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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ESTE POVO HONRA-ME COM OS LÁBIOS MAS SEU CORAÇÃO...

Nestes dias do final de ano, parece que a maioria das pessoas se sentem imbuídas de um espírito fraterno e procuram demonstra-lo fazendo doações, abraçando inimigos, dando presentes, alimentando alguns famintos, visitando os pobres enfim passam a ter uma atitude cristã. Mas será que ser um verdadeiro cristão e só isto ou há algo mais envolvido? Sim, as coisas alistadas acima são muito boas mas não é tudo para se ser um bom cristão. Isto porque muitas pessoas que nem religião tem, mas por serem boas de índole e coração também fazem isto e até em grau maior. Além disto, a maioria das pessoas, passada esta época, voltam a fazer coisas  detestáveis, totalmente diferente. Caem na gandaia, exploram os pobres, ignoram os famintos, odeiam seus inimigos e tudo mais que não deveriam fazer. São cristãos de fachada, apenas por  alguns dias. O verdadeiro cristão o é,  todos os dias do ano e em todos os aspectos de sua vida e não apenas quando se vai a igreja ou templo ou em certas ocasiões, tornando-se um "cristão sazonal". Por exemplo, durante a primeira guerra mundial, no calor do confronto entre  tropas aliadas e alemães, deu-se uma trégua no dia 25 de dezembro de 1914, parando os soldados britânicos e alemães de atirarem uns contra os outros, entoaram cânticos de natal e até se confraternizaram. No dia seguinte, dia 26, voltaram a matar uns aos outros. De que valeu tal trégua? Serviu para as partes raciocinarem sobre as suas atitudes e pararem de se matar? Não, voltaram com mais gana e espírito guerreiro praticando atrocidades. Assim, também acontece com as pessoas que nestes dias ficam como que "cristianizadas", é só por um breve período. Logo, logo voltam a ser o que sempre foram. Também Jesus disse que não adianta falarem sobre ele, dizerem que o amam, se é só da boca pra fora, pois não o amam de verdade, já que não fazem a sua vontade. Por isto ele disse no evangelho de Mateus, no capítulo 15 versículo 8; "Este povo honra-me  com os lábios mas o seu coração está muito longe de mim"  Sim, o verdadeiro cristão além de serem bons, procuram fazer a sua vontade, que é irem pregar e fazer discípulos, ensinando as pessoas sobre as verdades bíblicas e não apenas fazendo caridade como se isto bastasse ou fosse a coisa essencial. Tanto isto é verdade que, em outra passagem do mesmo livro de Mateus, agora naquele  que  é chamado de o Sermão do Monte, Jesus disse, que muitos diriam "Senhor, Senhor não profetizamos em teu  nome e não expulsamos demônios em teu nome e não fizemos muitas obras poderosas em teu nome? Contudo lhes confessarei então, nunca vos conheci. Afastai-vos de mim, vos obreiros do que é contra lei". Se você não faz o que Ele ordenou  que se fizesse neste tempo do fim, todo o seu empenho é um trabalho em vão, pois não foi isto que Jesus disse para seus discípulos fazerem. Não adianta dar um peixe a uma pessoa faminta, logo, logo ela estará com fome  de novo. O melhor que se tem a fazer neste caso é ensina-la a pescar, assim ela nunca mais passará fome literal. Da mesma forma, quando se alimenta espiritualmente uma pessoa, através do ensino deixado por Jesus e os seus apóstolos, ensinando-as sobre as verdades vitalizadoras da Palavra de Deus, ela nunca mais passará fome ou sede espiritual, nem será enganada pelos aproveitadores que ao invés de pastorearem o rebanho de Deus, saqueiam e tosquiam as suas ovelhas, tirando proveito delas. Então o que Jesus espera dos verdadeiros cristãos hoje em dia é que o honrem não apenas com os seus lábios, cantando ou falando dele, mas de coração, vivenciando em suas vidas o verdadeiro cristianismo, não apena em certas datas, mas como um estilo de vida, fazendo a sua vontade, que é pregando e ensinando as pessoas a fim de conhecerem a verdade que poderá lhe dar a vida eterna, tornando-a livre de doutrinas e ensinos falsos e dos aproveitadores.  

