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terça-feira, 23 de abril de 2013

PORQUE AS PESSOAS NÃO ESTÃO DEMONSTRANDO O DEVIDO RESPEITO A DEUS


Vivi boa parte de minha infância numa pequena cidade do interior em que as nossas melhores roupas eram usadas para irmos a igreja. Assim, tanto os professos católicos como os protestantes se esmeravam em comparecer aos cultos de maneira sóbria mas digna que a ocasião exigia. Os homens católicos iam quase todos de sapatos e camisas sociais, além de paletó ou um blazer, a única formalidade que se permitiam é que eles não usavam gravatas. As mulheres iam de vestidos sociais ou de saias que lhes cobriam bem abaixo do joelho, as blusas tinham mangas três quartos, tudo no maior recato. Os varões protestantes iam aos cultos, com roupas sociais completas, ou seja, além do terno usavam gravatas em sua indumentária. As mulheres evangélicas, usavam vestidos ou saias que se estendiam até os pés, blusas de golas alta, mangas que lhes cobriam todo os braços. O respeito era tanto, que alguns varões que andavam de cavalo ao passarem por uma igreja, tiravam o chapéu em reverência e ficavam assim enquanto transitavam em sua frente. Depois já numa cidade grande como o Rio, as coisas não eram tão diferentes, o respeito dos que iam aos templos eram a regra. Hoje as coisas mudaram completamente, já não há nenhum respeito quando se vai aos cultos tanto nas igrejas católicas como nos templos protestantes, nem há diferenças visíveis entre os frequentadores de uma crença com a de outra. Poucos são os que vestem adequadamente nestas ocasiões. A maioria dos que assistem aos cultos religiosos, vão de tênis, calças jeans ou bermudas e camisetas polos. Algumas mulheres, principalmente as mais novas, chegam ao ponto de irem de mini saias curtíssimas, blusas também curtas aparecendo a barriga e decotadas tanto na frente como atrás. Estas roupas seriam próprias para um piquenique, um acontecimento esportivo como um jogo de futebol ou assistir um show musical mas nunca para um local de adoração, onde se alardeia estar na presença de Deus. Não pode se esperar o uso de um traje adequado a alguém que é convidado e vai pela primeira vez a uma reunião ou a um culto religioso mas sim dos que já frequentam ha bastante tempo e são batizados como membros. Os líderes religiosos, não fazem nenhuma objeção a este comportamento inadequado para não espantarem as suas prospectivas "ovelhas", pois preferem ver a casa "cheia". Eles acham que este trajar despojado e a música estridente tocada por conjuntos de jovens cabeludos é o que tem atraído as pessoas as igrejas e não mais as mensagens do púlpito. Assim para eles, mais vale a quantidade do que a qualidade. Agora você que frequenta uma igreja, vestido desta maneira informal, como se fosse a uma recreação, será que iria com esta mesma roupa numa audiência com um Juiz? Iria pedir uma audiência para conversar com o Governador de seu Estado ou com o Presidente da República com esta mesma roupa que você vai a igreja? Com toda certeza que não. Para início de conversa, você nem entraria no Forum, seria impedido logo na porta pelos guardas, que lhe mostrariam um cartaz onde se diz: É proibido o traje de bermudas, shorts, sandálias e outras roupas inadequadas para o ambiente. Com o Governador e o Presidente da República, você seria barrado pelos seguranças e nem passaria perto do prédio muito menos chegaria até sua sala, se estivesse com a mesma roupa informal que você vai a sua igreja ou templo. Agora analise: Se para uma autoridade de poder limitado você tem que se vestir adequadamente ante a sua presença, imagine na presença da maior autoridade de todo o Universo e não de apenas um País, um Estado ou de uma Comarca, deveria ser uma roupa menos digna?  É claro que não, perante a sua presença deveríamos nos vestir bem melhor, pois a sua autoridade é muito mais elevada do que a de qualquer ser humano por mais importante que este seja. Você que trata a Deus com desrespeito por sua indumentária em que vai aos cultos, leia o que o Criador e Pai escreveu e pensa sobre coisa similar, no livro do Profeta Malaquias, no Capitulo l Versículos de 6 a 8. Sim, o Verdadeiro Deus e Pai, que é Grandioso merece consideração, respeito e reverência, muito maior do que qualquer Presidente, Governador ou Juiz de um Tribunal qualquer em que você tenha de comparecer perante a sua presença. A culpa maior por este comportamento indigno das pessoas para com Deus, recai sobre aqueles que deveriam instruir a maneira correta de como se portar os membros de suas igrejas nos locais de sua pretensa adoração e não o fazem. É uma coisa a se considerar o porque de tal negligência, pode estar envolvido coisas muito mais sérias, que invalidariam totalmente a sua adoração.  

