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domingo, 22 de maio de 2011

A GRANDE MENTIRA

De vez em quando, descobrimos que algo que alguém nos falou não passa de uma mentira. Sim, nós mesmos, às vezes, para sair de uma situação embaraçosa, falamos alguma  mentira ou dizemos meias-verdades. Outros são mentirosos contumazes. Não existe nenhuma situação desesperadora, mas ainda assim lançam mão de uma mentira. Na verdade a mentira faz parte de sua existência e às vezes fica difícil saber distinguir no que tal pessoa diz, o que é verdade e o que é mentira. Sim, a mentira está como que impregnada na maioria das pessoas, como se fizesse parte de sua personalidade. Mas como tudo começou? E quais são as consequências que geraram a primeira mentira? Quando alguém cria ou diz alguma coisa pela primeira vez, passa a ser o criador ou o autor da coisa. Por exemplo, nós brasileiros dizemos que Santos Dumont é o Pai da viação, porque ele foi o primeiro a voar num objeto mais pesado que o ar. Assim, quando alguém fala alguma coisa pela primeira vez é o pai de tal assertiva. No evangelho de João, no capítulo 8, no versículo 44, Jesus chama Satanás, o Diabo, de "o pai da mentira", quer dizer que ele foi o primeiro ser a proferir uma mentira. Quando foi isto e que mentira foi esta ? Lá no Jardim do Éden, Deus havia dado uma ordem ao primeiro homem, Adão, de que não deveria comer do "fruto da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau" pois se assim o fizesse morreria. Algum tempo depois, um ser espiritual que se tornou Satanás, o Diabo, disse a mulher, Eva, que poderia comer e que ela "positivamente não morreria". Disse ainda mais, que ela se tornaria igual a Deus, ou seja, seria uma criatura espiritual. Ora, quem disse a verdade e quem disse a mentira? Bom, se nós aceitarmos o que Deus disse, primeiro como aviso e depois no julgamento dito a Adão de que  "tu és pó e ao pó  retornarás", ambos morreriam e nada deles poderia existir em qualquer outro lugar. Foram feitos do pó da terra e voltariam ao pó da terra. Agora, se aceitarmos como verdade que após as mortes, tanto de Adão como de Eva, algo neles, tais como sua alma ou seu espírito, passaram a existir, tornando-os um ser espiritual, quem falou a verdade foi Satanás, o Diabo. Deus, neste caso, seria o mentiroso, pois disse que eles morreriam e eles continuavam vivos, agora melhor ainda, como criaturas espirituais, iguais a Ele, Deus. Temos de dar bastante atenção nesta questão porque é séria demais: Se admitirmos que algo em nós, assim como em Adão, permanece vivo após a morte, algo imortal, estamos chamando Deus de mentiroso. Deus asseverou que nós morreríamos e que nós éramos do pó e ao pó voltaríamos na morte, já o Diabo disse que não, que temos dentro de nós algo que é imortal, que sobrevive após a morte. Baseado nesta declaração de Deus, feita lá no Jardim do Éden, o Apóstolo Paulo pôde asseverar, em Romanos 6: 23, que "o salário do pecado é a morte" e não a vida em qualquer outro lugar, mesmo que seja sofrendo. A existência em qualquer lugar, seja nos céus, como alguns imaginam ou num inferno como outros asseveram, não deixa de ser uma forma de vida, de existência. Como Deus não se contradiz, no livro de Eclesiastes, no capítulo 9, versículo 5, Ele assevera como está escrito em resumo: "os vivos tem consciência de que morrerão, mas os mortos não tem mais consciência de nada" . Ou seja, alguém que morreu não tem mais consciência de nada, nem existe em parte alguma do universo, aí sim nós temos a morte no sentido pleno como a não existência e foi o que prometeu  Deus, como castigo a  Adão e não a existência em sofrimento. Logicamente há exceção: Jesus, que já existia antes de vir a Terra como ser espiritual, ao ser ressuscitado por Deus no terceiro dia após sua morte, passou a ter consciência, pois voltou a sua condição de ser espiritual. Depois dele, só os pouquíssimos membros ou o pequeno rebanho, que foram comprados da Terra para reinarem com Ele nos céus, terão corpos espirituais. Todos os demais estão como que dormindo no sono da morte, não têm mais nada a ver com o que acontece com os que estão vivos. Só voltarão a existir quando forem ressuscitados por Jesus, conforme sua promessa expressa no evangelho de João, no capitulo 5, versículos 28 e 29. Portanto, a grande mentira e embuste que tem enganado e cegado milhões de pessoas é crerem nas palavras de Satanás, o Diabo, de que na morte algo dentro de nós não morre e passamos a ser uma criatura imortal, vivendo nos céus, tais como os anjos ou em algum outro lugar, tal como o inferno, para pagarmos pelos nossos pecados. Nós cremos naquilo que Deus disse: que morreríamos e que na morte retornamos ao pó, não vamos para lugar algum. A nossa esperança para os que estão dormindo na morte é a ressurreição, ou seja, levantarem-se ou ressurgirem do pó, voltarem a viver de novo aqui na Terra, mas agora em condições justas, debaixo do Reino de Deus. A vinda de Jesus à Terra foi com esta finalidade, pagar com sua vida perfeita o preço correto pelo que Adão perdeu, que foi não só a sua vida, mas as dos descendentes por nascer. Com o pagamento do resgate poderemos então viver o que Adão e Eva  perderam, que é viver em abundância ou eternamente, não nos céus, mas aqui mesmo nesta Terra, que voltará a ser como era lá no Jardim do Éden, sem ninguém mais para lançar mentiras, para enganar, como tem conseguido Satanás até os dias de hoje, por fazer crerem muitas pessoas na imortalidade de algo em nós, tal como alma, espírito ou qualquer outro espectro, que sobrevive após a  nossa morte. Sim, este tipo de vida é uma mentira e por causa dela criou-se um emaranhado de religiões, desde as praticadas no oriente, no ocidente, nas várias tribos da África, nos aborígenes esquimós, até os povos indígenas de todo o continente americano, todas tendo a mesma base e crença comum, que é a existência de vida após a morte. O seu alcance é tão grande que inspirou livros, novelas, filmes, músicas, peças de teatro, documentários, debates, conferências e toda a sorte de propaganda. Pessoas influentes, formadores de opiniões, escritores famosos, artistas consagrados, teólogos, intelectuais, gurus e outros tidos como sábios, compartilham a mesma ideia, razão porque muitos nem questionam isto, por acharem um fato consumado, quando na verdade, é apenas uma grande e terrível mentira.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

