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sábado, 6 de abril de 2013

ACREDITAR É FÁCIL, JÁ CONFIAR AS VEZES É BEM DIFÍCIL



Conta-se a historia de que um famoso equilibrista depois de atravessar uma imensa e alta cataratas, caminhando por um cabo de aço flexível estendido de um lado a outro desta, foi abraçado e interpelado por uma entusiástica senhora que lhe disse, nunca ter duvidado de que ele não pudesse realizar tal grande feito. O equilibrista lhe agradeceu e perguntou se ela acreditava que ele pudesse voltar e atravessar de novo tal cataratas, desta vez levando um carrinho de mão. Ela lhe disse imediatamente que sim, que acreditava na sua capacidade de fazer tal travessia de uma forma segura, mesmo levando um carrinho de mão. Em adição ele lhe perguntou se ela acreditava que ele pudesse fazer tal travessia, levando agora um saco de areia de setenta e cinco quilos, dentro do aludido carrinho. Mais uma vez ela lhe disse categoricamente e sem pestanejar que não tinha nenhuma dúvida disto. Aí, mais uma vez ele lhe perguntou se ela que acreditava tanto nele, confiaria agora em ir dentro do aludido carrinho de mão e fazer a travessia sentada no lugar do saco de areia. Nesta altura meio triste, ela não lhe respondeu nada e foi embora cabisbaixa. Sim, acreditar é fácil, enquanto confiar é as vezes muito difícil. Isto porque confiar exige quase sempre a participação no ato, enquanto acreditar nem tanto. Conosco as vezes acontece esta coisa de acreditarmos quase piamente numa coisa mas quando postos a prova, principalmente quando nossa vida está em jogo, retrocedemos e deixamos de confiar naquilo que alardeamos acreditar. Isto porque acreditar em algo é uma coisa subjetiva, enquanto confiar as vezes é a crença posta em prática ou em prova. Sim, quando confiamos plenamente em algo, sem quaisquer resquício ou sombra de dúvidas é a materialização daquilo que acreditamos. É a prova de fogo da crença, que quando ultrapassa um grande obstáculo, fortalece ainda mais aquilo em que acreditamos. Infelizmente a maiorias das pessoas acreditam em certas coisas, até certo limite e desde que não lhe ponham a prova estas mesmas coisas. Assim, como o exemplo acima da senhora nos relata, ela acreditava bastante em tal equilibrista não tendo nenhuma dúvida sobre sua capacidade de vencer tais grandes obstáculos mas quando chamada para comprovar a sua confiança de forma concreta, ou seja, entrar no carrinho e fazer a perigosa travessia, esta se desvaneceu e não suportou a prova. Assim, queremos que as nossas crenças que são alicerçadas em coisas sólidas à base do raciocínio lógico e que já demonstrou ser plausível por diversas provas ultrapassadas, nos levem a total confiança em nada duvidando, mesmo que a nossa vida venha ser posta em jogo, por confiarmos irrestritamente sem reservas naquilo que acreditamos como verdade.

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