segunda-feira, 22 de abril de 2013

NINGUÉM É UMA ILHA ISOLADA


                               
O grande poeta e pensador inglês John Donne, que viveu na Idade Média de 1.572 a 1.631, disse a frase acima, titulo deste link, pois segundo ele, todos fazemos parte de um continente ou de um oceano, ou seja dependemos uns dos outros, não há como sermos completos em nós mesmos. Infelizmente algumas pessoas se esquecem desta grande verdade e acham que podem viver sem depender de ninguém. Essas pessoas acham que o poder ou a riqueza que acumularam durante a sua vida lhes dá a liberdade de serem como um "deus", não precisando de nada ou de ninguém, que eles próprios se bastam e podem ter tudo o que quiserem. Outras pessoas o são assim, por serem orgulhosas e jamais gostariam de demonstrar a sua necessidade de outros para preencherem as  suas vidas, por isto se isolam, como se fossem uma ilha num oceano qualquer, que não precisam dos habitantes ou das coisas do continente para sobreviver. Coitadas, são as pessoas mais infelizes que existem, pois apesar de possuírem isto ou aquilo, não são completos em si mesmo, todos dependemos uns dos outros as vezes em coisas bem simples. Um fato inconteste é que dependemos de outras pessoas para sermos felizes e completos, pois felicidade e amor só existem quando há com quem compartilhar e são coisas que não se compram. A maior felicidade que existe é fazermos outros serem felizes em especial as pessoas que amamos, pois como nos disse o Maior Mestre, há mais felicidade em dar do que em receber. Sim, compartilhar com outros as nossas consecuções e sucessos, bem como sermos consolados por outros em momentos de pesar e dor é muito reconfortante e animador, nos fazem mais humanos e ao final mais felizes. Nesta viagem da vida, todos fazemos parte do mesmo navio e o que acontece a um compartimento dele sobrevêm à todos, não há como não se importar com isto ou achar que nada nos sucederá, por sermos ricos ou poderosos e estarmos num nível superior. Ainda que na nossa vida tenhamos o bastante, que nos dá a falsa impressão de uma auto-suficiência, seremos obrigados a aceitar o fato incontestável de que na morte, precisaremos de coisas simples como pessoas que carreguem o nosso corpo até o nosso túmulo e ali dependeremos da grande misericórdia do Criador para nos trazer de volta a vida, caso Ele ache que merecemos uma outra oportunidade, para demonstrar que estamos dispostos a engolir o nosso orgulho e arrogância de apreendermos a grande lição de que ninguém é uma ilha que possa viver isolada do continente, que são as demais pessoas.     