AMOR OU AMIZADE, QUAL O SENTIMENTO MAIS NOBRE?

Ao ouvir esta pergunta a maioria responderia de pronto: - É claro que é o amor! Ele é o sentimento mais puro, elevado, sublime e superior. A própria Bíblia fala que o amor é o fruto superior, então não há nem o que discutir. Mas a pergunta que foi feita não foi qual o sentimento superior, elevado ou sublime, mas o mais nobre. Aí nós temos que parar para refletir as várias formas de amor que existem e como a amizade poderia ser mais nobre que alguma destas formas. Iniciando, existe o "amor ágape", a forma mais elevada de amor, que é o amor com princípios em que se ama alguém porque ele ama as mesmas coisas que eu amo, detesta as mesmas coisas que detesto, sofre pelas mesmas coisas que eu sofro e fica contente com as mesmas coisas que me dão contentamento. É um amor que não tem fronteiras ou barreiras, pois amamos, às vezes, pessoas que nem conhecemos, mas que compartilham os mesmos sentimentos que os nossos, que tem a ver com a fraternidade mundial de pessoas, que têm os mesmos objetivos.  Este é o amor que Deus tem para com a humanidade, é o amor em grau superlativo. Existe o "amor filia", que é o amor de pais para com seus filhos e vice-versa. Neste tipo de amor amamos independente do que nos façam os nossos filhos, é um amor sem restrições. E por último existe o "amor eros ou romântico", que é a forma mais conhecida de amor em que duas pessoas de sexo diferentes se amam, hoje nem precisa ser de sexo diferente para se ter este tipo de amor. A maioria das pessoas quando falam de amor, estão pensando nesta forma de amor, que é misturada ou que tem a ver com sexo.  É neste tipo de amor que abrimos ao debate para saber: qual o sentimento mais nobre, se o amor ou a amizade? No amor eros há uma variação de grau ou intensidade. Quanto mais se ama, mais se exige da pessoa amada. Há uma cobrança de sentimentos, de reciprocidade de amor, até se chegar ao ponto da paixão, que é uma forma descontrolada do amor eros. Estar apaixonado por alguém é estar preso a este como que numa gaiola de ouro com tudo de bom, mas com uma condição: não sair ou impedir o ser amado de alçar voo e por isto, não deixa de ser uma prisão, pois não há a sonhada e desejada liberdade. Muitas vezes alguém se prende por amor, de forma livre e espontânea, mesmo com as portas da prisão aberta, mas a maioria das vezes esta prisão é imposta e vigiada  pelo amor eros. Aí é que entra o sentimento de um valor mais nobre, que é o da amizade. Na amizade não se prende, nem se escraviza alguém. Ambos entram nesta relação ou saem dela a hora que quiserem. Mas, uma vez estabelecida e não havendo, como não há imposição, ela tende a durar pro resto da vida e só traz benefícios.  Na amizade não existe a variação ou a intensidade exigida no amor eros, que é como um fogo que precisa se consumir.  A amizade é um sentimento tranquilo, calmo, que se basta. O amor eros, depois de se consumir numa paixão avassaladora, se extingue e, algumas vezes, acaba produzindo ódio pelo ser anteriormente amado. Já a amizade, por não ter esta intensidade, jamais irá se extinguir. Muitas vezes, o amor por não ser um sentimento nobre, mais exigente e exclusivista, atrapalha e termina uma amizade mesmo antiga, porque quando este entra em cena, pode acabar com uma amizade que parecia eterna. Dizem que uma vez o amor perguntou a amizade para que esta servia e esta  lhe respondeu: -Para enxugar as lágrimas deixadas por ti. Sim, este tipo de amor, o eros, pode nos causar muita dor e lágrimas e quem irá nos confortar, aquele por quem temos uma grande amizade, um ombro amigo. Vemos, assim, que a verdadeira amizade é um sentimento mais nobre do que o amor eros, pois não prende, não escraviza, não é exigente ou ciumenta, dando total liberdade a pessoa amiga, aceitando a pessoa como ela é, independente de seus defeitos, ajudando-nos a curar os nossos sofrimentos. Se uma amizade acaba por qualquer motivo, é porque nunca foi uma amizade verdadeira, sincera, era interesseira, tinha outros objetivos além da amizade em si, que é uma coisa que se basta. Por isto, podemos dizer com toda certeza que a amizade é um sentimento mais nobre que o amor romântico, pois não exige nada, não pede nada, não quer nada em troca, apenas e tão somente que permaneça a verdadeira amizade, que torna a nossa vida mais bela, mais suportável e especial. Assim, você minha querida amiga e você meu amado amigo, que nada nem ninguém intervenha em nossa amizade que espero seja eterna.

