É muito conhecido e disputado o rodeio de Barretos, cidade do Estado de São Paulo. Peões de todo país e do exterior vem para disputar valiosos prêmios e muitos saem consagrados, por ficarem os oito segundos básicos em cima de um touro. Parece que os nossos peões estão entre os melhores do mundo neste aspecto. Havia um touro que até foi protagonista de uma novela, o Bandido, que depois de adulto, nunca deixou alguém ficar mais de três segundos em cima dele. Era um verdadeiro touro indomável, pena que veio a falecer de um câncer. Falando em touro indomável, há alguns dias atrás, vinha eu e uma colega de escritório caminhando pela praça, quando tivemos nossa atenção voltada para um ex-cliente, agora residindo em outra cidade, que me gritava loucamente e aí com alguns trejeitos, nos contou os dissabores que passou num posto da Policia Federal na fronteira com outro país. Disse-nos ele que os policiais tinham um verdadeiro dossiê sobre a sua ficha criminal relativo a um processo que respondeu em face a uma empregada que o envolveu numa trama, a fim de usurpar dinheiro indevido dele. Eu que o ajudara neste caso, lhe disse que o aludido processo havia sido extinto por falta total de provas, bem como já fora efetivada a baixa do mesmo. Mas ele insistiu que não, que havia alguma coisa em aberto, pois os policiais, chegaram a acusa-lo de estuprador da aludida empregada. Olhando de soslaio e com uma certa cumplicidade para minha colega de escritório, eu disse que isto era impossível, que ele não fazia nenhum gênero de estuprador de mulheres muito pelo contrário e que tal acusação nunca constara dos autos. Para tranquiliza-lo, disse que iria ver pela internet o andamento do processo e depois lhe ligava dando retorno. Ao sair dali, eu e a colega, ficamos fazendo conjecturas sobre o episódio e achamos engraçado a forma como ele nos passou o caso. Segundo ele, para os policiais ele era um cara perigoso que transpirava testosterona por todos os poros, um verdadeiro garanhão, capaz de molestar qualquer chapeuzinho vermelho indefeso, uma besta fera com o poder de deflorar as meninas dos olhos. Que debaixo daquela capa de afeminado, havia uma grotesco e terrível estuprador, um tremendo predador, um espada. Depois destas confabulações, ela me disse em conclusão: - O cara é todo delicado, respirando feminilidade, não tem nada de macho e aí vem a policia e diz que o cara é um tarado, um verdadeiro touro indomável, vai entender as coisas... acho que os nossos policiais da fronteira com o Paraguai de tanto ver coisas falsas, não sabem mais o que é verdadeiro e dão estas mancadas.
sábado, 29 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
NADA QUE COMEÇA ERRADO PODE TERMINAR BEM
Era um faustoso banquete. Havia como entrada um cocktail de frutas, salgadinhos, canapés, sushi e outros aperitivos servido por garçons elegantemente vestidos. Depois, para o prato principal havia uma lauta mesa com iguarias inimagináveis tais como, vitelo de carneiro, leitão, capivara e paca entre outros, além é claro da mesa de frios e vinhos importados de uma safra muito boa para os convidados se refastelarem á vontade. Por último, havia uma mesa com trufas, cascata de chocolates e doces caramelados dos mais variados, desses de encher a boca de água. Então alguém ao chegar e ver aquela mesa de doces tão deliciosos, esqueceu o protocolo e as boas maneiras, pois não conseguiu se conter e partiu de imediato para tal mesa, digerindo avidamente os doces, um atrás do outro, até que já enjoada, resolveu ir embora, deixando para trás, a entrada e o prato principal do banquete. Tudo porque? Não seguiu a etiqueta, nem as regras naturais de um banquete, comeu a sobremesa antes da hora. Assim também, tem acontecido com a maioria dos jovens hoje em dia. A vida tem um rico banquete para os oferecer. Só que, esquecendo as etapas da vida e os seus ciclos naturais, querem logo se satisfazer com o prato aparentemente mais saboroso, que é o sexo. Assim, tão logo conhecem alguém já vão partindo para uma lua de mel. Não há á paquera, o flerte, o namoro, o noivado e por fim o casamento. É lua de mel em cima de lua de