QUANDO AQUILO QUE SEMPRE FOI ERRADO PASSA A SER CERTO


Atualmente o mundo está repleto de filosofias de como viver a vida e encontrar a felicidade. Existem milhares de livros de auto ajuda que procuram nos indicar o caminho de como, ter amigos, sermos ricos, angariarmos o amor, sermos bem sucedidos no trabalho, termos sorte, adquirirmos um belo corpo e termos saúde, enfim encontrarmos a tão sonhada e desejada felicidade. Apesar de todas estas informações hoje disponíveis a quase todas as pessoas, estamos cada vez mais infelizes. Nunca o mundo viveu um período de tantas dúvidas, incertezas e depressões emocionais que as faz buscar alívio e refúgio em bebidas alcoólicas, drogas e remédios antidepressivos. Os consultórios dos psiquiatras e dos psicólogos andam lotados de pessoas que querem encontrar as respostas e os remédios para os seus males. Desesperadas as pessoas passam a beber águas de fontes pouco confiáveis, emanadas de filosofias humanas errôneas que tentam explicar o porque das coisas mas não tendo o pleno conhecimento destas apontam para direções equivocadas. Os seu conselhos normalmente são: façam tudo que lhe faça feliz ou se há amor tudo vale, independente de sua forma. Outros vão buscar a ajuda em outros locais como na religião e passam a assistir certos cultos onde há um grande apelo a emoção. Como as suas informações sobre isto são poucas ou quase nenhuma se deixam levar pelo apelo emocional e a catarse geral, que os espertos "guias" exploram e dela tiram proveito ficando milionários. Assim, ao invés de usar a razão para poder decidir e escolher o que é bom, aceitam qualquer coisa que alivie a sua pesada consciência de práticas erradas. Estes falsos guias embora possuam o manual de como encontrar a verdadeira felicidade, evitam abordar assuntos que possam diminuir o número de adeptos, aceitando assim em seus templos, quaisquer pessoas que são praticantes de coisas condenáveis por Deus, tais como fazerem sexo sem estarem casados e outras tidas por Ele como perversões. Aquilo que sempre foi condenado é agora aceito por tais líderes, como uma evolução do modo de viver das pessoas e que tudo vale desde que haja amor e a pessoa seja feliz. Ora, será que o Verdadeiro Deus mudou a sua forma de pensar e que aquilo que ele condenava no passado, agora Ele aceita como "evolução dos tempos"? Será que os motivos que o levaram a destruir cidades como Sodoma e Gomorra, (Gênesis cap.18 vers. 20 ao cap.19 vers. 25) agora não seriam motivos para tanto? Aquilo que Ele disse mais à frente para os cristãos, como práticas que as condenaria à morte como expresso no livro de Romanos Capítulo 1 versículo do 24 ao 32, não tem mais validade, pois os tempos hoje são outros e o que importa agora é a pessoa ser feliz, independente do que faça. A Palavra de Deus diz que Ele não muda como a sombra que numa hora está num lugar e depois de algum tempo em outro, conforme se vê no livro de Tiago capítulo 1, versículo 17. Assim, do ponto de vista de Deus, aquilo que sempre foi errado e condenado por Ele, nunca passará a ser aceitável e correto, devido a modernidade ou evolução do tempos, porque senão Ele teria de pedir desculpas aos habitantes de Sodoma e Gomorra por tê-los destruídos por aquilo que agora Ele não considera como erro ou pratica condenável. Por termos plena consciência de que os julgamentos de Deus são justos, eternos e não há nenhum erro nele, podemos com toda certeza dizer que isto nunca acontecerá. Assim, nós é que temos de nos adequar o nosso modo de viver as normas de Deus e não ao contrário, considerando errado o que sempre Ele considerou como tal e nunca irá mudar. Portanto lembre-se, não é porque agora a maioria das pessoas passam a  considerar uma coisa como certa que ela o é de verdade e sim o que Deus sempre disse expressamente sobre o assunto. Um coisa é certa o que o homem semeia isto é o que colhe e o que temos colhido nestes últimos tempos não é nada bom, demonstrando de forma inequívoca que as sementes que temos lançado como forma de viver moderna ou como dizem "evoluída" são coisas imprestáveis e nunca trarão real felicidade. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

HÁS DE ME SEGUIR ROBESPIERRE...