sábado, 14 de maio de 2011

O PERSONAGEM

No mundo literário, musical ou qualquer outra forma de expressão artística, muitas vezes se cria um personagem em torno do autor ou ator que nem sempre corresponde a sua verdadeira personalidade. Às vezes, o próprio não faz muita coisa para dissociar aquela imagem que ele vende da que é na vida real. Enquanto outros procuram desmitificar o personagem para mostrar que é algo irreal, que não deve ser confundido com sua pessoa. O problema é: como as pessoas que não convivem com seu ídolo, seu guru, seu guia, podem conhecer a verdadeira índole de alguém através de um personagem ou da imagem criada por meio de seus trabalhos como ator, cantor ou escritor, onde as mazelas, os erros e as imperfeições próprias do ser humano, normalmente são escondidas como que debaixo do tapete e o que aparece é só a parte boa, bonita e o que é alvo de elogios, imitação ou cópia. Muitas fãs chegam ao ponto de se casarem com seu ídolo, de quem imaginava uma coisa e só depois descobrem que levou pra cama um ser totalmente diferente do personagem. Sim, nós que procuramos compor um personagem em nossos trabalhos, no meu caso escritos, temos de ter muito cuidado em não vender uma imagem dissociada de quem realmente nós somos, para não ser uma verdadeira propaganda enganosa ou ilusória. Por mais que nos esforcemos em pautar a vida de uma maneira correta, digna, adequada e escorreita,  às vezes falhamos lamentavelmente e decepcionamos a muitos, seja pela nossa personalidade imperfeita ou pela falsa ideia que dá a nossa aparência nos escritos. O apóstolo Paulo foi criticado por alguns discípulos em Coríntios, que alegavam que as suas cartas eram vigorosas, fortes, enquanto que a sua presença física era fraca e até desprezível (2 Coríntios 10:10). Sim, muitos do que liam as cartas do apóstolo Paulo imaginavam um tipo de pessoa, mas quando o viram pessoalmente, a sua imagem pra muitos foi decepcionante. Da mesma forma, não queremos causar uma impressão irreal a nosso respeito. Ao contrário, desejamos que sempre pensem o pior de nós, porque é bem melhor causarmos uma surpresa agradável, inesperada, do que uma decepção. Me imagino estando de frente com alguém que me tem em alta estima pela leitura do que escrevo e ela pensando: Esse é o cara que escreve aquelas coisas? Puxa...esperava alguém melhor, mais alto, refinado, elegante e não essa coisa tão insignificante. É muito ruim quando alguém cria uma expectativa baseada em suposições com premissas falsas. O bom é surpreender-nos com coisas não esperadas, porque as esperadas demais nos decepcionam. Isto acontece com algum livro ou filme que vamos ler ou ver. Quando não há nenhum comentário, às vezes nos surpreendemos com o texto ou o filme. Mas quando há muitos elogios favoráveis, normalmente nos decepcionamos porque já vamos com a ideia pré-estabelecida de que é bom e na verdade não chega a corresponder as expectativas que tínhamos. Portanto o inesperado é sempre bem melhor. Que a nossa vida seja sempre a mais honesta possível, mostrando a diferença entre o real e o imaginário, que não tenhamos nada do que nos envergonhar e nem levar outros a imaginar um personagem que não existe, que é mero fruto de sua imaginação, totalmente distante da realidade do que somos na verdade. A propósito, o personagem usado como imagem neste link é Wolverine, da série de filmes X- Men, interpretado pelo ator australiano Hugh Jackman, a quem damos o crédito de imagem deste blogger.        