mel. Nem bem terminam a lua de mel e o relacionamento com um, ao se relacionarem com outro já partem para uma nova lua de mel. Ora, isso é se empanturrar de sobremesa, sem a necessária comida de sal que é a entrada, bem como o prato principal de um banquete. No que isto vai dar é só fastio e desilusão. Pois ninguém que pretende assumir um compromisso mais sério com outra pessoa, vai querer alguém assim tão volúvel, tão fácil, tão ao alcance de qualquer um. Tal pessoa, é como um corrimão de um prédio público bem frequentado, onde todos que ali transitam o agarram e poem as suas mãos sujas e cheia de germes perigosos, ou pode ser também comparada como tomates numa barraca de feira, que de manhã começam durinhos e consistentes e depois de tantos amassos e apertos dos frequentadores, no final da feira são jogados fora, por estarem imprestáveis para uma salada e levados pelos catadores de xepa, para uma insípida sopa de entulho. Muitas mulheres que se portam assim, que sofrem amassos de uns e outros, ficam questionando e se queixando, que não sabem por que não conseguem prender alguém e quando o fazem é apenas por pouco tempo, culpando alguns homens por esta sua desditosa vida. Também pudera. Começam as coisas erradas e querem que depois elas deem certo. Já imaginaram começar uma casa pelo telhado? Tem lógica? É claro que não. Tem de haver um bom alicerce, uma boa fundação e todas as etapas da construção de uma casa, até que por fim se chega ao telhado. Não é se desvalorizando, como muitas garotas hoje fazem, fornecendo sexo logo de cara, sem as fases preliminares e a necessidade de uma conquista que irá conseguir alguém que a respeite, que queira formar uma família e viverem uma vida feliz. Os homens de bem não gostam deste tipo de mulher, os cafajestes sim. Assim, se algo começa errado, pode ter a certeza absoluta de que não terminará bem, mesmo que no inicio pareça ser diferente e que até que enfim você encontrou o homem da sua vida. Portanto, você que deseja um futuro promissor, ao lado de uma pessoa que a ame e a respeite de verdade, repense a sua vida, suas atitudes, suas amizades e seus entretenimentos, porque senão a vida irá passar e de tanto uso você perderá o viço e a firmeza da carne, a velhice irá chegar e encontrará você, não como uma lady, tendo a seu lado um amoroso marido e filhos carinhosos, mas como um imprestável e imundo pano de chão, sendo de serventia apenas para os homens vis e desprezíveis, os párias e refugos da vida.
domingo, 23 de outubro de 2011
O PULO DO GATO
É bem conhecida a estória da onça que pede ao gato para lhe ensinar alguns pulos para pegar animais. Sendo o gato, o rei dos pulos, não se faz de rogado, lhe ensina uma enorme variedade deles, pra frente, pra trás. Passado algum tempo, depois da onça testar todos, chama o gato para irem até um riacho a fim de beberem água, já que estava cansada e sedenta por causa de tantos pulos. Em lá chegando, a onça aponta um lagarto que estava sobre uma pedra e desafia: - Vamos ver quem consegue pegar o lagarto primeiro. De imediato, o gato dá o bote em cima do lagarto. A onça aproveita o momento e pula logo atrás, mas em cima do gato, que ao ver o vulto daquele animal enorme em cima dele, pula de lado, saindo daquela situação embaraçosa. A onça então, vira-se pro gato e reclama: - Mas este pulo você não me ensinou, compadre. Aí o gato responde: - Este pulo eu não ensino a ninguém é a minha última defesa e salvação num momento de emergência, é o meu pulo do gato. Deixando a lenda de lado, muitas vezes nós ensinamos a outras pessoas, tudo o que aprendemos no decorrer da vida, como que esvaziamos por completo de todo o nosso conhecimento. Infelizmente, neste mundo em que vivemos, algumas pessoas ingratas, usam o que lhe ensinamos para nos fazer algum mal ou nos prejudicar e se não tivermos alguma coisa extra, ainda não ensinada, tipo uma carta na manga para nos salvar numa emergência, estaremos totalmente encrencados e a mercê de tal pessoa. Sim, é sempre bom nos prevenir contra um ataque surpresa, em especial daqueles a quem mais confiamos, em quem depositamos uma fé irrestrita por lhes contar