Era o dia 5 de abril de 1794, quando o ex Ministro da Justiça Francesa, Georges Jacques Danton, a caminho da guilhotina, passou pela casa de Robespierre o seu acusador e principal articulador de sua sentença de morte e disse a profética frase título deste link. Pouco mais de três meses, no dia  27 de julho do mesmo ano, Robespierre foi decapitado. Na França na Era do Terror que se seguiu a revolução francesa, muitas cabeças rolaram em cima do cadafalso, por conta de que seriam pessoas corruptas e inimigas da pátria. Robespierre, que era conhecido como o Incorruptível, sofreu na pele da mesma forma como agira contra pretensos corruptos, não teve um julgamento, simplesmente foi condenado à morte, sem direito a defesa. Nos regimes de exceção em que as leis não são respeitadas e os cidadãos não tem seus direitos garantidos, sendo violados princípios básicos, há sempre aqueles que se arvoram como "salvadores da pátria" e por isso se acham acima da lei, cometendo com isto muitas atrocidades e crimes bárbaros em defesa de uma possível preservação do bem público. As pessoas comuns que não tem acesso as informações necessárias para um julgamento correto, acham a princípio muito bom e salutares as medidas tomadas, quando poderosos são expostos a execração pública nos meios noticiosos, acusados de crimes contra o erário. Chegam mesmo a aplaudir quando vem alguém de "colarinho branco" ser enfiado num camburão como pessoas e criminosos comuns. Não estamos aqui defendendo os poderosos que praticam crimes hediondos contra o povo e que portanto merecem e devem ir para a cadeia pagar por seus crimes, mas o que se defende é que haja um julgamento justo a fim de coibir abusos e que a lei seja cumprida e não que em nome de uma moralidade e virtude pretendida se viole a lei e os direitos dos cidadãos. Por que quando uma lei é violada por aqueles que deveriam defendê-la, seja a que título for, ninguém tem mais garantia de nada, há uma corrente de erros em nome de indícios e de um possível crime. Assim um crime é cometido em nome de outro que se quer punir. Quem não se lembra dos "anos de chumbo" de nosso país, em que muitos foram mortos sem nenhum julgamento, apenas porque discordavam do poder reinante e apontavam um outro caminho que era o da legalidade. Na época, muitas pessoas apoiaram tais condenações, achando que deveria mesmo haver um expurgo daqueles maus cidadãos que estavam contra aquele regime que se apresentava como defensor da moral e dos bons costumes. Os salvadores da pátria de ontem são considerados hoje como os maiores algozes do país por terem violados de maneira absurda os direitos básicos das pessoas, onde muitos inocentes foram executados sumariamente sem qualquer julgamento. Infelizmente, parece que o país está voltando a uma era obscura, tenebrosa em que um poder se arvora acima dos outros como baluarte e defensor da moralidade e virtude, desrespeitando as leis e agindo de modo arbitrário e prepotente contra tudo e todos, não havendo ninguém imune aos tentáculos deste monstro que se diz , "paladino da justiça". A história sempre se repete, quando não há julgamentos justos e as decisões são tomadas na calada da noite de maneira ilegal, sempre haverá cabeças inocentes rolando, misturadas com criminosos de verdade. É sempre bom lembrar que o mais inocente dos homens que já pisou na face da terra, foi condenado a uma morte dolorosa assim, na calada da noite sem um julgamento. Por isto, você que se coloca no lugar de um Robespierre, o Incorruptível, cuidado para não ouvir um Danton a lhe dizer: - "Hás de me seguir Robespierre" e você mais à frente, termine seus dias como um grande malfeitor por violar a lei em nome da moral que você defende com tanto rigor.       

segunda-feira, 15 de abril de 2013

UM BONDE CHAMADO SAUDADE


Outro dia estava recordando alguns bons momentos de quando era adolescente e eu tinha de ir a zona sul do Rio fazer algum serviço e pegava um bonde para chegar ao local. Trabalhava num escritório de contabilidade na Treze de Maio no Edifício Darke e ali perto no Tabuleiro da Baiana, havia um terminal de estação de bondes que iam para a citada zona sul da cidade. Assim, em dias quentes onde não havia muita pressa no trabalho que teria de fazer, era muito melhor ir de bonde, pegando o frescor de um transporte arejado do que ir num ônibus quente e cheio ou ficar esperando um tempão um "lotação" que tivesse lugar. Normalmente sempre pegava o bonde da linha 13 que ia até Ipanema. Depois de sair do Largo da Carioca, ele pegava a Rua Senador Dantas e depois da Praça Paris ia sempre pela direita margeando os bairros da Glória, Catete, Largo do Machado, Flamengo, Botafogo e ai atravessava o Túnel Novo até chegar meu destino que era Copacabana, onde eu saltava antes do bonde parar, dando aquela corridinha para não cair. Era muito divertido e exigia alguma perícia para saltar como eu as vezes fazia, de costas. Muitas vezes viajava no estribo e quando o bonde parava em algum ponto eu descia também e ficava no chão sem olhar para o condutor (cobrador) até que o motorneiro desse nova partida e assim ia até o meu destino, normalmente nestas ocasiões eu, mal orientado, não pagava a passagem. Era muito intrigante e gozado ver o condutor se pendurando no balaustre de fora do bonde, fazendo a cobrança das passagens, sem fornecer nenhum comprovante do pagamento, tendo apenas a sua memória como garantia dos passageiros que já haviam pagos. Havia alguns bondes que tinham um outro vagão acoplado, era o reboque, em que o mesmo condutor  fazia a cobrança, indo de um vagão a outro, balançando e fazendo tilintar as moedas para receber a passagem, que eram depois registradas puxando  uma cordinha tantas vezes, de quantos passageiros havia recebido. Diziam as más línguas, que esse registro não era perfeito, pois se recebia de cinco, ele só registrava umas três. Só não valia tal viagem nos dias de chuva, pois com certeza chegaria molhado a não ser que fosse no meio do bonde, pois tanto de um lado em que se podia abaixar uma cortina de couro, como do outro que era impossível fazer isto, se a chuva fosse de vento atingia  quase todos os passageiros. Mesmo assim era muito bom, viajar nos trilhos me parece que da Light a empresa dona de tais linhas de bonde. De vez em quando, fico vendo algum filme em que a ação se desenrola em São Francisco no Estado da Califórnia e vejo aqueles lindos bondes coloridos descendo e subindo as incríveis ladeiras daquela cidade americana e aí é que a saudade aumenta. A modernidade e o empenho em ajudar a nossa recém criada indústria automobilística, fazendo-nos comprar carros, baniu da cidade os nossos saudosos bondes, só restando praticamente o de Santa Tereza, pois os mínis-bondes do Pão de Açúcar e do Corcovado não contam como tal, são apenas transporte para turistas e não para o povão, assim como eram os que tinham até um nome bastante adequado para o que de fato eles traziam a todos os seus usuários, como era o Bonde 56, o Alegria!!!.        

