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sábado, 7 de janeiro de 2012

ELVIS, O REI DO ROCK, EXPLODE O CENÁRIO MUSICAL

 
O cenário musical estava uma pasmaceira, um marasmo com apenas alguns pequenos brilhos e lampejos de luz aqui e ali, mas nada que pudesse antever uma explosão de brilho, com um fulgor que nunca fora visto anteriormente. Como bem o disse John Lennon, antes de Elvis não havia nada. Estamos no  final do ano de 1953. Um rapaz loiro de 18 anos, natural  de Tupelo que gostava de ouvir os ritymsblues e as baladas, cantadas pelos negros do Mississippi, resolve dar um presente a sua mãe e vai até uma gravadora a Sun Records e paga pela rodagem de um mini disco de bolacha, as músicas "Thats All Right Mama" e "Blue Moon of Kentucky", foi o início de tudo. Passados alguns dias o diretor da aludida gravadora, Sam Phillips, possuidor dos originais,  leva tal gravação a uma das rádios de Memphis e é um verdadeiro estouro entre os jovens, indo ambas para os primeiros lugares da parada musical local, nascia aí o Rei do Rock. A partir daí foi um sucesso atras do outro, não destes fabricados pela mídia, seja pela internet ou outros meios de comunicação, como existem hoje aos milhares, mas por verdadeiro talento. A sua maneira irreverente de cantar, rebolando e mexendo os quadris lhe deram o apelido Elvis the Pelvis. Elvis não só tem o carisma da aparência, a princípio ainda loiro mas possui uma excelente voz, conseguindo atingir algumas notas que poucos cantores populares conseguem. Sua carreira tem um alavanque maior, quando passa a participar de filmes começando com "Love me Tender" onde mesmo morrendo no final, leva as fãs ao delírio. Assim, aquele simples caminhoneiro de Memphis vira uma celebridade mundial.  Há um verdadeiro aparato de repórteres em sua volta, como se fosse um Midas, virando ouro tudo o que tocasse. Todos os grandes programas de televisão o querem tê-lo em sua programação. Artistas já consagrados como Frank Sinatra, fazem duetos com o King. Até então a sua carreira é levada apenas pelos seus dotes. Surge então no  cenário o Coronel Parker, que passa a cuidar das coisas do Rei. Embora alguns o considerem o grande empresário que levou Elvis a posição invejada que conquistou, outros o atacam dizendo que foi sua perdição. A conselho deste, foi servir ao exercito primeiro no próprio Estados Unidos, ocasião em que sua mãe veio a falecer e depois na Alemanha, ficando lá  por cerca de dois anos, onde veio a conhecer sua futura esposa Priscilla, na época ainda uma garota de pouco mais de quatorze anos. Ficar fora dos meios de comunicação por tanto tempo, deu um baque na carreira do Rei. Ao voltar para os Estados Unidos, começou a fazer filmes de péssima qualidade e aquele garoto irreverente que conquistara o mundo, agora era um comportado marionetes na mão de Parker, que só pensava em ganhar mais dinheiro. Neste ínterim surgira em Liverpool, quatro rapazes que conquistaram a América, levando alguns a colocarem cartazes para os saudá-lo, onde se lia:  "Elvis is Dead". Aproveitando esta pausa em sua carreira, Elvis se casa com Priscilla. Passado o tsunami da beatlemania, Elvis retorna a sua carreira, fazendo inúmeros shows em Las Vegas e no Havaí, o lugar mais longe onde Elvis fez show. Elvis agora, se veste com extravagância e vive cercado de verdadeiros sangue sugas, uma clã de parasitas, todos morando na sua caríssima mansão de Graceland em Memphis. Nasce a sua filha Lisa Marie, mas o seu casamento, vai de mal a pior, pois conviver com uma pessoa normal já é difícil, ainda mais com alguém que é tratado como se fosse um "deus" pelos seus amigos puxa-sacos que se aboletaram em sua residência. Apesar de seus shows serem uma consagração e estão sempre com a lotação esgotada com muitos meses de  antecedência, a sua vida pessoal se deteriora a ponto de Priscilla o deixar, trocando-o por seu personal trainer. Elvis agora passa a ser usuário de muitos remédios anti-depressivos e outras drogas, ficando vários dias sem sair de seu quarto. Ele não se conforma com a perda sua esposa. Deste ponto em diante é um carro ladeira abaixo sem freios. Elvis fica dependente de remédios e passa a engordar muito. Elvis é explorado ao máximo pela mídia e como uma laranja que depois de chupada é descartada e jogada fora no lixo como algo imprestável, assim fizeram com o Rei. Apesar de tudo isto, o Rei nunca perdeu a voz, nem a majestade. Aos quarenta e dois anos, o seu coração não suporta tanta pressão dos fortes remédios e para de bater, morre o Rei mas não termina o seu reinado que tem um crescimento avassalador. Nunca seus discos, seus filmes e sua vida estiveram tanto em cartaz e venderam aos milhares. Hoje, passados trinta e cinco anos da sua morte, Elvis está mais vivo do que quando realmente vivia, a ponto de lhe atribuírem um slogan famoso: ELVIS NÃO MORREU.                    

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