nossas fraquezas e mostrar nossos pontos vulneráveis. Nunca devemos ficar completamente nas mãos de outra pessoa, porque se esta nos faltar ou resolver não ser mais nossa amiga, ficaremos totalmente no ar, sem os pés no chão. Por isto temos, que ter aquela saída de emergência, estratégica, guardada num compartimento mais recôndito do nosso ser, que nós pensávamos que nunca iríamos fazer uso da mesma, já que era para um caso extremo. Por que se numa hora de enfrentamento, entre mestre e discípulo, não tivermos mais nada com que recorrer é o nosso fim, pelo simples fato de não possuirmos, uma saída de emergência, o "pulo do gato", aquele de banda, enviesado e totalmente inesperado. A vida tem me ensinado isto, não se pode sobreviver neste mundo cada vez mais egoísta e desafiador, em que as pessoas esquecem rapidamente tudo o que lhe foi feito, doado e ensinado, se não possuirmos algo só nosso, peculiar, desconhecido até mesmo das pessoas mais íntimas, a nossa tábua de salvação, como um último trunfo a ser gasto, o nosso como dizer, PULO DO GATO que deixará o mau discípulo surpreso, por não ter se preparado para esta nossa saída emblemática, fora dos padrões a que estava acostumado ver como agíamos, nesta ou em outras situações similares. Sim, sempre devemos ter como que uma carta na manga para qualquer eventualidade.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
AS UVAS ESTÃO VERDES
É difícil alguém reconhecer um fracasso ou a incapacidade de conseguir algo. Assim, preferimos depreciar a coisa ou a pessoa, dizendo que ela é inadequada para nós e começamos a despejar uma enxurrada de defeitos para justificar a nossa inaptidão. A fábula de Esopo ou de La Fontaine é muito conhecida. Uma raposa faminta, chega a uma parreira de uvas carregada de frutas maduras, só que por mais que tente alcança-las não consegue e para justificar o seu fracasso, diz que elas estão verdes e azedas, só servem para os cães. Muitas vezes nós desejosos de alguma coisa, tentamos de tudo para obtê-la. Mas por mais que façamos, parece que a coisa fica mais distante ou inalcançável. Ao invés de reconhecer este fato, ou seja, a nossa incapacidade de obtê-la, preferimos como a raposa, depreciar aquilo que era objeto de nosso desejo, pondo-lhe defeitos ou dizer que não nos serviria para nada. Isto é uma tremenda desfaçatez, próprio de alguém mau caráter, que não admite a sua derrota ou incompetência. Infelizmente a maioria de nós age assim, como expressou Fernando Pessoa, sob o pseudônimo de Alvaro de Campos, "nunca conheci alguém que levou "po..ada", a maioria dos meus amigos são campeões em tudo. Será que só eu sou humano, que perde, que pratica atos vis"? Todos nós achamos que somos os "mocinhos" da estória, os outros são os bandidos, os vilões. Isto acontece não só no plano pessoal, mas também na coletividade, como no caso de países. Nenhuma nação, tem em seus livros de história, a narrativa de suas derrotas frente a outras potências, de seus fracassos, de barbaridades cometidas contra outros povos mais fracos, só são relatadas as vitórias, os seus sucessos, os atos de heroísmos, já as derrotas as coisas ruins são escondidas debaixo de um tapete bem grosso. Sim, é preciso admitirmos que somos humanos e portanto sujeitos a erros, a atos desprezíveis e vis, que nos envergonhariam, mas o que fazer, se não somos semi-deuses, muito pelo contrário, cometemos falhas uma atrás das outras, por mais que tentemos não errar. Nunca deveríamos partir para uma alegação falsa, depreciativa de alguém, simplesmente pelo fato de não conseguirmos alcança-la, como uma pessoa amada que não nos dá a mínima bola. Infelizmente, muitos acham que é mais fácil derrubar alguém para vê-la numa posição inferior, do que tentar alcança-la num estágio mais alto. Embora é bom ter a sagacidade das raposas, tida como animais expertos, matreiros, mas nunca imitá-la neste contexto da fábula, de alegar que a coisa desejada é imprestável só pela dificuldade de possuí-la, o que caracteriza um despeito, pois como diz um outro ditado: "QUEM DESDENHA QUER COMPRAR".
sábado, 15 de outubro de 2011
PORQUE FICAR REMOENDO O PASSADO?