sexta-feira, 12 de abril de 2013

QUANDO JESUS PASSOU A SER DEUS PARA MUITOS?

Como assim? Me perguntarás atônito você que é um professo cristão, que sempre ouviu dizer e acredita piamente misto, de que Jesus Cristo é o Deus a quem você dirige as suas orações e busca amparo nas horas mais aflitivas de sua vida. Atordoado com a pergunta título continuarás me indagando: - Houve época em que Jesus não era Deus e depois passou a sê-lo? Por mais incrível que pareça sim, a crença de Jesus como sendo o Deus para os professos cristãos é recente, tem menos de 1.700 anos. Mas quando se deu isto? O que o próprio Jesus pensava sobre isto? Para sabermos as respostas vamos fazer um analise criteriosa nas Escrituras Sagradas, que é a base do cristianismo e também ver o que a História Universal tem a nos dizer sobre o assunto. Diferente de outras nações em volta que possuíam e adoravam muitos deuses, a nação de Israel povo bíblico pactuado com Deus através do Patriarca Abraão, tinha apenas um único Deus. Eram monoteístas, adoravam apenas o Deus, representado pelo tetragrama IHVH. Ele próprio lhes disse através do Profeta Moisés da sua unicidade, como está transcrito no livro de Deuteronômio capítulo 6 versículo 4: "Escuta, ó Israel, Jeová nosso Deus, é um só Jeová". Então para a nação de Israel não havia outro Deus ou uma trindade de Deuses, mas um só, que era Jeová, ou como alguns tradutores vertem o tetragrama para Iavé ou Javé. O próprio Jesus Cristo, repetiu estas mesmas palavras de Deuteronômio no evangelho de Marcos, capítulo 12, versículo 29. Jesus Cristo em nenhum momento se arvorou ser Deus ou como fazendo parte de um Deus trino. Quando lhes ensinou a orar, não disse "seja feita a nossa vontade" e sim "seja feita a Tua vontade". Também no Livro João Capitulo 8 versículos 17 e 18,  Jesus diz que o testemunho de duas pessoas é contado como coisa verdadeira, assim o testemunho dele e de seu Pai é veraz, o que confirma de maneira irrefutável, a existência de dois seres distintos. Por inúmeras e diversas vezes Ele disse, que o Pai era maior do que Ele; que o Pai era seu Deus a quem Ele louvava publicamente; que havia coisas que só o Pai sabia e Ele não; que estava na terra para fazer não a sua vontade mas a vontade de seu Pai que estava no céu; quando lhe chamaram de bom, Ele refutou tal adjetivo, dizendo que bom era seu Pai. Embora numa ocasião Ele dissesse que o Pai e Ele eram um, o que poderia gerar alguma confusão, depois mais a frente no mesmo evangelho, Ele explicou o sentido da frase dizendo: Para que todos sejam um, assim como eu e o Pai somos um, conforme se vê em João 17:21. Havia tal união ou afinação entre Ele e seu  Pai, que era como se eles fossem uma só pessoa, união esta como deveria existir também entre todos os cristãos, embora muitos mas se unidos na mesma fé e propósito seriam também como um só corpo ou pessoa. Assim, como ser distinto, Jesus Cristo, sempre disse que era o Filho de Deus e não o próprio Deus um ser maior e seu Pai. Alguns talvez argumentem que enquanto na carne Jesus era Filho, mas depois nos céus junto ao Pai, seria parte Deste. Não é o que Ele pensava, pois após ser ressuscitado e já como criatura espiritual Ele disse categoricamente a Maria Madalena, "Para de agarrar-te a mim. Porque não ascendi para junto do Pai. Mas, vai aos meus irmãos e dize-lhes: "Eu ascendo para junto de meu Pai e vosso Pai, e para meu Deus e vosso Deus" conforme se vê no evangelho de João Capitulo 20 versículo 17. Sim, Jesus jamais deixou de reconhecer que o seu Pai era o Verdadeiro Deus e que Ele próprio lhe prestava adoração. Desta forma, os primitivos cristãos nunca tiveram qualquer dúvida de que o Deus bíblico da nação Israel, Jeová  era o Pai de Jesus Cristo e também seu Deus e que era o único ser que merecia adoração. Que ele Jesus era o Cristo, ou o prometido Messias, o Filho de Deus um ser menor, que havia sido criado e enviado por Este para resgatar a humanidade e portanto sujeito a Ele. O apostolo Paulo, escrevendo aos Colossenses no capítulo 1 versículo 15, falando sobre Jesus diz: " Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação". Sim, Jesus foi a primeira coisa criada por seu Pai Jeová. Enquanto o Pai, sempre existiu, não teve princípio, o Filho teve um inicio, foi criado ou gerado por seu Pai Celestial, bilhões de anos antes de Ele vir a terra e nascer como humano. Jesus espelhava as notáveis qualidades de seu Pai Celestial, ao ponto de se conhecer o seu Pai através dele. Por mais fidedigna que seja a imagem de alguém ela sempre será a imagem e não a coisa em si. Infelizmente após a morte de todos os apóstolos, como havia sido predito, haveria uma apostasia ou um afastamento das verdades bíblicas por introduzir-se nela ensinos falsos, amalgamada com coisas pagãs. Assim, em 325 da nossa Era Comum, o monarca Constantino que era um recém convertido do paganismo e do qual nunca se afastou de fato, convocou um Concílio em Niceia, para estabelecer uma unidade da religião agora dominante e do estado mas que estava fragmentada em várias dissensões doutrinárias. Entre estas, havia uma discussão sobre a origem de Jesus, alguns defendiam aquilo que o próprio Jesus sempre disse a seu respeito, de que era o Filho de Deus e não o próprio Deus, era a facção do bispo Ario. Do outro lado haviam aqueles que diziam ser Jesus, o próprio ser Divino ou a essência ou substância do Próprio Deus e portanto igual a Ele, era a facção do bispo Atanásio. Assim, o Imperador Constantino, vendo nesta última facção um poder maior de aglutinação de pessoas e territórios, fez valer a sua autoridade, por endossar o ponto de vista do bispo Atanásio, criando o chamado Credo Atanasiano ou a Doutrina da Trindade. Desta forma, Jesus que até então era o Filho de Deus, a partir do ano 325 de nossa era comum, passou a ser o Deus Filho, parte de uma trindade de Deus, contrariando a unicidade e identidade monoteísta da nação judia, de um Deus único. Com isto estabelecido, ou seja de que Jesus era ou passou a ser Deus, teve que se omitir e erradicar o nome divino do Deus da Bíblia, nos seus mais de 7.000 textos bíblicos em que ele aparecia, passando a usar-se no seu lugar apenas "Senhor" e este representa Jesus Cristo, o qual passou do ano 325 para cá, a ser o único Deus conhecido e adorado por quase todos os professos cristãos, com exceção de apenas um povo, que leva o nome próprio do Deus da Bíblia. Estes reconhecem o grande papel de Jesus como o mediador entre o Verdadeiro Deus e os homens, sabem que as orações só chegam ao Pai por intermédio dele. Reconhecem que Jesus é o Rei designado por Deus para governar a terra até que todas as obras do Diabo sejam desfeitas. Que Ele deu a sua vida perfeita, como sacrifício ou resgate por todos, sendo portanto o único salvador da raça humana, livrando-as do pecado herdado e que portanto merece todo o agradecimento por tal ato impagável que nos salvou das garras da morte. Assim Jesus tem seu mérito por isto mas seu Pai e Deus Jeová tem um mérito maior. Foi Ele o idealizador e executor do plano para salvar a humanidade do castigo da morte, enviando não qualquer anjo mas o seu melhor, seu amado Filho Unigênito para que com sua morte dolorosa sacrificial pudéssemos ganhar a vida eterna. Assim seremos eternamente gratos a Jesus, mas quanto adora-lo como Deus por conta disto não. Ele próprio refutaria veementemente tal ideia, pois nunca tentou usurpar tal prerrogativa ou direito de seu Pai, já que a adoração ou devoção é coisa exclusiva pertencente somente ao único Criador e Verdadeiro Deus, seu Pai Celestial, conforme está expresso no livro de Apocalipse capitulo 4, versículo 11. Se você tem alguma dúvida sobre as alegações acima, consulte os textos citados na sua Bíblia, leia algum livro da Historia Universal sobre os fatos aqui narrados ou faça uma pesquisa nas páginas do Google. Aí sim, você descobrirá por análise própria e não induzido por alguém como até mesmo pelo editor deste blogg, se há base para um questionamento levantada na pergunta título ou se aquilo que você sempre acreditou de que Jesus sempre foi Deus e não a partir de 325 da EC, deve prevalecer.

