Sempre existiram pessoas que viveram como que fora do seu tempo e não foram entendidos ou compreendidos por seus contemporâneos. Passadas décadas, as vezes até centenas de anos é que uma geração posterior passa a compreendê-los e vê que se tratava de gênios, ou pessoas que possuíam uma habilidade nata ou algum diferencial de bondade e desapego pelas coisas mundanas que as distinguia das demais. Foi assim com Vincent Van Gogh, que viveu na metade do século XVIII. Enquanto vivia levou uma vida em extrema miséria, era tido como louco, passou fome, frio e não conseguia vender os quadros que pintava, na verdade em vida só conseguiu vender um. Hoje é considerado um gênio da pintura, seus quadros em número de 400, estão entre os mais caros do mundo, tendo apenas um deles, sido vendido em 1990, por nada mais nada menos do que 82,5 milhões de dólares. Sim, sempre houve pessoas assim, que em vida ninguém lhes dava o mínimo valor, tratavam-nas como loucas ou desprezíveis e eram praticamente escorraçadas da sociedade, ao ponto, como no caso de Van Gogh, de num ato tresloucado suicidar-se. Com a sua morte e passados alguns anos, aquilo que ela fazia ou dizia passa a ser melhor observado e... Eureka! Alguém descobre, ela era um gênio, ela estava com razão. Aí é um deus nos acuda para poder resgatar o que ela pensava e como isto estava bem à frente de seu tempo. Normalmente as pessoas sábias não são bem compreendidas pela grande maioria das pessoas de seu tempo, porque parece que a sua linguagem é um dialeto diferente do cotidiano. Elas falam coisas que aparentemente não batem com o pensamento geral das pessoas comuns. As suas obras e consecuções são consideradas aberrações e sem lógica. Foi assim com Giordano Bruno, Copérnico, Galileo Galilei, Vivian Mayer e tantos outros. Na Bíblia, também há o relato de dezenas de pessoas que não viviam de acordo com a maioria, por isto foram perseguidas, torturadas, apedrejadas, serradas em pedaços, abatidas pela espada, andavam vestidas de peles de ovelhas e de cabras, passaram necessidades, sofreram tribulações, maus tratos e concluindo sobre tais pessoas na Cartas aos Hebreus Capítulo 11, versículo 38 o Apóstolo Paulo diz: "e o mundo não era digno deles". Sim, as pessoas ali alistadas, neste citado Capitulo 11 de Hebreus, para a maioria dos seus contemporâneos eram até mesmo repudiadas por Deus, quando na verdade, elas é que tinham a sua aprovação. O próprio Apóstolo Paulo foi considerado uma peste, ponta de lança da seita dos nazarenos e por conta disto foi severamente perseguido. As vezes, não são apenas indivíduos que isoladamente são incompreendidos pela sociedade, mas todo uma comunidade. Para os judeus que achavam serem ainda o povo escolhido de Deus, os primitivos cristãos eram considerados como uma seita nova que causava divisões e falava coisas que não estavam de acordo com os Grandes Profetas. Muitos séculos depois, outros também não quiseram compartilhar os erros de seus contemporâneos, como Pedro Valdo e seus seguidores, os Valdenses que começaram a trilhar o caminho da verdade, sendo perseguidos tenazmente, pelos que diziam ser guardiães da fé. Hoje a história se repete. Muitos em nome de Deus, perseguem aqueles que procuram seguir as pisadas de Cristo, que eles os perseguidores alardeiam serem seu Senhor. Por conta disto e quase sempre instigados por "autoridades eclesiásticas", são enviados para campos de concentração, são encarcerados, são perseguidos num país após outro, não por que sejam maus cidadãos mas por sua neutralidade em assuntos políticos e a sua aderência primária as ordens de Deus estabelecida em sua Palavra, do que a dos homens. Muitos chegam à prova máxima de sua fé, que é encararem a morte, mas não a temem porque tem a fé inabalável num Deus Supremo, que lhes pode resgatar até mesmo da morte, trazendo-os de volta a vida num planeta restaurado, através da ressurreição, sim, para estes seres, o mundo em que vivemos, que os odeia e persegue como se fossem amaldiçoados, não é digno deles.
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