Na vida fazemos muitas escolhas, algumas certas outras nem tanto. Muitas dessas escolhas são feitas à base do que o nosso coração ordena e não o nosso cérebro. Por conta disto é que erramos bastante em algumas que preferiríamos que desse tudo certo. Sim, o nosso coração nos induz para um lado que infelizmente não é o melhor. Mesmo assim, vamos como que com os olhos vendados caminhando num terreno escorregadio e perigoso, num pulo totalmente as escuras, torcendo para acertar e quase sempre nos esborrachando do outro lado, por não sermos amparados por alguém. Mas, ainda sim não desistimos de outros saltos iguais, na ânsia de que em algum dia, possamos acertar o alvo e sermos felizes, coisa que todo ser humano acredita que um dia vá ocorrer para si. De tanta tentativas que resultaram em nada e só nos trouxe frustração, hoje em dia devemos pensar assim, o que tiver de ser, será. Embora não tenhamos desistido de sonhar, pois o dia em que isto acontecer já não vivemos, não temos mais a ilusão de que vamos acertar em cheio na escolha, o que vier naquilo que escolhemos é lucro, mesmo que seja passageiro. Sim, a vida vai nos calejando, tornando as quedas suportáveis, menos dolorosas. Só que agora, damos saltos tímidos, tíbios, sem grandes impulsos, prontos para sermos rejeitados na queda, como aconteceu nas outras vezes. Não existe mais aquela expectativa ansiosa de um voo certeiro, vamos nos acostumando com os não do outro lado. Assim, a vida vai se tornando uma eterna e contínua rejeição. Pagamos um preço elevado por queremos coisas impossíveis de se ter. Mesmo assim, não mudamos a nossa postura e comportamento frente aos alvos desejados. Acreditamos que isto é melhor do que nos contentar com algo menor do que o sonhado, não baixamos o nosso nível para nos adaptar a uma realidade indesejável. Não queremos algum premio de consolação, como uma esmola, aceita-lo seria baixar nossa auto estima, pois para nós ficar em segundo lugar ou segundo plano, significa ser um perdedor, pois de fato o é para o que ficou primeiro. Medalha de prata só tem valor em olimpíadas, no certame da vida é uma medalha de derrota. Não somos daqueles que desistem com facilidade de seus alvos, mesmo que sejam totalmente improváveis o seu sucesso. Para mim, a vida é isto, uma luta árdua e ferrenha na busca de alvos desejados a serem alcançados, se não os alcançar, ainda sim, ela valeu pela caminhada em prol disto. Logicamente que temos alguma esperança de algum um dia, ouvirmos um sim, por mais absurda que seja esta hipótese nesta altura do campeonato, quando os refletores do estádio já estão apagando as suas luzes, como a dizer, que o jogo está prestes a acabar, não há quase mais tempo pois já estamos nos acréscimos finais de um jogo que está zero a zero. Assim, como disse anteriormente o que tiver de ser, será. É nisto que devemos nos empenhar de toda alma: receber um premio improvável, dificílimo de se alcançar mas sempre existe uma chance remota de isto ainda acontecer, quem sabe dá uma zebra e sai um gol a nosso favor, mudando este placar hostil, já que ainda não houve o apito final encerrando o jogo duro da vida. A vida só premia quem acredita nela e nisto devemos por fé. Por isto continuamos a pular sem saber o que nos espera.
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