O passado, aquilo que vivemos e usufruímos na companhia de outras pessoas, pode nos trazer boas lembranças As vezes um filme, uma música, uma foto nos remetem diretamente no túnel do tempo para um período de nossas vidas, que se pudéssemos ficaria para sempre. Sim, quem não tem boas recordações para se lembrar da época em que se era jovem, com vigor, boa saúde, o mundo era bem melhor e parecia que estava aos nossos pés. Muitas vezes nos pegamos refletindo sobre o que possuíamos e chegamos a conclusão de que éramos felizes e não sabíamos. Quantos parentes, quantas pessoas queridas se perderam na estrada e hoje já não convivem mais conosco. Certamente é saudável sentirmos saudade de tais pessoas e anelamos o dia em que poderemos nos reencontrar de novo para continuarmos a amizade interrompida sem que haja mais separações. Então de vez em quando é bom dar um passeio no nosso passado e vasculhar as coisas boas, que ficaram para trás, os momentos agradáveis que vivemos, enfim toda boa recordação de uma época feliz que algum dia já vivenciamos. Infelizmente o ditado "recordar é viver" não é pra ser levado ao pé da letra, pois apenas nos trás alguma sensação agradável e gostosa, mas não é vida em sentido pleno, pois a vida a que é vivida é a presente, nem a do passado nem a do futuro, isto porque o tempo é unidirecional só vai para frente, essa coisa de máquina do tempo em que se volta ao passado é muito bonita em filmes mas é pura ficção sem nenhuma probabilidade de ocorrer de fato. Assim, como um carro possui os retrovisores, que nos ajudam a evitar acidentes, para não sairmos de uma faixa de rolamento para outra sem as devidas cautelas, o passado também tem esta finalidade, nos ajudam a evitar cometermos os mesmos erros, baseado na experiência adquirida em fatos semelhantes. Mas o motorista não pode dirigir o veículo olhando apenas para o retrovisor, tem que se olhar para o trânsito a frente, as olhadas nos retrovisores são apenas momentâneas e não pode perdurar muito tempo, porque senão haverá uma colisão. Como diz um brocado atual: "a fila anda" e ficar parado no trânsito ou no tempo não leva a lugar algum, só atrapalha o fluxo normal. Mas muitas pessoas depois que acontece algum fato marcante em suas vidas, tais como uma morte, uma separação, uma ruptura de um namoro ou de uma boa amizade, parece que não querem dar prosseguimento em suas vidas. Preferem dali para a frente ficar remoendo o fato, para que a ferida nunca se cicatrize. A sua vida passa a girar única e exclusivamente no caso de uma separação litigiosa, em torno do acontecimento e muitos só pensam em se vingar e dar o troco, nada mais lhe interessa. Esta atitude é um tipo de doença paranoica, em que há uma obsessão fixa por algo, deixando de se viver pelos acontecimentos posteriores, que com certeza teria o poder de curar qualquer mal havido. Só que a pessoa assim, não deseja a cura, se alimenta de um ódio doentio, que infelizmente atinge não só a própria pessoa, mas todos os demais que convivem com ela ou que estão por perto. Portanto é muito triste quando alguém não consegue esquecer algum fato ruim e marcante de sua vida e passa a remoer tal situação pro resto de seus dias, que com certeza se tornarão miseráveis e solitários. Assim, se você vive remoendo o passado, não adianta chorar o leite derramado, ou a ferida causada, o jeito é levantar-se, sair do chão, dar a volta por cima e bola pra frente, pois a vida prossegue e com certeza pode nos trazer muitas alegrias é só você querer e estar disposto e aberto as oportunidades que por certo aparecerão.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
SE COBRAS TIVESSEM ASAS
São poucas as pessoas que convivem bem com as cobras. A maioria destas, são pessoas que trabalham em laboratórios, tais como o Instituto Butantan na zona oeste de SP, que cuidam delas em verdadeiros serpentários, com o fim primário de obterem o soro extraído de suas presas, como antídoto para cada veneno, além é claro daquelas pessoas que independente do aspecto de ser o animal venenoso ou não, tem uma simpatia especial por tais ofídios, tratando-os como animais de estimação e domésticos, deixando-os circular livremente por sua casa. Para a grande maioria no entanto, as cobras ou serpentes são animais repugnantes, peçonhentos que só inspiram pavor e medo. Ao verem uma cobra, independente de se ela é venenosa ou não, querem distância da mesma. Existem cobras enormes como a nossa sucuri, verdadeira anaconda, com cerca de oito metros de comprimento, que é capaz de engolir um bezerro ou outro animal de grande porte por inteiro. Depois disto ela fica entorpecida, passando muito tempo dormindo e fazendo a digestão. Outras são venenosíssima como as nossas corais, a cascavel e a naja uma serpente indiana, também conhecida como cobra-de-capelo, que mantem-se ereta para atacar as suas vítimas. Mas o máximo que algumas cobras fazem no sentido de voo e conseguirem pular de uma árvore para outra. Elas fazem isto, por achatarem ou comprimirem o seu corpo e depois o soltam de uma vez só, pulando assim de um galho a outro. Se bem que as najas quando ficam enraivecidas, ficam eretas, dilatam o seu pescoço para parecerem maior e ao fazerem isto, dá a impressão de serem aladas. Ainda bem que é só impressão, pois se rastejando as cobras já causam pavor, imaginem se pudessem voar. Deixando os ofídios de lado, existe um ditado popular que diz: "Deus não dá asas a cobra", querendo dizer com isto, que tem certas pessoas que não podem ter regalias, privilégios, ou ocupar qualquer posição de destaque, porque se assim o fizessem, era como dar asas as cobras, elas seriam muito perigosas. Elas próprias as vezes reconhecem isto ao dizerem, há se fosse eu no seu lugar, faria isto ou aquilo, mas Deus já não dá asas a cobras por causa disto mesmo. Nós que somos pais, ou temos alguém a nós sujeitos, ao notar certa tendência de que nossos filhos ou outros, estão se comportando de maneira arrogante, querendo humilhar ou menosprezar pessoas, temos como que "cortar as suas asas", para que eles se ponham no seu verdadeiro lugar, pois se deixarmos a coisa rolar sem nenhuma disciplina é como "dar asas a cobra". Sim, tem muitas pessoas que tem o aparente aspecto humilde, de ser submissa, mansa é porque nunca tiveram a oportunidade de estarem numa posição mais elevada, mas se acontecer isto, saia debaixo é como uma cobra com asas, ficam terríveis. Que nós próprios, fiquemos atentos para que nunca sejamos mordidos pelo veneno ofídico da arrogância, do orgulho ou outro qualquer enaltecimento, que vem antes do fracasso ou da derrocada. É muito bom ter a companhia de pessoas simples, humildes, que apesar da posição privilegiada que as vezes ocupam, não ostentam, nem alardeiam o que são. Mas que a nossa humildade seja verdadeira e não fingida, como uma pele de cobra, que de tempos em tempos é trocada por outra e aí pode aparecer a nossa verdadeira personalidade, aquela que estava oculta, que é peçonhenta e venenosa, tal qual o de uma cobra naja. Se isto acontecer, ou seja, se formos picados e contaminados pelo arrogância, mudando a nossa personalidade, pobre de nós, vamos nos tornar desprezíveis, peçonhentos, como cobras quase "aladas" que as pessoas por pavor, vão querer distância para não serem atingidas pelas maldades expelidas por nossas bocas, tais como cuspidelas de uma cobra venenosa, o que seria a nossa ruína total.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
COMO É BOM VIVER
Há dois anos e meio atrás no dia 5 de outubro de 2011, foi anunciada a morte de Steve Jobs, gênio e magnata da computação, fundador da Apple Computer, maior acionista da Pixar Filmes que detém os direitos autorais da Disney e de outras empresas, criador do iPhone, iPad e outras maravilhas do mundo virtual. Dono de uma fortuna invejável, mas nada disso impediu de que ele morresse cedo, aos 56 anos de idade. Fico eu, pensando num pobrezinho, que mora num paupérrimo barraco no alto de um morro qualquer, com quase nada de seu, mas ainda assim, hoje em melhor condição do que Steve Jobs. Isto porque, nada se compara a vida e com certeza se perguntassem a Steve antes de morrer, o que ele estaria disposto a pagar, por apenas mais alguns meses de vida, sem sombra de duvidas, ele diria que daria tudo o que tem, voltaria muito feliz a ser bem pobre tal qual o nosso morador de barraco. O simples fato de estarmos vivos, termos relativa saúde e poder usufruir das boas e belas coisas que existem e estão disponíveis a todos sem distinção alguma, não tem preço. Sim, a vida é o bem mais precioso que possuímos. Infelizmente muitos não dão quase nenhum valor a sua vida, desperdiçando-a em festanças e baladas regadas a muitas bebidas alcoólicas, usando fumo e drogas pesadas, em orgias sexuais e em esportes radicais onde colocam a sua vida em constante perigo. Só quando a vida começa a cobrar através de doenças, uma vida assim tão desregrada é que a maioria se dá conta do desperdício que foi sua juventude, pagando um preço muito alto por isto. Mas nós não queremos agir assim, esperar que algum mal nos aconteça para aí, passarmos a dar valor a saúde e a vida que usufruímos agora. Não é necessário muita coisa para se viver bem e ser feliz, aliás poucas são as coisas necessárias para tanto. Termos saúde, o que comer, o que vestir, um teto para morar, a companhia de pessoas amadas e amigos sinceros, já é o bastante para qualquer um ser muito feliz As outras coisas, tais como dinheiro, fama, poder, sucesso, muitas vezes ao invés de ser motivo de felicidade, o é de infelicidade. É sábio aquele que não se deixa enganar pelo poder enganoso e ilusório das riquezas, que não podem comprar sequer um dia a mais de vida, nem trazem real felicidade. Como bem o disse Steve: "Seu tempo é limitado. Por isto não perca tempo vivendo a vida dos outros". Assim sendo, sejamos apreciativos e valoramos a vida enquanto tivermos condições para isto, pois apesar de todos os problemas que existem no mundo atual, podemos dizer que a vida com tudo o que ela nos oferece e tem, é muito boa. Estarmos vivos e viver, não tem preço.
