada e riso geral, com todos depois procurando a dentadura do primeiro clarinetista, que foi encontrada no meio de uma moita de capim. Ele apenas soprou os matos que estavam grudados nela e em seguida a colocou na boca. Depois de re-alinhar o grupo, o maestro levantou a sua vareta: - E É UM,... E É DOIS....E É JÁ, dá-lhe "furiosa" - pamparaam...paraampampampam, parampampam...pam...pam..pam...pam..pam...pam...pam!!!
O CASAMENTO IMPOSSÍVEL E A PROTEÇÃO DIVINA
Algumas vezes na minha profissão, fui procurado para resolver casos inusitados que eu nem sei se tem algum similar. Um desses foi quando uma senhora me procurou para resolver o problema de pensão do antigo INPS deixada por seu filho, que falecera alguns meses antes. Ele possuía três filhas da sua primeira união, só que se separou e passou a conviver com uma outra mulher perto da data de seu falecimento. A mulher com quem ele fora morar no final de sua vida, conseguira casar-se com ele. É conhecida a possibilidade jurídica de que alguém no seu leito de morte, não querendo que sua companheira fique desamparada, demonstre a sua vontade de casar-se com ela, porém o fazendo na presença de testemunhas, que irão depois, em um processo, dar validade ao aludido casamento chamado de "in extremis". Só que o casamento feito não obedecera as exigências legais e, por incrível que pareça, o filho de minha cliente falecera em fevereiro e a esperta casou-se com ele em julho do mesmo ano. Ou seja, o indigitado casou-se, ou mais precisamente foi levado ao casamento, cinco meses depois de sua morte. Não sei se por conta disto houve a famosa "lua de mel". Tal fato ou aberração jurídica se deu no Município de Caxias/RJ, onde muitas pessoas diziam naquela ocasião que "em Caxias tudo pode". Hoje eu sei que tal Município, um dos maiores e mais progressistas da baixada fluminense é governado por leis de um Judiciário atento, que jamais permitiria tal proceder de alguém assim em sua Comarca. Só sei que tal casamento foi anulado e a pensão foi revertida para as suas filhas, até que elas completassem a maioridade. Já havia passado algum tempo desde que solucionara o caso para minha cliente, quando antes das sete horas da manhã, ouço palmas em meu portão, numa casa no subúrbio do Rio. Minha ex-esposa, que estava grávida da minha segunda filha, fala aborrecida: - Quem será que vem tão cedo perturbar a gente? Será que não tem simancol? Vou até a porta da frente e abro uma janelinha no meio desta para ver quem está batendo palmas no portão. Depois de ver, digo para minha ex-mulher: - É a dona Josina, aquela que eu resolvi o caso de pensão para as netas dela. A minha ex fala: - Mas dona Josina tinha de vir tão cedo? Não dei muita atenção a isto. Me vesti e fui até o portão para abri-lo e atender a dona Josina Alexandre. Ela se desculpou por ter vindo a minha casa tão cedo, dizendo: - Dr. Paulo, fiquei preocupada que o senhor saísse, por isto vim neste horário, me desculpe. Eu lhe disse em resposta: - Não tem nada não, dona Josina, o dia está tão quente e não dá para ficar na cama muito tempo. Mas o que a senhora manda? Ela me disse: - Sabe aquele caso de pensão deixada por meu filho para as minhas netas? Os atrasados saíram agora. Eu lhe disse em resposta: - Fico contente com isto. Aí ela acrescentou: - Eu vim aqui para lhe pagar os seus honorários. Em adição eu disse que ela não estava me devendo nada, já que no início do processo ela havia me dado um dinheiro para as custas e sobrara o suficiente, que eu entendia ser o valor dos meus honorários. Ela disse: - Não, aquilo foi só para as suas despesas de ida a Caxias e custas, os honorários são outra coisa. Eu não sabia o que cobrar a dona Josina, porque do meu ponto de vista ela não me devia nada. Mas ela insistia: - Quanto? Me diz quanto é os seus honorários, Dr. Paulo? Naquela manhã eu estava praticamente duro, só com o dinheiro para comprar as coisas do café. Teria também de pagar naquele dia o aluguel da casa, senão me sujeitaria ao acréscimo da multa, o que seria bem difícil para mim, já que a casa fora alugada na época de vacas gordas, quando ainda trabalhava no cartório e era um aluguel bem alto. Mas nada disto justificava eu cobrar algo se, do meu ponto de vista, ela nada me devia. Quando minha ex-esposa me viu relutando em receber os honorários e sabendo que eu estava duro e nenhuma perspectiva de alguma importância para pagar o aluguel, se esqueceu do mau humor de acordar cedo, levantou rapidamente e foi falar com dona Josina, que ela já conhecia: - Oi dona Josina, tudo bem? Ela lhe disse: - Tudo bem e o neném para quando é? Em resposta minha ex disse: - Para o mês que vem, é uma menina. Eu vou fazer um café para a senhora. E saiu para a cozinha. Eu não sabia mais como explicar para dona Josina que ela não me devia nada e ela insistindo: - Quanto é seus honorários? Devido a sua insistência, falei um valor aleatório, só para acabar com aquele impasse. Quando eu disse o valor, dona Josina me disse de pronto: - O quê? Isto é muito pouco. Em ato contínuo, puxou de sua bolsa um bom dinheiro e me deu o dobro do valor que eu havia falado e chamou minha ex-esposa, que estava na cozinha preparando um cafezinho. Quando ela chegou com uma xícara, dona Josina lhe disse com um dinheiro na mão: - Isto é para a menina que vai nascer. O total dado por dona Josina Alexandre foi a quantia exata para eu pagar o aluguel da casa. Só posso atribuir isto a uma proteção divina, o fato de alguém vir a minha casa tão cedo pagar algo que eu não esperava e nem me devia e no valor exato que eu precisava. Sou muito grato ao meu Deus Jeová, por ter sempre cuidado de mim nas minhas tribulações, muito mais do que mereço.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
HISTÓRIAS DO MG E EU
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
FESTA NO INTERIOR E AS ARTIMANHAS DE UM GAROTO ESPERTO
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
AS CURIOSAS E O SAPATO FURADO
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