Era um faustoso banquete. Havia como entrada um cocktail de frutas, salgadinhos, canapés, sushi e outros aperitivos servido por garçons elegantemente vestidos. Depois, para o prato principal havia uma lauta mesa com iguarias inimagináveis tais como, vitelo de carneiro, leitão, capivara e paca entre outros, além é claro da mesa de frios e vinhos importados de uma safra muito boa para os convidados se refastelarem á vontade. Por último, havia uma mesa com trufas, cascata de chocolates e doces caramelados dos mais variados, desses de encher a boca de água. Então alguém ao chegar e ver aquela mesa de doces tão deliciosos, esqueceu o protocolo e as boas maneiras, pois não conseguiu se conter e partiu de imediato para tal mesa, digerindo avidamente os doces, um atrás do outro, até que já enjoada, resolveu ir embora, deixando para trás, a entrada e o prato principal do banquete. Tudo porque? Não seguiu a etiqueta, nem as regras naturais de um banquete, comeu a sobremesa antes da hora. Assim também, tem acontecido com a maioria dos jovens hoje em dia. A vida tem um rico banquete para os oferecer. Só que, esquecendo as etapas da vida e os seus ciclos naturais, querem logo se satisfazer com o prato aparentemente mais saboroso, que é o sexo. Assim, tão logo conhecem alguém já vão partindo para uma lua de mel. Não há á paquera, o flerte, o namoro, o noivado e por fim o casamento. É lua de mel em cima de lua de mel. Nem bem terminam a lua de mel e o relacionamento com um, ao se relacionarem com outro já partem para uma nova lua de mel. Ora, isso é se empanturrar de sobremesa, sem a necessária comida de sal que é a entrada, bem como o prato principal de um banquete. No que isto vai dar é só fastio e desilusão. Pois ninguém que pretende assumir um compromisso mais sério com outra pessoa, vai querer alguém assim tão volúvel, tão fácil, tão ao alcance de qualquer um. Tal pessoa, é como um corrimão de um prédio público bem frequentado, onde todos que ali transitam o agarram e poem as suas mãos sujas e cheia de germes perigosos, ou pode ser também comparada como tomates numa barraca de feira, que de manhã começam durinhos e consistentes e depois de tantos amassos e apertos dos frequentadores, no final da feira são jogados fora, por estarem imprestáveis para uma salada e levados pelos catadores de xepa, para uma insípida sopa de entulho. Muitas mulheres que se portam assim, que sofrem amassos de uns e outros, ficam questionando e se queixando, que não sabem por que não conseguem prender alguém e quando o fazem é apenas por pouco tempo, culpando alguns homens por esta sua desditosa vida. Também pudera. Começam as coisas erradas e querem que depois elas deem certo. Já imaginaram começar uma casa pelo telhado? Tem lógica? É claro que não. Tem de haver um bom alicerce, uma boa fundação e todas as etapas da construção de uma casa, até que por fim se chega ao telhado. Não é se desvalorizando, como muitas garotas hoje fazem, fornecendo sexo logo de cara, sem as fases preliminares e a necessidade de uma conquista que irá conseguir alguém que a respeite, que queira formar uma família e viverem uma vida feliz. Os homens de bem não gostam deste tipo de mulher, os cafajestes sim. Assim, se algo começa errado, pode ter a certeza absoluta de que não terminará bem, mesmo que no inicio pareça ser diferente e que até que enfim você encontrou o homem da sua vida. Portanto, você que deseja um futuro promissor, ao lado de uma pessoa que a ame e a respeite de verdade, repense a sua vida, suas atitudes, suas amizades e seus entretenimentos, porque senão a vida irá passar e de tanto uso você perderá o viço e a firmeza da carne, a velhice irá chegar e encontrará você, não como uma lady, tendo a seu lado um amoroso marido e filhos carinhosos, mas como um imprestável e imundo pano de chão, sendo de serventia apenas para os homens vis e desprezíveis, os párias e refugos da vida.
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