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sexta-feira, 29 de junho de 2012

ARRISCANDO A VIDA

De vez em quando vemos alguma notícia de que alguém fez algo incrivelmente fantástico, como Nik Wallenda de 33 anos, que numa sexta-feira dia 15 de junho de 2012, atravessou numa corda bamba de aço as duas margens das cataratas do Niagara. Aquele pontinho minusculo, vermelho, quase invisível devido a grande nuvem de água e que está logo em baixo e no meio da foto acima é o Nik sobre as aludidas e majestosas cataratas, tendo levado trinta minutos para percorre-la de uma margem a outra. Sim tal feito é mesmo fabuloso e a família Wallenda é como diz o próprio nome, uma lenda neste respeito. Oriundo de uma família eminentemente equilibrista, onde o patriarca Karl Wallenda seu bisavô, fez feitos notáveis em vários circos famosos, como o número arriscado de uma pirâmide humana que andava de um lado ao outro numa corda bamba, não em baixo mas lá no teto do circo e também fazia a travessia em cabos de aços, entre vários prédios bem altos e sem nenhuma proteção. Hoje a garotada do slacklines, que povoam as nossas praças e praias com as suas brilhantes acrobacias sobre uma fita de nylon flexível, devem estar radiantes com tal feito. Mas não é só no equilíbrio que muitos se arriscam, assim não podemos esquecer do lendário Evel Knievel um dublê americano que arriscava a sua vida saltando de motos sobre vários ônibus, quase vinte carros e outros feitos fantásticos e que por conta disto tinha mais de 40 ossos do corpo quebrados. Algum tempo atrás vimos um outro feito fabuloso, um paraquedista brasileiro, Henrique Tapajós, o "Sabiá" soltando de um avião sem paraquedas, apenas contando que um companheiro seu, o pegasse no ar o que foi realmente feito e deu tudo certo. Sim, são muitos atos assim, que nos deixam de queixo caído ou de boca aberta ante a grande coragem que estas pessoas tem em desafiar o perigo, pondo em risco a própria vida por conta de um show ou espetáculo. Mas infelizmente muitos destes feitos acabam em tragédia e o que era para ser um grande espetáculo, vira uma triste crônica policial, relatando a morte brutal dos envolvidos. Numa apresentação dos Incríveis Wallendas num circo, lá nos idos anos 60, metade da família morreu  com a queda no número que faziam chamado de "pirâmide humana" sobre cordas bambas e que não tinha qualquer proteção para o caso de queda. O patriarca Karl, que ao cair em tal acidente quebrou a bacia, não se intimidou e continuou fazendo vários números arriscados, até que em 1978, ao tentar fazer uma travessia de 250 metros em um cabo de aço estendido entre dois prédios altos em Porto Rico e sem nenhuma proteção, veio a cair por conta do vento e de falha do equipamento, falecendo na hora. Mas quando vivo ele costumava dizer: "A VIDA É ESTAR POR UM FIO, TODO O RESTO DEVE ESPERAR", o que não lhe valeu muito, a não ser a fama de um dos maiores equilibristas. Diferente dele, já que não somos nenhum equilibrista famoso, nós as vezes também colocamos as nossas vidas em perigo, não de forma tão fantástica como os incríveis Wallenda, Knievel e o nosso"Sabiá" mas em coisas simples e bobas, menosprezando com isto, Aquele que nos deu ela, o Grande Criador e Sustentador da vida, este bem mais que precioso que possuímos. Assim, tenhamos cuidado com este valioso presente, esta dádiva maravilhosa que é a nossa vida, não a expondo em riscos desnecessários e muitas vezes fúteis, apenas para um exibicionismo barato perante algumas pessoas, pois caso venhamos a morrer por isto, daqui há algum anos ninguém se lembrará do nosso feito.

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