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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

FALAR É FÁCIL, DIFÍCIL É FAZER

Todos nós gostamos de alardear nossas boas qualidades de que somos pessoas, verdadeiras, perdoadoras, generosas, bondosas, honestas, calmas, mansas, hospitaleiras, inteligentes, quase sábios. Com tantos atributos aos nossos próprios olhos, somos quase perfeitos, apenas um defeitinho aqui e outro ali, mas nada de grave que possa manchar a nossa imagem de bom moço. Sim, todos nós gostamos de falar ou de escrever sobre os nossos predicados, dons e outras virtudes que nos engrandecem perante outros. Mas, os nossos erros e defeitos que todos veem e são em maior número, passamos a jato ou nem os mencionamos. Não alistamos que somos capazes de atos torpes, hipócritas, vingativos, fraudulentos, covardes, mesquinhos, invejosos, desonestos, ciumentos, mau humorados, precipitados, beligerantes e outros mais graves. Para estas coisas, silêncio total, parece que tais atos ruins, pertencem a outras pessoas e não a nós. Outro dia atrás, lendo um face de alguém falando sobre mim, com outra pessoa ela dizia: - "Ele é igual a político, fala, fala mas é só da boca para fora. Pessoa assim, no fundo não vale nada". Fiquei a princípio meio indignado, porque não gostamos de ouvir algumas verdades ou ler coisas que nos detraiam. No meu caso em especial, fiquei magoado porque primeiro, não gosto de política e nem de políticos, tenho aversão a isto, se dependessem de mim morreriam de fome e me compararam a eles e segundo, porque do meu ponto de vista naquele momento, era uma alegação inverídica. Mas hoje, depois da poeira baixada, com a cabeça fria, calmo e analisando com mais apuro e profundidade aquela acusação, vi que ela estava absolutamente correta com relação ao meu comportamento. Era uma análise perfeita de quem eu sou de fato, por mais  triste  que seja a constatação. Sim, faço muitas promessas, mas poucas são as que procuro ou consigo realmente cumprir. Não valho mesmo nada como ela alegou, sou capaz de atos ignominiosos. Por mais que eu tente modificar a minha personalidade, ela continua perversa, má, vingativa, como uma marca que não sai apesar de todos os meus esforços. Sou mesquinho, falso, complicado de se lidar, ciumento, invejoso, egoísta, arrogante, contador de bravatas, praticante de atos vis e outras coisas piores. Ao invés de um bom moço sou um bad boy. Enfim, aquilo dito a meu respeito é como uma carapuça, que cai como uma luva, adequando-se no meu caso a  frase: FALAR OU ESCREVER É FÁCIL, DIFÍCIL É FAZER. Sim, sou de muito blá, blá, blá, mas fazer mesmo, nada. Não procuro agir em conformidade com o que digo ou escrevo, assim parabéns para você, que não tem bola de cristal, mas acertou em cheio sobre quem sou eu de verdade.      

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