                       

sábado, 6 de abril de 2013

ACREDITAR É FÁCIL, JÁ CONFIAR AS VEZES É BEM DIFÍCIL



Conta-se a historia de que um famoso equilibrista depois de atravessar uma imensa e alta cataratas, caminhando por um cabo de aço flexível estendido de um lado a outro desta, foi abraçado e interpelado por uma entusiástica senhora que lhe disse, nunca ter duvidado de que ele não pudesse realizar tal grande feito. O equilibrista lhe agradeceu e perguntou se ela acreditava que ele pudesse voltar e atravessar de novo tal cataratas, desta vez levando um carrinho de mão. Ela lhe disse imediatamente que sim, que acreditava na sua capacidade de fazer tal travessia de uma forma segura, mesmo levando um carrinho de mão. Em adição ele lhe perguntou se ela acreditava que ele pudesse fazer tal travessia, levando agora um saco de areia de setenta e cinco quilos, dentro do aludido carrinho. Mais uma vez ela lhe disse categoricamente e sem pestanejar que não tinha nenhuma dúvida disto. Aí, mais uma vez ele lhe perguntou se ela que acreditava tanto nele, confiaria agora em ir dentro do aludido carrinho de mão e fazer a travessia sentada no lugar do saco de areia. Nesta altura meio triste, ela não lhe respondeu nada e foi embora cabisbaixa. Sim, acreditar é fácil, enquanto confiar é as vezes muito difícil. Isto porque confiar exige quase sempre a participação no ato, enquanto acreditar nem tanto. Conosco as vezes acontece esta coisa de acreditarmos quase piamente numa coisa mas quando postos a prova, principalmente quando nossa vida está em jogo, retrocedemos e deixamos de confiar naquilo que alardeamos acreditar. Isto porque acreditar em algo é uma coisa subjetiva, enquanto confiar as vezes é a crença posta em prática ou em prova. Sim, quando confiamos plenamente em algo, sem quaisquer resquício ou sombra de dúvidas é a materialização daquilo que acreditamos. É a prova de fogo da crença, que quando ultrapassa um grande obstáculo, fortalece ainda mais aquilo em que acreditamos. Infelizmente a maiorias das pessoas acreditam em certas coisas, até certo limite e desde que não lhe ponham a prova estas mesmas coisas. Assim, como o exemplo acima da senhora nos relata, ela acreditava bastante em tal equilibrista não tendo nenhuma dúvida sobre sua capacidade de vencer tais grandes obstáculos mas quando chamada para comprovar a sua confiança de forma concreta, ou seja, entrar no carrinho e fazer a perigosa travessia, esta se desvaneceu e não suportou a prova. Assim, queremos que as nossas crenças que são alicerçadas em coisas sólidas à base do raciocínio lógico e que já demonstrou ser plausível por diversas provas ultrapassadas, nos levem a total confiança em nada duvidando, mesmo que a nossa vida venha ser posta em jogo, por confiarmos irrestritamente sem reservas naquilo que acreditamos como verdade.