Páginas

sábado, 9 de fevereiro de 2013

CONSCIÊNCIA DO TEMPO JÁ VIVIDO

Havia uma lenda muito difundida de que os elefantes, tanto os africanos como os asiáticos, perto do seus dias finais se distanciavam da manada, indo para um local, conhecido como cemitério dos elefantes e lá morriam praticamente solitários. Mais tarde, descobriu-se que isto acontecia não porque eles tinham consciência da proximidade da morte mas sim, devido a não poderem acompanhar os passos dos mais novos, bem como da dificuldade em comer alimentos devido a perda de dentes. Assim, eles vão ficando para atrás, juntando-se a outros também elefantes velhos, vindo a morrer de fome talvez em locais bem próximos uns dos outros, por isto chamado de cemitério de elefantes. Diferente desta ideia, de que os elefantes teriam consciência dos seus dias finais, é o que se descobriu de verdade, sobre uma tribo indígena que habita uma região do Estado de Rondônia, os amondawa que não tinham nenhuma percepção de espaço e tempo, para eles este lapso não existe, não sabem contar as semanas nem os anos. Nós que não somos os enormes paquidermes dos territórios africanos e asiáticos, nem fazemos parte da clã indígena de Rondônia, temos consciência do tempo já vivido até agora, o que  não sabemos e isto é para nós um grande bem, é o tempo que nos resta.de vida neste sistema atual. Isto porque, alguns conseguem chegar a uma idade centenária, como o recém falecido e famoso arquiteto Oscar Niemeyer, que morreu ás vésperas de completar 105 anos. Infelizmente, outros são privados da vida, muito jovens no auge de suas potencialidades e com um futuro promissor á sua frente, como os da tragédia de Santa Maria no Rio Grande do Sul. Assim, vamos fazendo uma média e imaginando o tempo que nos resta, caso não haja nenhum acidente de percurso. É certo que o tempo de vida útil nestes dias atuais, tem sido aumentado, graças ao avanço da medicina que conseguiu erradicar muitas doenças que até algumas décadas atrás eram letais, como a tuberculose mas em contrapartida, o estilo de vida que levamos em especial nas grandes cidades vai nos sobrecarregando de stress e com isto aumenta a incidência de alguns tipos de câncer e não há coração que resista. Por conta disto, de vez em quando ouvimos notícias de que alguém famoso morreu ainda jovem, depois de uma luta árdua contra um câncer ou de um enfarte fulminante. Assim, seria prudente pormos á nossa barba de molho e procurar levar uma vida mais saudável, não aviltando nosso corpo com coisas prejudiciais, como acontece nestes dias momescos em que as pessoas parecem endoidecidas e fazem coisas que põem suas vidas em riscos. Não queremos ficar pelo caminho, bem lá atrás como os solitários e velhos elefantes, que embora tenham uma comprovada excelente memória, não conseguem por conta do descompasso do seu andar, acompanhar a manada rumo a uma boa e relvosa pastagem, banhadas de grandes e refrescantes charcos que sempre existem, tanto em solo africano como no asiático, mesmo nas piores secas e que se fossem alcançadas, lhes daria  muitos anos a mais de vida. Com estas coisas em mente, olhamos para o futuro confiante por estar prestes ocorrer uma radical mudança e com ela esperamos viver num período aqui na Terra, em que os anos de vida do grande Niemeyer serão irrisórios, perto da infinidade de anos que poderemos viver e que serão de milhares de milhares, por bebermos não as águas lodaçais de um charco africano mas as simbólicas límpidas e vitalizadoras águas do rio da vida.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário