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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ISOLADO NA MINHA 'SIBÉRIA"


A Sibéria constitui boa parte do território russo, ou seja, mais da metade dele. Lá tem um dos climas mais frios do mundo, onde a temperatura chega fácil aos quarenta graus negativos. É uma imensidão de território gelado, com vasta área de estepe ou vegetação baixa, sem árvores. Agora imaginem, um enorme país gelado e sem árvores, é uma visão devastadora e sombria, para nós acostumados com muito sol e uma vegetação luxuriante dos trópicos. Muitos dos dissidentes políticos dos governos comunistas da antiga Rússia foram enviados para a Sibéria, como se tivessem sido mandados para um campo de concentração longínquo, sem direito ao retorno. Há algum tempo atrás, por perseguição religiosa, alguns cristãos também foram expulsos das metrópoles russas e enviados para a Sibéria como castigo. Embora tivessem perdido tudo o que possuíam em sua cidade natal, não perderam a alegria na obra cristã e aproveitaram a chance e começaram a fazer muitos discípulos em tal região, ou seja, o tiro do governo saiu pela culatra, pois várias congregações foram criadas em tais locais, onde não havia nada. Sim, a Sibéria já foi um local de castigo, hoje nem tanto, mas ainda é um país de grandes contrastes, de difícil acesso e muito distante do nosso, tendo uma diferença de fuso horário de 13 horas. Para compensar tanta frieza há o calor humano dos seus habitantes, que se esmeram na hospitalidade e gentilezas com os que lá visitam. Mas, às vezes, a nossa "Sibéria" é aqui mesmo, na nossa cidade, na nossa rua ou até mesmo na nossa casa, onde por algum motivo, somos como que isolados ou esquecidos das pessoas. É um verdadeiro castigo estar em tal "Sibéria", é como se não existíssemos. Nada dói mais do que ser ignorado ou não levado em conta, é como se já estivéssemos mortos, apenas não temos plena consciência disto, por insistimos em viver ou simplesmente respirar. Sim, são muitas as formas de "Sibéria", algumas delas vamos por vontade própria, desejando nós mesmos isolar-nos ou dar um tempo a sós em nossas vidas. Outras vezes não, esta situação nos é imposta, como uma retaliação por algo que fizemos ou acham que fizemos. Neste caso, se foi indevida ou houve um erro de avaliação é muito triste. Me lembro de um cantor que durante alguns anos dominou o cenário musical brasileiro, levando ao delírio milhares de fãs num show que fez no Maracanãzinho, quando nem era o astro principal do evento. Era um verdadeiro maestro das massas, que dominava como ninguém, fazendo todos cantarem o seu refrão. Quando estava assim no auge de sua carreira, aconteceu um fato policial envolvendo seu nome e de uma hora para outra aquele manipulador das massas se viu só,  rejeitado e esquecido por todos, como se tivesse sido mandado para a "Sibéria" do ostracismo. Passou quase vinte anos de sua vida no mais completo anonimato, sem nenhum trabalho como cantor, apesar de todo esforço que fez para provar a sua inocência. Houve um verdadeiro boicote à sua pessoa. Por conta disto, entrou em depressão, passou a beber, se tornou alcoólatra e morreu de cirrose hepática, ele não aguentou a sua "Sibéria". Às vezes também me sinto isolado na minha "Sibéria". Quando isto acontece, tento ver o mundo além do muro de isolamento que me é imposto, não me permito ficar restrito ao meu local de cativeiro. Sempre que posso alço voo na minha imaginação, para locais onde eu tenha a companhia de pessoas que me querem bem e não me desprezam

domingo, 18 de novembro de 2012

REFUTANDO O CÓDIGO DA VINCI

O filme baseado no livro do escritor americano Dan Brown, "The Da Vinci Code", tem como argumento básico a pintura de Leonardo da Vinci "A Última Ceia", onde o Apóstolo João, em tal tela teria as feições femininas e seria na verdade Maria Madalena, uma das mulheres que acompanhavam Jesus Cristo. Assim, segundo Dan, Jesus não teria nenhuma origem divina, tendo tido relações com Maria Madalena, a qual ficara grávida de uma menina e que isto ficou acobertado por seitas secretas e a Igreja Católica Romana. Não é de hoje que o Inimigo da Vida tenta tirar do Filho de Deus a sua natureza divina, fazendo dele um homem qualquer, com necessidades comuns de nós humanos, a ponto de ter relações com uma anterior prostituta, Maria Madalena, que depois de conhecer o Mestre mudou o seu modo de viver. Pra começar, Leonardo da Vinci viveu cerca de 1.500 anos após a morte de Jesus e por mais que fosse uma pessoa culturalmente polivalente, com uma gama de conhecimentos e domínios em vários campos, por isto era tido como cientista, matemático, escultor, arquiteto, músico, escritor, pintor, poeta e outras coisas mais, porem não tinha nenhuma noção verdadeira de quem fora Jesus Cristo, a sua imagem e a de seus apóstolos, já que bebia de uma fonte adulterada pela apostasia reinante. Se olharmos o quadro "A Última Ceia" de Da Vinci, vemos nela uma "imagem" de Jesus Cristo com cabelos compridos e uma tez clara, quando se pode dizer com toda certeza que Jesus não era assim. Como todo habitante da região do oriente médio, Jesus era moreno e não claro. Também não possuía cabelos compridos como muitos pensam e o próprio Da Vinci também pensava, como retratou em tal quadro. Porque podemos asseverar com tanta certeza isto? Porque se Jesus tivesse cabelos compridos, o Apóstolo Paulo não escreveria em sua Primeira Carta aos Coríntios, Capitulo 11, versículo 14, onde lemos: "Não ensina  a própria natureza que, SE UM HOMEM TIVER CABELO COMPRIDO, É UMA DESONRA PARA ELE". Paulo  jamais escreveria tal coisa se seu Mestre tivesse cabelos compridos, como muitos até hoje pensam. O que Dan e outros desconhecem é o verdadeiro conhecimento da  Palavra de Deus, nela  vemos o motivo básico do envio de Jesus Cristo à nossa Terra, que era morrer e resgatar a raça humana do pecado herdado, devido ao erro dos nossos primeiros pais, Adão e Eva. Como os nossos primitivos pais eram seres perfeitos, era necessário que viesse alguém também perfeito, no caso Jesus Cristo, para que pudesse pagar o preço justo exigido, de "alma por alma". Nenhum humano, por conseguinte, teria tal condição, pagar na mesma medida, já que todos nós herdamos a imperfeição. Assim, no tempo devido, o Seu Pai Celestial enviou o seu Filho Primogênito e Unigênito, Jesus Cristo, que embora nascesse no ventre de uma mulher, Maria, mas não tinha nenhuma influência humana nisto. Ela serviu apenas como meio para o nascimento da criança. Assim, Jesus não era um homem comum como nós, que precisamos de sexo e outras coisas para termos uma vida normal. Ele era um Ser que já vivera bilhões e bilhões de anos junto com Seu Pai Celestial nos céus, até que Este, no tempo devido, transferiu a sua vida para o ventre de uma mulher, a fim de como humano, na nossa semelhança, dar a sua vida perfeita, morrendo para nos resgatar do pecado herdado. Após a sua morte, Jesus voltou de onde saíra para conviver com o Seu Pai Celestial, ficando à direita Deste e não sendo parte Deste, como ficou estabelecido no Concílio de Nicéia, no ano de 325 EC, através do Dogma ou  Doutrina da Trindade, tudo sob a influência e poder do Imperador Constantino, de que fala Dan em seu livro "The Da Vinci Code", e da qual não discordamos nesta parte, pois o próprio Jesus Cristo jamais asseverou que era o Deus Verdadeiro e sim o Filho Deste e que o seu Pai  e  seu Deus era maior que Ele. Apesar de não ter lido o livro (com certeza um bestseller em vendagens e público) nem ter visto o filme, sei através de comentários e das críticas, que seu conteúdo é de uma ignorância absurda, com relação a de que Jesus Cristo não teria origem divina e com isto, suscitado uma prole, o qual refutamos neste link.  

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

E SE...

Todos nós, em algum momento da vida, nos perguntamos o que seria de nossas vidas, se em tal coisa ou fato, nós tivéssemos tomado uma outra decisão. Sim, são tantas as coisas que seriam bem diferentes, se tão somente mudássemos pequenas coisas, como ir por um local ou por outro. Aí ficamos questionando se aquela decisão foi acertada ou a melhor e quais seriam as consequências se fosse outra. Por conta disto, nos vemos confrontados com muitos, "e se...". Infelizmente, depois de uma decisão tomada, não importa se ela é boa ou ruim, basicamente, não há retorno, pois o que passou, passou, já era. Assim, vamos ter que aturar dali pra frente os erros de uma má decisão e em nada ajudaria pensar que se fosse outra, as coisas seriam bem melhores e, por conta disto, ficarmos choramingando pela nossa desditosa sorte. A vida é assim mesmo, temos de atuar sem ensaio ou decidir na bucha, como num tiro no escuro, é o que der e vier. Assim, errando em algumas e acertando em outras, vamos decidindo o que fazer ou como atuar em certas ocasiões. Apesar de termos consciência disto, logicamente, como todo ser humano, somos curiosos e gostamos de imaginar hipóteses, assim ficamos, às vezes, tentados a imaginar o que a vida poderia nos reservar, caso tivéssemos feito isto ou aquilo de forma diferente. Nesta situação, vamos criando um mundo imaginário, onde vamos excluindo as coisas ruins e só vendo as coisas boas que tal hipótese nos concederia. Sim, quem uma vez ou outra não se imaginou vivendo uma vida com base naquilo que deixou de fazer ou decidir, indo por outro caminho, que agora achamos que teria sido a melhor escolha? Sim, isto acontece com todos nós, mas como já dito acima, depois de uma decisão tomada, é uma estrada sem volta, temos que continuar vivendo, tendo que conviver ou aturar decisões precipitadas ou más escolhas feitas. Assim, estas duas palavras: "E SE...", têm uma conotação de primariamente admitirmos um erro e, a partir daí, ficarmos lamentando por tal decisão que fez a nossa vida ir numa direção que não gostamos, dando ela com os "burros n'água". Sim, por pequenas coisas simples, deixamos de ser ricos, famosos, ter uma boa família e um belo lar, em resumo, ter o mundo aos nossos pés. Hoje não passamos de pessoas pobres, desconhecidas e rejeitadas pela sociedade, pelo simples motivo de lá atrás e na hora certa, fizemos uma escolha equivocada. Ah, mas foi por pouco! Quase que eu dou o pulo do gato e saio desta vida insignificante, bastava um pequeno acerto para a minha vida se enquadrar nestas duas palavras, "E SE...". Aí eu seria quase um "rei" e não este pobre coitado que sou pra muitas pessoas. Mas... pensando bem, eu não a  trocaria por outra, por melhor que pudesse ter sido, pois apesar de tudo estou vivo, tenho relativa saúde e alguns bons amigos, alem disto, trabalho quando eu quero e naquilo que eu gosto.