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A VÍTIMA

Todos nós conhecemos alguma pessoa que vive se lamentando de que é uma "vítima". Vítima de maus tratos ou de abandono de seus pais, de seus irmãos, de seus amigos, de seu namorado ou namorada, de seu marido ou de sua esposa, de seus colegas, enfim, ela é sempre vítima de alguém ou de algo. Desde criança, ela sempre se achou preterida ou passada para trás por seus pais que gostavam mais do outro irmão, dos professores que não lhe davam a devida atenção e chance, preferindo outra colega de classe para representar a turma. Sim, ela é uma vítima da sorte. Na adolescência, ela sempre foi vítima de suas amigas que lhe roubavam o seu namorado. De não possuir um rosto bonito como a sua melhor amiga. De não poder comprar aquele vestido que estava na moda. De não conseguir alguém para levá-la ao baile ou quando ia, de tomar chá de cadeira. Ao começar a trabalhar, passou a ser vítima do patrão e de seus colegas de trabalho que preferiam a outra colega que era mais alegre, extrovertida e comunicativa, enquanto ela ficava pelos cantos com aquele ar de sofredora, se fazendo de vítima na tentativa de que alguém se condoesse da sua dor e fosse até ela para consolá-la. Apesar de toda esta infelicidade, conseguiu casar-se com o melhor partido do local, sendo até motivo de inveja de algumas amigas. Mas, a nossa personagem não desistiu da sua vocação de vítima. Embora tivesse tudo do bom e do melhor, ainda se considerava uma vítima. A sua queixa agora era contra seu esposo que não lhe dava a devida atenção quando ela estava pra baixo, fato este que acontecia quase que diariamente, independente da TPM. Pra ela, todas as pessoas são vilãs e bandidos e ela a vítima e a mocinha da história. Ela, o nosso personagem, nunca se viu na posição de vilã, por ter feito algo ruim ou alguma pessoa sofrer pelo seu comportamento mau, porque vilão são os outros que sempre querem  lhe passar para trás, lhe fazer algum mau, lhe roubar algo, agir com deslealdade, ela não, sempre foi e sempre será a "VÍTIMA", uma sofredora, injustiçada e incompreendida, não importa o que ela faça ou tenha feito de errado ou de mau. O vilão ou o bandido da história são os outros. Na verdade, este tipo de pessoa é egocêntrica, achando que tudo e todos conspiram contra ela. Desconfia de todo mundo, achando que todos, algum dia irão traí-la. Ela é como aquele personagem de desenho em quadrinhos que está sempre se lamentando e dizendo: TUDO EU...TUDO EU! Nasceu pra ser infeliz e espalhar infelicidade aos que estão a sua volta. Só está feliz realmente quando as coisas estão ruins, para ela poder dizer: - Não disse? - Eu não falei? Apenas por algumas frações do dia,  talvez, ela se sinta bem e chegue a esboçar alguma alegria pelas coisas boas que tem, mas rapidamente ela procura voltar ao seu estado normal, de infelicidade. Ela não gosta que as pessoas tenham amor por ela e sim pena e dó. Falamos aqui na maioria das vezes de um personagem feminino mas isto serve também para personagens masculinos, pois tem muitos homens que tem esta mesma atitude de se acharem ou se fazerem de vítimas. Vai dormir sossegado com uma criatura assim, que nem é de fase ou de lua, mas puro baixo astral. A melhor coisa que se pode fazer quando encontrarmos um personagem assim é ficarmos a quilômetros de distância do mesmo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

