Ao ouvir a maioria dos cantores gospel e certos pastores em suas preleções no púlpito, tem-se a impressão que Deus deve ser bem surdo, porque a gritaria que fazem chamando-o é monumental, indo além dos decibéis que nossos ouvidos possam suportar, numa verdadeira poluição sonora. Esses que fazem assim, agem tão diferente do conselho dado por Jesus Cristo para seus seguidores, conforme expresso no evangelho de Mateus no capítulo 6. Lá Jesus diz para tomarmos cuidado, para não sermos como os hipócritas que gostam de orarem para serem ouvido por outras pessoas, ou sejam fazem orações altas, gritando. No versículo 8 do citado capítulo de Mateus ele acrescenta: "Tu, porem, quando orares entra no teu quarto particular, e fechando a porta, ore a teu Pai que está em secreto e este te olhará em secreto", quer dizer Deus ouve meros sussurros, não é necessário nenhuma gritaria, pois como Jesus acrescenta no texto seguinte, Deus sabe das coisas antes mesmo de nós pedirmos, assim conclui-se que Deus não é surdo. Houve no passado na nação de Israel, uma disputa entre os adoradores do Verdadeiro Deus e os adoradores de Baal. Foi na época do profeta Elias e do Rei Acabe que embora fosse rei de Israel, era seguidor de Baal. Este acontecimento serve para nos orientar para saber se é necessário gritar para Deus nos ouvir ou se na verdade a gritaria tem haver com algum deus falso. O livro de Primeira dos Reis no capitulo 18 nos relata que o Profeta de Deus, Elias, propôs uma prova para os profetas de Baal, junto ao monte Carmelo a fim de verem quem era o verdadeiro Deus. Assim, prepararam um lugar e colocaram numa fogueira armada, um novilho abatido mas sem nenhum fogo para consumir a oferta. Elias então, mandou que os profetas de Baal, chamassem por Ele, a fim de enviar fogo dos céus para queimar a oferta, o que fizeram toda uma manhã e nada. No versículo 28 do capitulo 18 de Primeira dos Reis, diz que eles, os profetas de Baal, gritaram ao máximo de sua voz e até fizeram cortes em si para berrarem mais alto e nada. Aí então, Elias fez uma oração ao Verdadeiro Deus, sem nenhuma gritaria e desceu fogo dos céus, queimando a oferta posta. Vemos assim, que gritaria tem tudo haver com deuses falsos e não com o Deus Verdadeiro que não é surdo e tem a capacidade de ouvir meras balbuciações de nossa voz. Portanto, desconfie de quem usa de gritaria para falar com Deus, seja na música, em palestras ou em alguma oração, pois além de desnecessária é um desrespeito para com o Próprio e outras pessoas que moram por perto, que são obrigadas a ouvirem, sendo assim incomodadas por tais gritos de aleluias, glórias e outros em igrejas ou templos. Tal gritaria, quando é feita por várias pessoas ao mesmo tempo, numa histeria coletiva como acontece em muitos "cultos", uma verdadeira "torre de babel", longe de trazer louvor só trás vitupério e preconceito contra aqueles que assim se portam, pois demonstram que são fanáticos, desequilibrados e não pessoas sensatas e razoáveis assim como eram o Mestre e seus discípulos.
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