Sempre houve homens que se destacaram por sua força, valentia ou espírito de luta. O maior destes, tem um lugar destacado na Bíblia Sagrada. Foi na época em que a nação de Israel se via oprimida por povos a sua volta e o verdadeiro Deus, suscitava Juízes para liberta-la, um desses foi Sansão que possuía uma força descomunal. No relato de Juízes capitulo 15, versículo 16, diz que certa feita, ele com uma queixada de um burro matou cerca mil homens. Nos tempos modernos e mais precisamente no boxe, despontaram nomes que brilham até os dias de hoje. Entre estes podemos citar o maior, Cassius Clay que aos dezoito anos, foi campeão olímpico, isto em 1960. Diferente dos demais lutadores pesos pesados, que sempre faziam uma cara feia, para os seus adversários, Cassius Clay, sempre estava rindo, fazendo pilhérias e brincadeiras. Na arena, não ficava com a guarda levantada, ao contrário a tinha sempre abaixada e começava a dançar em volta dos oponentes, chegando mesmo a sapatear, o que deixava os adversários confusos e desconcentrados. Mas ao dar um jab de direita era um golpe mortal. Jamais se aproveitou de um momento de vacilo de seus oponentes, para infligir-lhes mais golpes, havia por parte dele um certo respeito e piedade, pela pessoa humana. Enquanto a maioria dos que lutavam tinham o rosto desfigurado pelos vários golpes, Cassius Clay, continuava com a cara lisa, sem nenhuma marca de algum duelo. Certa luta acontecida em 1964, é lembrada até hoje pela resistência de Cassius e é considerada a melhor de sua carreira, foi contra outra lenda do boxe, o peso pesado George Foreman. Durante sete rounds, Cassius Clay só apanhou, parecendo que George iria vencer a luta por nocaute. De repente, mesmo encurralado, Cassius Clay dá um jabs de direita e George Foreman vai a lona pra não voltar. Cassius Clay, não foi só um lutador de boxe, considerado por algumas revistas como o "desportista do século", mas também foi uma pessoa polêmica, primeiro ao adotar um nome muçulmano e depois por suas convicções pacifistas. Perdeu o título de campeão, por ter se recusado ir lutar na guerra que os Estados Unidos travavam com o Vietnam. Como argumento ele dizia: - Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque deveria mata-los. Três anos depois que lhe tiraram o título, ele voltou a reconquista-lo. Perdeu algumas poucas lutas é certo, mas depois as venceu na revanche, com um cachê bilionário e abandonou o boxe, quando ainda ostentava o titulo de campeão de pesos pesados. Sim, Cassius ou Ali, como gosta de ser chamado, agora setentão, faz parte de uma época de ouro, não só do boxe como também de um mundo que era melhor de se viver, onde os sonhos floresciam, se respirava inocência, bondade e amor, mesmo num tablado de lutas. Sou contra qualquer tipo de violência, mesmo nos esportes, mas não se pode negar, o valor e a personalidade de Cassius Clay, que mesmo fazendo das lutas seu meio de vida, era uma pessoa pacífica pois foi contra as guerras, o que é objeto de minha admiração e apoio integral.
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