SAINDO DA ESCURIDÃO

Às vezes ficamos tanto tempo num local escuro que os nossos olhos precisam de uma proteção para se acostumar e de novo encarar a luz de um dia claro. Foi assim com aqueles trinta e três mineiros que ficaram soterrados por bastante tempo numa mina no Deserto de Atacama, no Chile, eles tiveram de usar óculos bem escuro por um certo tempo. É, a luz forte depois de um período de ausência desta, pode causar a cegueira. Assim, também acontece com a cegueira mental, é preciso um período de adaptação para que não haja nenhum choque com o novo aprendizado e isto cause mais mal do que bem. O próprio Mestre dos mestres,  Jesus, reconheceu estes fatos quando disse para seus apóstolos que ainda tinha muitas coisas para lhes falar, mas eles não seriam capazes de suportarem. Embora, os apóstolos já estivessem com Jesus há bastante tempo, não possuíam a maturidade necessária para suportarem informações novas que talvez iriam de encontro aos seus pensamentos arcaicos, baseados em tradições. Hoje, também, ainda nos encontramos numa situação similar. Desde a nossa infância fomos instruídos de uma forma como certas coisas fossem verdades. Aí, de uma hora pra outra, somos instados para desaprender tudo aquilo que tínhamos como verdade, como fato mais que estabelecido, para uma nova ótica de pensar totalmente em oposição ao que nos falaram e que acreditávamos piamente. Se isto for feito de uma maneira intensa com uma super dosagem, será fatal. Tem de ser aos poucos, como que numa dosagem de remédios fortes em que vai sendo ministrado em conta-gotas ou por colheres pequenas até que o paciente possa ficar mais forte e aí, sim, se alimentar  de coisas sólidas. Muitos acham que a escuridão mental só existiu na Idade Média, um período bem sombrio da raça humana em que aqueles que discordassem da classe dominante eram queimados como bruxos ou tinham outro tipo de morte, como a decapitação. Acham que nesta era moderna e de grande avanço científico, não há escuridão. Mas a escuridão ainda persiste nos dias de hoje, trazendo as pessoas cativas, como que amarradas em correntes fortes de pensamentos obsoletos, baseados em crendices e tradições e não em coisas razoáveis e  verdadeiras.  Não devemos ser pessoas que têm medo de saírem da escuridão a que se acostumaram para enfrentarem os primeiros raios de um dia claro e iluminado. O novo sempre trouxe desconfianças e medos, pois exige mudanças às vezes radicais. Mas a luz e o conhecimento nunca fez mal a ninguém, muito pelo contrário, abriu portas, cortou correntes, ampliou horizontes, rompeu barreiras e preconceitos, trouxe novas descobertas  e é portanto benéfica, mostra as coisas de uma forma real, que na escuridão não se via de forma definida ou se tinha a imagem apenas de contornos, distorcida pela sombra, causando às vezes medos e receios. Como disse Albert Einstein, a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. Apenas uma palavra de cautela àqueles que estão dispostos a enfrentar o desafio de sair da escuridão espiritual que este mundo se encontra vindo para a luz esclarecedora da verdade, que o façam de maneira moderada, aos poucos, para que ela seja benéfica, salutar e possa no futuro ser de grande ajuda para  tirar outros que ainda permanecem na escuridão como se fosse a melhor forma de viver, estando na verdade, estes, como que num enorme buraco negro de enganos e ensinos falsos, com medo de virem a tona e terminarem seus medos ao ficarem expostos aos raios da libertadora  luz.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

