Há algum tempo atrás, estive para comprar uma casa muito boa perto da casa de minha filha que é casada. Ela possuía seis quartos, três deles eram suítes, uma cozinha de uns cinquenta metros quadrados, um grande salão, varandão em toda sua volta, num anexo lavanderia, quarto de empregada com banheiro, sauna, churrasqueira. Tal casa estava edificada num terreno plano, arborizado e gramado, com garagem para três carros, tudo isto por apenas cento e oitenta mil reais. Razão desta pechincha: A casa não possuía qualquer documentação, ela foi construída num terreno de posse e o vendedor só possuía comprovantes de que á posse era antiga, com mais de dez anos. Como para mim não haveria muitos problemas, pois como advogado estou acostumado a descascar abacaxis bem piores, falei com o vendedor que me interessava o imóvel, só faltando alguns ajustes para capitalizar o valor pleiteado já que com o imóvel assim, não poderia pleitear financiamento para adquiri-lo. Estava assim descansado, fazendo dinheiro, achando que o aludido imóvel seria meu, pois para mim eu era a única opção para o vendedor da casa, já que do meu ponto de vista, ninguém se interessaria arriscar cento e oitenta mil reais num imóvel em tais condições, sem escritura, sem "habite-se" com total falta de documentos comprobatórios da propriedade. Passados alguns dias, vejo pessoas estranhas na casa, só então percebo que a casa havia sido vendida a terceiros e muito triste constato, que eu não era a unica opção do vendedor, haviam mais pessoas interessadas em correr o risco para ter aquela bela casa, que com a documentação acertada, valia perto de seiscentos mil, com o acréscimo de uma piscina então, chegaria fácil a setecentos mil. "Dormi no ponto" por achar que era a única opção, com isto perdi um excelente negócio. Em outros campos da vida, também achamos que somos a melhor ou a única opção para alguém e ficamos descansados, como que dando tempo ao tempo, esperando que a outra parte praticamente nos implore o nosso amor, quando de repente somos pegos de surpresa, ao descobrimos que havia um concorrente com mais capacidade que nós e não titubeou em arrebatar aquele prêmio que nós havíamos negligenciado e dado pouco valor. Sim, é muito triste quando isto acontece, vermos escapulir por entre nossos dedos algo valioso, que já contávamos como nosso, deixando passar uma oportunidade que com certeza jamais voltará atrás. Assim, a vida tem me ensinado algumas coisas, muitas delas de forma dolorosa que é: Não se supervalorize, achando que é a melhor opção para alguém e que outros não estão interessados na pessoa que maltratamos e desprezamos. Pior ainda é achar que somos a única opção para alguém sair de uma situação solitária, raciocinando no íntimo, se não for comigo vai ficar "pra titia". Minha vó já dizia, que há sempre um chinelo velho para um pé doente. Desta forma devemos estar atentos aos que nos rodeiam e demonstram por palavras e atos que nos querem bem. Tratemos tais pessoas bem, retribuindo a atenção e o carinho recebido. Não devemos ficar absortos em devaneios pensando ou tentando adquirir algo que reportamos como melhor e só depois quando damos com os "burros n`água" é que pensamos voltar à nossa atenção para aquela pessoa que deixamos em "stand by". É um comportamento perigoso, pode ser muito tarde e veremos com tristeza que perdemos a oportunidade de ter alguém que nos amava, já que não éramos a melhor e muito menos a única opção dela.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
O 'FIM' SEGUNDO OS MAIAS
Embora noventa e oito por cento das pessoas não acreditem na previsão feita pelos antigos povos que viviam nos países onde hoje ficam Honduras, Guatemala e o sul do México, conhecidos como "Os Maias" uns quase dois por cento acham mesmo, que amanhã dia 2 l de dezembro de 2012, haverá o fim do Mundo, ou como alguns outros dizem, será o começo de uma Nova Era. Esta civilização a dos Maias, possuía dois calendários, um religioso e outro agrícola, ambos baseados no período lunar, razão porque os seus meses eram de apenas vinte dias. Sendo assim, como algumas pessoas chegaram a esta conclusão, baseados no calendário Maia de que amanhã, dia 21 haverá o fim ou o recomeço de uma nova era? Isso se deu porque "os Maias", diziam que a cada período de 3.172 anos, ou 61 vez de 52 anos solares, acaba-se um ciclo e começa-se outro e um destes ciclos cai exatamente no dia 21 de dezembro de 2012. Alguns outros entendidos na civilização Maia, dizem que este ciclo, ocorre a cada 5.125 anos, havendo assim certa divergência entre eles, como se contabiliza o aludido tempo. Segundo eles, do centro de nossa Galáxia, a Via Láctea, partira uma luz solar muito forte que atingirá o nosso planeta, ao ponto de mudar os nossos pólos e com isto mudar completamente a raça humana a partir do dia 22 de dezembro. Embora não se possa dizer que Os Maias, foram povos incultos e sem nenhuma ciência (pois as tinham em boa medida), ainda assim eram povos primitivos, politeístas e adoradores do sol, por achá-lo como governante das atividades humanas. Deixando de lado este "fim" predito pelos Maias, sempre houve na história humana notícias e datas do "Fim do Mundo", por conta disto muitas pessoas, nas ocasiões marcadas, chegaram até a cometerem suicídios e fizeram outras desgraças para não assistirem tal ato. Sempre que se fala neste assunto, os oportunistas de plantão, fazem algumas ligações com Nostradamus, agora estão dizendo que em uma de suas "profecias", fala que a trombeta do livro bíblico Apocalipse, estará coincidindo com a bilionésima visualização da música Gangnam Style do rapper coreano Psy, segundo alguns matemáticos, esta bilionésima visualização do vídeo pode ocorrer no dia 21 de dezembro. Estas coisas todas, me lembram a história de um menino, que foi designado para ficar de vigília a noite para avisar aos donos de animais, sobre o ataque de lobos aos seus rebanhos. Ele não era muito chegado a verdade e assim, por diversas vezes, alardeou a chegada de lobos para atacarem ao rebanho, os donos dos animais ficavam à postos prontamente, mas eram falsos os seus alardes. Quando os lobos vieram mesmo, ninguém deu importância aos seus gritos e vários animais foram devorados. Me parece que o Inimigo da Vida, tem incentivado estes falsos alardes, para as pessoas ficarem descontraídas e acharem que nada irá acontecer. Não estou dizendo com isto que acredito num fim do mundo, mas naquilo que foi dito pelo Filho de Deus, Jesus Cristo, que assegura que haverá um fim destas coisas como as conhecemos, ou este sistema de vida, não o fim de nosso Planeta Terra. Sim, haverá uma limpeza mundial de pessoas que praticam o que é errado, sendo tirado dela todas as pessoas ruins, quais malfeitores, para que os mansos possam herdar a Terra e viver nela para sempre. Embora vivamos bem perto deste dia, Jesus nos asseverou, que nem Ele, nem os Anjos sabem o dia e a hora que isto ocorrerá, apenas o Seu Pai Celestial tem a data certa para efetuar tal limpeza drástica, o que significará a morte para bilhões de pessoas, quais refugos imprestáveis, enquanto para outros que fizeram ás mudanças necessárias será o início da vida eterna, neste planeta restaurado. Que tenhamos bem em mente estes fatos!
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
LUTANDO CONTRA A MARÉ ADVERSA
Já faz um bom tempo, cerca de quatrocentos anos, quando Sir Isaac Newton, o grande físico e matemático inglês, conseguiu dar uma explicação científica para o fenômeno das marés, a subida e descida das águas do mar que acontece todos os dias, num período de doze horas e alguns minutos. Esta oscilação tem a ver com a força de campos gravitacionais de corpos celestes que atuam sobre nossa Terra, que é o da Lua e do Sol. Assim, quanto mais perto estes corpos estão, mais oscilações acontecem. Logicamente que a Lua, por estar muito mais próxima da Terra, tem uma atuação maior na variação das marés, que quando alta se chama maré cheia ou preamar, quando está baixa maré vazante ou baixa mar. Os surfistas gostam de saber quando a maré está alta ou baixa para terem um melhor desempenho, assim para eles o melhor é quando ela estiver crescendo e não totalmente cheia e também quando estiver diminuindo, que é onde eles pegam as melhores ondas, isto normalmente acontece no horário das oito da manhã ao meio-dia, não que em outros horários não se possa também surfar. Jack Johnson, um cantor e também surfista, diz em uma música antiga de Bob Marley, "High Tide or Low Tide", que estaria com seu amigo na maré alta ou na maré baixa da vida. Sim, a nossa vida tem estas mesmas oscilações ou fases, alta e baixa. Assim, quando somos jovens possuímos algum dinheiro ou bens e alguma fama, estamos na "maré alta". Nesta fase temos muitos amigos, somos paparicados, convidados pra festas e outras regalias da vida. Também nesta época quase não precisamos lutar para nos manter em pé na nossa "prancha" da vida, temos a proteção e a ajuda de várias pessoas, que nos seguram e praticamente imploram a nossa presença. Mas, como tudo na vida, há as marés baixas ou vazantes, ocasião em que já não temos aquilo que nos fazia aglutinar pessoas. Nesta baixa mar, ao aparecerem problemas e dificuldades, as primeiras coisas a "vazar" são as amizades interesseiras ou de falsos amigos. Neste período de baixa mar temos de lutar arduamente para nos manter em pé na nossa "prancha" sem as águas das amizades que nos ajudavam. Temos de ter tenacidade para não sucumbirmos e morrermos afogados ou tragados por algum "tubarão" tanto simbólico como literal, como aconteceu com a surfista havaiana Bethany Hamilton, que perdeu um dos braços surfando no Kauai perto de sua casa, mas nem por isto perdeu a sua determinação e fé, pois com um único braço se tornou campeã mundial. Aí sim, mostramos a nossa garra e disposição de vencermos obstáculos, também veremos quem são os nossos amigos de verdade, aqueles que estão conosco na maré alta e na maré baixa, sabendo de antemão que os falsos são como ratos, serão os primeiros a nos abandonar quando as coisas ficarem ruins, assim como acontece literalmente quando um navio está indo à pique. Que sejamos perseverantes em continuar lutando contra tal maré baixa adversa, sabendo que a preamar sempre volta depois de um tempo de maré vazante, é só esperar o ciclo natural.
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