Quase todos os dias somos informados pelos meios noticiosos de que na igreja tal, aconteceu um escândalo financeiro ou de abuso sexual e pedofilia envolvendo não apenas algum membro mas a alta cúpula da religião. Isto já não nos surpreende mais, passou a ser um caso corriqueiro e banal, fazendo com que muitas pessoas de bom senso e de reflexão, passem a olhar para as religiões com muita reservas e restrições. Sim, a maioria das religiões passaram a ser guarida de lobos vorazes, que não tem o menor escrúpulo em cometerem crimes hediondos e tirarem dos seus membros, as ovelhas, aquilo que elas conseguiram com muito suor e trabalho e pasmem, tudo isto em nome de "Deus". Desde que alguns espertos descobriram o que Deus havia estabelecido para a nação de Israel, que era darem o dízimo para manterem aqueles que cuidavam do templo, na época os levitas, conforme se vê por exemplo, lendo o texto de Malaquias Capitulo 3, versículo 10, isto passou a ser a "galinha dos ovos de ouro" para eles. Assim, estava aberta a porta para a proliferação de inúmeras igrejas e religiões, uma em cada esquina, cujo fim básico era enriquecer os seus criadores e não para fornecer alimento espiritual aos seus adeptos. Para eles a sua máxima é: quanto mais a pessoa der em forma dinheiro ou bens materiais, mais terão como recompensa ou galardão nos céus. Sim, o céu que já havia sido leiloado em boa parte pela religião dominante, na época com a venda de indulgências, agora possuía outros leiloeiros quais predadores. Não satisfeitos com a cobrança de dízimos e mesmo tendo a isenção de impostos, muitas religiões na ânsia vertiginosa de terem cada vez mais, passaram a praticar outros crimes tais como: lavagem de dinheiro, estelionato, contrabando de produtos, superfaturamento de compras, sonegação em coisas devidas ao fisco, falsidades ideológicas, não prestarem informações fidedignas a receita e outros delitos tipificados como "crimes do colarinho branco". Sim, muitas religiões passaram a ser "verdadeiros casos de policia" ante aos crimes praticados por aqueles que estão na sua dianteira. Quando estes são apanhados por alguma denuncia, procuram esconder ou abafar seus crimes debaixo do tapete e só quando não dá mais, quando isto cai no domínio público é que "passam" a tomar alguma "providencia interna" mudando aqueles que estão em cargo de direção, alegando que estão apurando o caso para expurgar os possíveis erros cometidos. Ora, isto é brincar com a inteligência e ingenuidade, principalmente de seus membros, que são "obrigados a engolir" tais desculpas esfarrapadas, sem nenhum questionamento, já que os verdadeiros culpados, continuam por detrás no comando da religião, certos da sua impunidade por terem as costas quentes junto aos governos. É certo que em todos os lugares pode haver pessoas que tem índole ruim e praticam coisas más. Mas quando isto se torna não uma exceção mas uma regra geral, como tem acontecido na maioria das religiões, tem algo de muito podre e errado com elas. Jesus, que deveria ser o guia para estas religiões ditas como cristãs, já advertia, que pelos seus frutos conheceríamos se uma árvore era boa ou ruim. Não é o caso de um fruto ou outro de uma árvore ser ruim, que a estigmaria como uma árvore má, mas se no geral quase todos os frutos o são. É isto o que temos visto na maioria das religiões, quase todos os frutos são imprestáveis. Quanto a cobrança de dízimos, como é feito na maioria das igrejas o que podemos dizer sobre o assunto? Conforme já dissemos acima, isto era uma obrigação para as onze tribos de Israel que haviam recebido propriedades e bens, a fim de sustentarem a tribo de Levi, que não recebeu nada e só cuidava dos assuntos do Templo. Por isto, com fim da Lei Mosaica, os cristãos que não estavam mais debaixo de tal lei, deveriam contribuir agora de forma espontânea, naquilo que estivesse ao seu alcance para ajudar no aumento da obra de pregação e não sob compulsão, como é o caso da exigência do dízimo. A ordem dada pelo Mestre Jesus ao seus apóstolos a fim de conseguirem mais discípulos era, "de graça recebeste de graça dai". Ou seja, aquilo que haviam recebido de graça, da mesma forma deveriam fornecerem de graça instruções espirituais aos prospectivos discípulos e não tosquiarem as ovelhas, como fazem os líderes religiosos hoje. O apóstolo Paulo que foi um exemplo maior em gastar-se a favor dos seus irmãos espirituais, aconselha àqueles que efetuam o mesmo trabalho, que sejam seus imitadores, quando escrevendo aos Tessalonicenses, na Segunda Carta, no Capítulo 3, versículos 7 e 8 ele nos diz: "Porque vós mesmo sabeis o modo em que deveis imitar-nos, porque nós não nos comportamos desordeiramente entre vós, NEM COMEMOS DE GRAÇA O ALIMENTO DE OUTRO. AO CONTRÁRIO POR LABOR E LABUTA, NOITE E DIA, TRABALHÁVAMOS PARA NÃO IMPOR A NENHUM DE VÓS UM FARDO DISPENDIOSO". Sim, o Apóstolo Paulo que era fabricante de tendas por profissão (Atos 18:3), nunca dependeu de ninguém para efetuar o seu enorme trabalho de evangelização. O seu conselho é, que isto deveria ser imitado por àqueles que querem segui-lo, o qual por sua vez imitava o exemplo maior que era o do próprio Jesus Cristo. Quanto a ser preso ou levado a tribunais, Jesus alertou que isto aconteceria aos verdadeiros cristãos, não por serem malfeitores mas por causa de uma atitude louvável, qual seja darem a Ele e aos seus ensinos a primazia em suas vidas e não as autoridades seculares. Agora, ser preso por lavagem de dinheiro, estelionato, contrabando e outros delitos, não trazem nenhuma honra e sim um grande vitupério ao nome do Deus a quem eles dizem servir. Logicamente que existem exceções e os verdadeiros cristãos estão aí para provar, que existem árvores boas e que dão bons frutos, sem cobrarem nada de ninguém por seu trabalho abnegado em todas as partes da terra, assim como Jesus aconselhou aos seus seguidores fazerem. É bom refletir seriamente sobre o assunto.
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