NO MAR DAS NULIDADES



Vivemos cercados de pessoas vazias, frívolas, fúteis, medíocres,  inexpressivas, sem qualquer  orientação na vida, que não sabem distinguir o certo do errado nas coisas mais elementares. Apesar disto, se arvoram e se dizem espertas ao ponto de até darem conselhos ou expressarem pensamentos ou filosofias, normalmente alheias. Sim, estas pessoas que se arvoram em conselheiras ou orientadoras não passam de guias cegos, já que se utilizam de filosofias baratas, de ditados normalmente jocosos ou de duplo sentido, destes encontrados em bares ou em para-choques de caminhão. Algumas mais afoitas e informadas lançam seus anzóis para pescarem alguma coisa neste mar de nulidades, agora disponível nesta era digital, na internet.  Assim, muitos dos que alardeiam uma falsa sabedoria, na verdade, são meros copistas que, às vezes, até sem querer encontram nela alguma pérola do pensamento humano e passam a mencioná-la em todas as suas conversas, prosas ou escritos, como se fosse o autor dela. Mas quando são chamados para clarear ou explicar o pensamento, se fecham como em conchas, porque não há nenhuma luz própria nele, sendo apenas um reflexo do brilho alheio.  Infelizmente algumas pessoas menos esclarecidas e que não têm algum acesso a tal fonte, lhe dão crédito de sabedoria, quando esta é apenas emprestada, sem que o verdadeiro autor receba os méritos por seu direito autoral. Sim, copiar algum pensamento ou frase não é errado, o erro é não atribuir a glória a quem merece, por omitir o nome do autor como se aquilo fosse próprio dele. Vemos isto em vários plágios, seja em escritos com algumas palavras modificadas ou em músicas, onde a coisa é mais comum e agressiva, em que se aproveitam alguns acordes básicos e depois dão a sequência. Apesar de uma maior acessibilidade ao universo cultural por conta da internet, as pessoas, hoje em dia, não têm a coisa básica para se ter o verdadeiro conhecimento humano, que é procurar saber o porquê das coisas. Sim,  a base de tudo são as perguntas, elas é que nos fazem descobrir o porque da coisa. Se você é do tipo de pessoa que não questiona a coisa ensinada, aceita tudo o que lhe dizem como verdade,  mesmo quando não tem a mínima lógica, você é um sério candidato a ser enganado. Tais pessoas se satisfazem com qualquer informação, não se questionam, não vêem os prós e contras das alegações, isto porque tais pessoas gostam das coisas já mastigadas, prontas para digerir, sem se  preocuparem ou perguntarem a razão das mesmas. Desta forma, o que temos é uma verdadeira sociedade de pessoas robotizadas, alienadas, verdadeiros papagaios que se amontoam para discutir, emitir comentários, como se fosse num mar de nulidades em que a televisão é o principal  meio de obterem algum conhecimento e esta, ao invés de fornecer aos seus telespectadores algo de verdadeiramente bom, um alimento suculento, nutritivo, lhe dão uma baboseira de uma sopa rala, destas já prontas, que não pode de maneira alguma produzir pessoas mais instruídas e sábias e sim imbecis. Vemos tudo isto nos programas mais famosos e nos horários nobre, em que o que está disponível é o banal, o medíocre, enquanto que os programas que proporcionariam alguma instrução ficam para a madrugada. Como já dizia Arnaldo Antunes: "A TELEVISÃO ME DEIXOU BURRO, MUITO BURRO DEMAIS'

