A mulher e seu filho foram pegos de surpresa por uma grande tempestade, num local onde não havia qualquer tipo de proteção. Já estavam bastante ensopados, quando um carro para ao seu lado e o motorista lhes oferece uma carona. Vendo como única forma de sair daquela situação desesperadora, a mulher aceita e entra no carro com a criança. Algumas pessoas que estavam debaixo de uma marquise mais a frente, ao verem aquela cena, elogiam a atitude prestativa do motorista de ajudar a mulher e seu filho. No dia seguinte, estas mesmas pessoas que tinham elogiado aquele benfeitor, ao abrirem o jornal veem estampado na primeira página, a foto da mulher e seu filho que tinham sido assassinados, provavelmente por aquele motorista "bonzinho". Sim, muitas vezes por não termos o total conhecimento de um assunto, mas apenas alguns detalhes, tiramos as nossas conclusões e emitimos a nossa opinião, muitas vezes totalmente distorcida da realidade. Assim, julgamos alguém como bom ou como mau, baseado em apenas alguns fatos que aparentemente nos levam a crer ser a verdade. Vemos as coisas por uma pequena janela, que é o que os nossos olhos podem observar, não possuindo estes a visão periférica do todo. Também somos induzidos ao erro por alguns comentários ou pensamento expressos, como se isto fosse a total expressão da personalidade de alguém e não apenas uma faceta. Às vezes, as conclusões sobre uma pessoa nos são passadas por opiniões de terceiros, que sem motivo justo nos influenciam no julgamento de quem não conhecemos bem. A partir daí, criamos um preconceito ou mesmo aversão à pessoa. Sim, muitos julgamentos são feitos a base de conclusões superficiais, que estão em total desacordo com a verdade dos fatos. Os presídios estão cheios de pessoas inocentes que foram parar lá, por causa de pessoas que testemunharam fatos que aparentemente apontavam alguém como sendo culpado, quando na verdade não o era. Então, para não cometermos engano é sábio que, antes de tirar conclusões ou emitir opinião sobre um assunto, que procuremos nos certificar de todas as coisas. Que estas sejam vistas de vários ângulos e possibilidades, a fim de que sejam sanadas todas as dúvidas, para que o nosso julgamento seja o mais próximo da realidade e não façamos injustiças por conclusões precipitadas e erradas. Sabemos que, por mais que procuremos não errar, vamos cometer erros porque somos humanos, falhos e imperfeitos e isto reduz a nossa capacidade de entender o todo, principalmente se o que estamos querendo entender são coisas subjetivas, complexas. Isto não é motivo para não nos cercarmos de todos os fatos e conhecimento para que não julguemos pelo que meramente parece ser. Se assim o fizermos, certamente diminuiremos bastante as nossas chances de tirar conclusões erradas, de cometermos injustiças e depois nos arrepender. Não queremos ser o tipo de pessoa que pensa ou fala irrefletidamente sem ter uma razão sólida para as suas conclusões, as quais se baseiam apenas em conjecturas ou hipóteses. Que as nossas conclusões sejam sempre pautadas em bons alicerces, sem nenhuma dúvida, para que haja poucas margens de erro.
Muito bom o texto. Poderia ter colocado parágrafos para tornar fácil a leitura.
ResponderExcluirValeu Luiz Fernando M e obgdo pelas corretas observações, vou procurar fazer os ajustes apontados.
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