Dizem os mais informados que alguns dos integrantes da banda inglesa The Hollies caminhavam por uma rua gelada de Manchester, quando tiveram sua atenção voltada para um garoto franzino, quase sem nenhuma roupa, carregando em suas costas um outro menor mais jovem e que estava dormindo. Então ao lhe indagarem se a criança que carregava era seu parente, ele disse que não, dizendo a seguir que era um colega seu de rua e estava procurando um abrigo para fugirem do frio. Curiosos com a sua fragilidade e o peso que carregava, perguntaram se o outro menor não era pesado demais para ele. Ele disse enfaticamente: - ELE NÃO É PESADO, ELE É MEU IRMÃO. Esta frase serviu de base para que Bob Russel e Bobby Scott que conversaram com um dos integrantes dos Hollies escrevessem uma música que foi gravada em 1969 e se tornou um sucesso do conjunto inglês e depois de Neil Diamond. Seja esta a versão verdadeira para o surgimento da frase e, por conseguinte, da música ou a de que quem ouviu esta frase dita por uma criança carregando outra foi um veterano da guerra do Vietnam ao visitar uma cidade bombardeada que ainda estava em chamas, o importante é que ela traz uma grande mensagem e nos faz refletir como estamos levando as nossas vidas, se importando com as dores alheias ou fazendo vistas grossas ao sofrimento dos outros. Sim, por mais pobres ou fracos que sejamos e por mais pesado que seja o fardo, sempre haverá a oportunidade de levarmos os fardos dos outros, isto porque, ao final, todos somos irmãos, independente se de sangue ou não. Embora individualmente tenhamos as nossas próprias cargas ou problemas próprios que temos obrigação de carregar, mas os fardos que são coisas coletivas ou de interesse comum, somos incentivados a levar uns dos outros. O que temos visto é as pessoas mais abastadas não se importando com os problemas ou fardos alheios, enquanto que as pessoas mais pobres e carentes, ainda assim, são praticamente as únicas que ajudam a carregar os fardos dos que estão em situação pior do que a deles. É muito lamentável que isto aconteça no mundo, os que mais podem são os que menos fazem, enquanto os que nada têm, são os que repartem as suas mínimas coisas com outros. Se queremos cumprir a Lei do Cristo, temos de seguir o que o Apóstolo Paulo, escrevendo aos Gálatas no Capítulo 6, versículo 2, nos incentiva a fazer: que é levarmos os fardos uns dos outros. Sim, quando está ao alcance de nossas mãos ajudar aos mais necessitados, que precisam muitas vezes de uma pequena ajuda e não o fazemos, de nada adianta a nossa forma de adoração a Deus, ela é em vão. Se nós não amamos aos nossos irmãos a quem temos visto, não podemos amar a Deus a quem não temos visto, já nos asseverava o Apóstolo João em sua Primeira Carta, Capítulo 4, versículo 20. Nunca devemos pensar que por termos hoje isto ou aquilo, não vamos precisar nunca de que alguém nos ajude a carregar os nossos fardos. As coisas mudam rapidamente e, com certeza, mais cedo ou mais tarde vamos necessitar e muito da benevolência de alguém para nos ajudar a levar os nossos fardos. Portanto, sejamos como o franzino garoto do início da nossa história, olhando para os outros como a um irmão, a quem devemos ajudar e não para o peso ou tamanho de seu fardo, como se fosse algo impossível de carregar.
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