sábado, 7 de maio de 2011

EM ROTA DE COLISÃO

Temos ouvido falar muito nos últimos tempos de um asteroide, o Apophis, que por volta dos anos 2030, poderia se chocar com o nosso planeta causando uma grande destruição. Embora ele seja um asteroide pequeno, de aproximadamente uns 300 metros, segundo a NASA, o efeito cataclísmico seria como a detonação de 20 mil bombas atômicas atuais ao mesmo tempo, o que causaria a liberação de uma energia tão grande que poderia extinguir a vida na Terra de várias espécies,  animais, vegetais e até mesmo humana, já que depois disto, ocorreria uma era glacial de meses. Tudo isto está sendo monitorado desde 2004, quando se descobriu que ele estava em rota de colisão com o nosso planeta e as medidas que deveriam ser adotadas para evitar tal choque, entre as quais seria desviá-lo ou detoná-lo, assim como aconteceu no filme Armagedom. De vez em quando também acontece que, algum avião ao seguir alguma rota traçada previamente mas por erros de cálculos ou um mal funcionamento de algum aparelho, ele sai de sua rota e ao entrar em outra, fica sujeito a um choque com outra aeronave. Já houve vários acidentes por conta disto. Nós também, às vezes, por causa do desvio de conduta, entramos em rota de colisão com alguém. Esse desvio acontece com pequenos fatos e quando vamos ver estamos em verdadeiros caminhos de atritos ou choques. Aí, começam atos de deslealdades, de imputação de erros, de ampliação ou exageros de falhas, tornando a colisão inevitável. Quando se chega a este estágio, nada mais poderá ser feito a não ser dar como terminada a relação. Isto acontece dentro de um casamento ou em outra formas de relacionamentos, seja na escola ou no trabalho. Não há mais confiança em nada que se fale. Tudo fica exasperado, qualquer palavra ou gesto é levado a extremos ou é dado uma outra conotação e é motivo de brigas. Nada mais é visto sob o prisma da bondade, de bons motivos, sem a conotação de segundas intenções, visando um objetivo mau. Outras vezes, há a intenção deliberada de atingir alguém e isto fica evidente em atitudes provocativas, como causar invejas, de alardear fatos ou acontecimentos que sabe irão causar mal estar ou mesmo machucar a outra pessoa, de roubar amizades com o intuito de deixar a pessoa mal. Infelizmente, nós humanos ou sofremos os efeitos de um desvio de conduta ou fazemos outros sofrerem, quando este desvio nos leva a trilhar caminhos na direção de uma rota de colisão. Precisamos sempre nos monitorar para vermos em que direção estamos caminhando, seja no nosso casamento e em nossas amizades, se lado a lado, ombro a ombro, nos ajudando mutuamente  ou  desviamos a nossa rota e ficamos em lados opostos, prontos a um choque. Sim, não queremos e nem devemos viver a nossa vida como se ela fosse de eternos choques, choque com os nossos pais, com os nossos irmãos, com os nossos professores, as nossas esposas ou esposos e com os que nos cercam. Se notarmos quaisquer tendências  que configurem um desvio de conduta, devemos fazer logo os ajustes necessários para que não iniciemos um processo que fatalmente irá acabar em conflitos e no fim de uma amizade. Antes, bem antes que isto aconteça, devemos procurar suavizar as diferenças que com certeza existem entre pessoas, minimizando erros e falhas, sendo perdoadores e benevolentes, assim como queremos ser tratados com benevolência, para que não haja atritos. Se assim o fizermos, não estaremos iniciando uma ROTA DE COLISÃO com ninguém. Infelizmente, algumas pessoas não têm o mínimo apreço, gratidão e consideração por outras que sempre foram verdadeiros amigos e não estão nem aí para evitar o choque que suas atitudes egoístas e ruins causarão, terminando uma relação que parecia ser para sempre. Voltando ao asteroide Apophis, em que as pessoas entendidas no assunto dizem que as datas previstas para uma possível colisão com o nosso planeta, seria entre os anos 2.029 a 2.036, podemos dizer com toda certeza que bem antes destas datas, o Criador já terá feito uma limpeza seletiva de pessoas, tirando as que arruínam a Terra e transformando-a como um todo num Paraíso e Ele cuidará para que nenhum mal aconteça aos habitantes que forem julgados aptos para viverem nela, tal qual o choque de qualquer asteroide.
   

terça-feira, 3 de maio de 2011

A FELICIDADE PERDIDA

Há algum tempo atrás fomos bombardeados pelos meios noticiosos com a matéria sobre o casamento do Príncipe William com a plebeia Kate Middleton. Foi uma cobertura que envolveu milhares de jornalistas do mundo inteiro, tendo sido vista e acompanhada por cerca de dois bilhões de pessoas. Um número impressionante de telespectadores, fazendo muitas jovens sonharem com tal tipo de casamento, ainda mais com um príncipe como noivo. Uma coisa que me chamou a atenção é:  já não se fazem mais princesas como antigamente. Sim, porque anteriormente para uma plebeia aspirar e chegar a se tornar uma princesa, ela teria de provar a sua virgindade. Ora, Lady Kate, agora princesa ou duquesa como querem os mais entendidos, já vivia maritalmente com William há quatro anos, portanto, há tempos perdeu a sua virgindade. Depois do casamento, o buchicho jornalístico era saber onde o casal  iria passar a lua de mel. Que lua de mel? Lua mel antigamente compreendia não só ir para algum lugar bonito e romântico como concretizar aquela famosa frase de todo o casal:  "enfim sós". Só que no caso deles, isto já havia rolado há  muito tempo atrás. É, os tempos mudaram de uma forma drástica, os conceitos e os valores das pessoas também. Mas deixa pra lá, eles que têm sangue azul, que se entendam. Mudando do assunto de casamento real e aproveitando o gancho da notícia da morte de Bin Laden, os líderes daqueles países que estão sempre em conflito com Israel, usando jovens como cobaia,  prometiam a estes jovens terroristas que se se implodissem num ato heroico, o prêmio era de terem 72 virgens num paraíso, mas como estas, até  lá  no paraíso estão se escasseando, o prêmio agora caiu para 40 virgens. Os jovens homens-bombas atuais vão ter de se contentar com pouco mais da metade dos seus antecessores....kkkk. Assim é o mundo de hoje, o que se ganhou em conquistas e em liberdade, perdeu-se em inocência, pureza e felicidade. Muitos confundiram liberdade com libertinagem.  Abandonamos as coisas simples e valiosas do passado por coisas sem o menor valor, como se estivéssemos trocando diamantes por bolas de gude. Esta, tem um brilho fácil  mas é fugas, temporário e que logo se extingue. Por exemplo, namorar antigamente era encontrar o objeto de seu amor e ficar com ela no portão de sua casa. Era também passearem de mãos dadas, fazer algumas carícias inocentes e no máximo roubar alguns pequenos beijos furtivos. Hoje, namorar é transar, ir para motel ou até mesmo dormir com o namorado na casa de seus pais, com a anuência e aprovação destes. Ter um relacionamento sério com alguém é o mesmo que dizer: estamos tendo um relacionamento sexual  íntimo. Coisa que seria inconcebível há algumas décadas atrás. As nossas jovens donzelas praticamente acabaram com a profissão mais antiga de mulheres no mundo. Nenhum jovem varão precisa recorrer a casas má afamadas, que nem existem mais, por conta de obterem sexo, sexo agora é na casa da namorada. Pessoas que se dizem religiosas e vão a cultos e cantam inflamados os seus cânticos, como se fossem fervorosos adoradores de "Deus", mas não cumprem a ordem explícita Deste, dada através do Apóstolo Paulo em sua Primeira Carta aos Coríntios, Capítulo 6, versículo 18, "Fugi da fornicação", que é ter relações com quem não está  casado. Mas o infrator raciocina para se justificar: Com a minha vida sexual, "Deus" não deve se meter, as coisas de "Deus" só são lá na Igreja, no "culto", aqui fora na rua é outra coisa, aqui fora é dar vasão aos meus instintos sexuais. Continuando no seu raciocínio, ele diz: Deus sabe que a carne é fraca e eu não consigo resistir, assim Ele deve fechar os olhos enquanto eu faço sexo com uma pessoa que não sou casado, depois eu me arrependo e Ele me perdoa como é de praxe. Ele se acha mais esperto que Deus e acha que o pode enganar. Nestas horas, ele não se lembra sequer por um segundo dos fortes conselhos do "Deus", que ele diz adorar, para não cometer fornicação. Esta parte da Bíblia ele não respeita, passa batido, pra ele o importante é que está sempre na igreja cantando louvores e dizendo que "Jesus é o Meu Senhor e Me Ama" com apenas isto espera ser salvo e ter a aprovação de Deus. Que tipo de "cristão" é este? Só pode ser de fachada, pois é um hipócrita e falso. Só tem uma aparência de "ovelha",  mas no fundo é um fingido "lobo" voraz. Mas aí tem o outro lado da moeda, as meninas de família. Se você sai com uma moça de família com a melhor das intenções e não parte logo pros finalmente, se restringindo a pequenos gestos de carícias, você é taxado de "gay", de mau pegador e tem o seu filme queimado e a sua imagem denegrida. Felizmente ainda existe exceções, ainda existem jovens que são virgens e vão para o casamento nesta condição. O que eu não concordo é que tais jovens de ambos os sexos, sejam criticados, zombados e até humilhados por seus colegas que acham que tal pessoa não é normal, quando na verdade, eles é que não são normais, que comem antecipadamente o prato principal e a sobremesa até se lambuzarem e depois ficam com vários problemas emocionais. Hoje o lema é eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem. Mas será que isso é ou traz felicidade? Se esta é a receita da felicidade, porque existem tantas crises existenciais entre os jovens? Por que há uma enxurrada de livros de auto-ajuda para "como conseguir agarrar um homem" ou "como seduzir uma mulher"? A cama não prende ninguém! Muito pelo contrário, vulgariza o relacionamento. Portanto, devemos respeitar quem cumpre a ordem bíblica de "fugir da fornicação", sendo um verdadeiro cristão e decide se guardar, se manter virgem até o casamento. Você pode pensar diferente, mas tem que respeitar o direito da pessoa decidir o que é melhor pra si. Essa propaganda de incentivo para que outros procurem viver tudo intensamente e agora, é própria de quem está perdido e não tem qualquer esperança quanto ao futuro. Não existe o amanhã pra tais pessoas. Pra elas é perda de tempo não fazer agora tudo o que está disponível e se guardar para a ocasião própria. Com certeza, aqueles que não fazem isto escolheram a porção melhor, a mais valiosa  e não terão nenhum problema emocional, de consciência ou de alguém lhe jogar na cara coisas do seu passado, que ferem e maculam a sua imagem. Eles, os que se preservam, os que não se adiantam no ciclo natural da vida, usufruirão de uma verdadeira  felicidade, que infelizmente para muitos, por não se darem o devido valor, já  foi perdida irremediavelmente há muito tempo atrás.