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sexta-feira, 29 de julho de 2011

POR FAVOR, NÃO SE ESQUEÇA DE MIM!

Termos boas amizades faz a nossa vida valer a pena e ter sentido. Na verdade tais amizades são como um vício, depois que começamos ficamos totalmente dependentes delas, já não sabemos viver sem as mesmas. De repente, uma mal entendido, um ato impensado, uma palavra dita em hora errada ou alguma coisa que outros digam e lá se foi a amizade ralo abaixo. Aí, de uma hora para outra ficamos órfãos, desamparados e cheios de medo para encarar a vida sem a ajuda e proteção de um(a) amigo(a) querido(a).  Por mais que se faça para restabelecer os laços anteriores, sanando as dúvidas e mal entendidos, nada surte efeito. O rompimento se torna semelhante ao que acontece a um vaso frágil de porcelana chinesa atingido em sua base, é espatifado sem possibilidades de restauração. É em vão tentar colar os seus pedacinhos, sempre faltará algum pedaço que foi destroçado de forma irremediável. Não existirá mais a confiança de antigamente e tudo que se faça daqui pra frente será visto com um pé atrás, como se fossemos pessoas estranhas e até inimigos um do outro. Não haverá mais sintonia, cumplicidade e muito menos planos em comum, estes já foram para o espaço, agora daqui pra frente será cada um seguindo seu caminho. Como a vida continua e temos de viver, começamos então uma longa e penosa jornada só, tendo que juntar de novo pedra por pedra, a fim de edificar uma nova casa. Não é fácil. De vez quando, me vejo remoendo o passado, lembrando dias felizes em que compartilhávamos a amizade, projetos e sonhos, olhando juntos na mesma direção. Agora são apenas sonhos bons e nada mais, pois a realidade é outra, totalmente diferente, a vida se tornou sombria, cinzenta em preto e branco, sem nenhuma cor alegre. Seria reconfortante saber que, apesar do gigantesco muro de concreto que nos separou de forma insuperável, você não se esqueceu totalmente de mim. Ainda podem existir momentos agradáveis, que me tragam de volta a sua lembrança, como os dias de boa amizade e companheirismo que existiu, mesmo que aos poucos estes breves momentos irão se dissipando e se tornarão cada vez mais raros, como coisas vagas e remotas de um passado longínquo, que um dia foi muito feliz.      

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