domingo, 2 de outubro de 2011
NADANDO NUM AQUÁRIO
Ha certos períodos da nossa vida, que parece que nada anda. É como se você estivesse, nadando num aquário, onde você nada, nada, mas não saí daquele confinamento. De vez enquanto também, nos sentimos como se tivéssemos preso numa enorme teia de aranha e quanto mais você tenta se desvencilhar mais enrolado na teia você fica. É assim que ando me sentindo ultimamente em algum aspecto da minha vida. Não é que eu não tenha um objetivo básico e fundamental com o alvo em foco ao qual busco alcançar. Este, apesar das considerações acima continuam se desenrolando e vejo a cada dia o caminhar das coisas para o desfecho desejado. Mas a vida, mesmo com um alvo a vista a nos orientar a que trajetória seguir, ela nos permite algumas nuances e participações que a tornam mais agradável, desde que não se perca o foco. Tenho tentado mas até agora deu em nada é só decepções e vejo que não é só eu que se sente assim. Pelos comentários que tenho lido e ouvido, são muitas as pessoas que como eu, estão assim perdidas não sabendo que rumo tomar em suas vidas no tocante a assuntos que envolvem sentimentos, tão necessários a uma vida saudável. Ao nos dar existência, o Criador, viu que não era bom que o homem ficasse só e forneceu-nos uma companheira, uma ajudadora e complemento. Quando isto acontece da forma a que foi proposta, trás felicidade e muitas alegrias. Infelizmente, houve um desvio de conduta, desvirtuando aquilo que seria bom e prazeroso para ambos, tornando-se um fardo tão enfadonho que a maioria não pretende carregar pro resto de suas vidas. Assim, casamentos que eram para durar pra toda a vida, duram as vezes míseros anos ou apenas meses, deixando sequelas e marcas que fazem os envolvidos, a pensarem duas vezes, antes de dar os passos para uma segunda tentativa. Outros nem tanto, com as facilidades hoje para um divórcio quando não há filhos, criou-se os casamentos rotativos e muitos embora ainda novos, já estão no quarto ou quinto casamento sem muita perspectiva de que este seja o definitivo. Entram e saem de um casamento, ou de uma união marital onde nem casamento há, como se fossem ao trocador mudarem de roupa. Não é normal esta forma de comportamento humano, já que envolve sentimentos e projetos de uma vida a dois. O rompimento de uma relação, por mais banalizado que esteja hoje em dia, causa crises emocionais profundas e alguém sempre sairá ferido e magoado, não acreditando mais no amor e na sinceridade de palavras ditas em momentos de paixão. Juras são quebradas com muita facilidade, por que não eram sinceras, nem tinham o objetivo de perdurarem para sempre. Assim, você e eu, que ainda acreditamos que as palavras ditas, devem ser compromissos assumidos e acompanhadas de atos e ações que a endossam, que acreditamos que a felicidade pode existir na união de duas pessoas que possuem os mesmos objetivos, que compartilham os mesmos sentimentos e tem a esperança de que a felicidade perfeita será alcançada em breve, que possamos afinal encontrar alguma saída deste aquário que nos prende no momento, fazendo a nossa vida parecer que está estagnada e não anda. Apesar de estarmos agora, baratinados e sem perspectiva à vista, que não desistamos nunca de procurar encontrar este tipo de felicidade e não quedarmos desanimados, achando que a felicidade é um estado imaginário e não adianta buscar.
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