Volta e meia somos surpreendidos por notícias que nos chocam e suscitam muitas dúvidas e incredulidades. Foi assim que me senti ao ouvir os comentários daqueles que assistiram um programa de bastante audiência no último fim de semana, de que Suzane Richthofen que foi condenada sob a alegação de que junto com seu namorado havia matado seus pais, há cerca de uns dez anos atrás, agora havia se tornado "pastora evangélica". Algumas pessoas principalmente os evangélicos, comentavam eufóricos o fato, dizendo que isto era o poder de Deus de transformar pessoas e que para Ele nada era impossível, ou seja, alguém que comete um crime deste bárbaro, se converta e agora seja uma evangélica ao ponto de se tornar "pastora". A maioria no entanto fazia uma grande reprimenda a estas conversões feitas dentro dos presídios, onde criminosos famosos e de alta periculosidade, de uma ora para outra se tornavam pastores, mas com o fim único de terem suas penas abrandadas e saírem o mais rápido possível dos lugares onde estavam detidos. Não vou eu aqui, discutir o mérito destas "conversões" obtidas no fundo escuro de uma cela, porque só quem pode julgar de fato as pessoas é aquele que pode esquadrinhar os corações e isto eu não tenho capacidade. Mas tendo em vista a avalanche destas "conversões" e o que as pessoas tem feito depois que saem da prisão, tem gerado muitas dúvidas sobre a veracidade das mesmas. Eu, como advogado já presenciei de fato a falsidade de várias "conversões", levando a crer que no fundo elas eram apenas uma porta encontrada para os "convertidos" saírem dos seus cativeiros. A Bíblia relata algumas pessoas que se converteram e de fato mudaram seu proceder anterior. Um exemplo maior disto foi o Apóstolo Paulo, antes como Saulo de Tarso um ferrenho perseguidor dos primitivos cristãos, se tornou depois a pessoa que mais trabalhou em prol das boas novas e foi tenazmente perseguido por isto, tendo sofrido horrendos maus tratos a ponto de ser dado como morto por apedrejamento. Sim, o Apostolo Paulo que antes nunca havia sido preso como malfeitor, mostrou por atos posteriores que se tornara um verdadeiro converso e fiel seguidor de Cristo, aí sim, nesta condição é que foi parar nas grades de uma prisão romana. Muitas pessoas que se dizem "crentes" tem usado a Palavra de Deus de forma errada, as vezes a usam para justificar os seus ensinos e não o que o todo, ou seu contexto quer dizer. Usam textos que aprovam uma coisa que querem utilizar, como é o caso da cobrança do dízimo, mas omitem ou anulam outros que vão de encontro a eles. Vamos voltar ao caso de Suzane Richthofen que segundo notícias se tornou pastora. Tais notícias, nos dão conta de que ela não se tornou apenas uma "crente" recém-convertida mas já alçou voo ao título de "pastora", ou seja alguém que tem o poder de ensinar em público a outros. O simples fato de se tornar uma crente depois do hediondo crime praticado, já seria um grande avanço, mas ir além, a ponto de se transformar em guia para orientar outras pessoas, é bem incrível. Agora, será que as pessoas ou pastores que designaram ou nomearam Suzane como "pastora" conhecem ou aplicam o que a Bíblia estipula para tanto? Podemos dizer com toda certeza que não. O Apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, ou seja na Primeira carta aos Coríntios no Capitulo 14, versículos de 33 a 35 nos diz claramente o seguinte: "Pois Deus, não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as congregações dos santos, fiquem caladas as mulheres, nas congregações, pois não se lhes permite falar, mas estejam em sujeição, assim como diz até mesmo a Lei. Se, então quiserem aprender algo, interroguem a seus próprios maridos em casa, pois é ignominioso para uma mulher falar na congregação". Ou seja, a Bíblia não deixa dúvidas de que as mulheres jamais deveriam ter algum cargo de ensino nas congregações ou igrejas, tais como "pastoras". Infelizmente as pessoas que dizem usar a Bíblia como guia e orientação, não aplicam tal conselho e por conta disto vemos mundo afora muitas "pastoras" como é o caso de Suzane. Não é porque os tempos são outros e há por conseguinte hoje, uma igualdade entre homens e mulheres em vários campos, que a Palavra de Deus se tornou invalida, dando as mulheres um direito que a Bíblia, classifica como ignominioso, qual seja ensinar nas igrejas ou templos. É bom refletirmos sobre o assunto para não continuarmos sendo enganados por conceitos e ensinos humanos contrários aos que Deus estabeleceu na sua Palavra, os quais são imutáveis.
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