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O IMPÉRIO DA MEDIOCRIDADE

Estamos vivendo um período de uma pobreza cultural sem precedentes na história das artes, não em um mas em todos os seus seguimentos. Nunca houve uma época assim, onde a expressão de cultura desceu a um nível tão baixo. Seja na música, no cinema, no teatro, nas artes plásticas, em livros ou qualquer outra forma de expressão, o que se vê é uma avalanche de mediocridade. Parece que todos os bons artistas ou morreram ou deixaram de produzir seus trabalhos, sucumbidos que foram por um tsunami anti-cultura. O que impera agora  é o vulgar, o chulo, o barato, a falta de criatividade, uma pasmaceira geral, uma falta de ebulição e de efervescência para liberar pessoas e obras de valor. Enquanto a década de sessenta foi rica na produção cultural, o que estamos presenciando agora é uma enxurrada de basbaquice, de cópias mal feitas, de cover e de falta de originalidade. Não há mais um Andy Warhol ou um Jean Michel Basquiat para nos surpreender com seus trabalhos e conceitos inovadores de arte. Um Pablo Picasso ou um Salvador Dali para vermos que corpos podem possuir formas diferentes, cubísticas e surrealistas. Mesmo no nosso continente, possuíamos poetas e escritores do quilate de um Pablo Neruda, de um Jorge Luis Borges, de um Gabriel Garcia Marquez e do nosso Jorge Amado que nos brindavam com suas obras literárias. No cinema havia Jean-Luc Godard que ainda é vivo mas está inoperante, um Luis Buñuel, um Federico Fellini, um Michelangelo Antonioni, um François Truffaut, um Bergman, um Glauber Rocha, que mesmo no entretenimento da telona nos faziam pensar a fim de separar o que era realidade da ficção. Um Augusto Boal que nos mostrava a luz para um teatro contemporâneo e vigoroso, o teatro dos oprimidos, para não falarmos do nosso dramaturgo maior, Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha. Na música então aí é que a coisa despencou ladeira abaixo. Não há mais beleza musical, não há mais harmonia, não se houve os  acordes sincopados de um jazz, de uma bossa nova ou de um blue. O rock expressão maior de uma juventude rebelde e que tanta inovação trouxe ao cenário musical,  foi substituído pelo sertanejo, pelo axé, pelo funk e por  pagode pobre de rima e versos. A falta de nomes que inovassem, ou de algum gênio criativo que nos tirasse do obvio e corriqueiro, fez proliferar o banal, o medíocre, os Justin Bieber, as Lady Gaga, os Restart e os Calipsos da vida, com isto deu-se enfase ao que é ruim, enchendo a bola das duplas sertanejas e também na mesma toada, a dos cantores solos do mesmo gênero, as cantoras de axé e até as da música gospel com as suas estridentes vozes vociferantes. Todos faturando horrores, como se fossem astros de primeira grandeza, por conta da mídia estúpida que só pensa nos lucros, fabricando assim tais fantoches, que são aclamados por um público alienado e de um mau gosto musical que chega as raias da boçalidade. Sim,o que vemos é a mediocridade imperar, dominando a todos, nos empurrando goela abaixo o que é intragável, o plágio, o lixo absurdo que tais "artistas" produzem. Andy Warhol que conseguiu fazer arte até em latas de sopa, vaticinou que no futuro todos teriam os seus quinze minutos de fama, só não conseguiu prever que muitas pessoas, sem nenhuma luz ou brilho próprio, teriam não quinze minutos, mais dias e mais dias expostas como sendo famosas, em horários nobre na telinha da tv, nos reality shows. É duro ter de aturar isto!

domingo, 18 de dezembro de 2011

TEM BANANA NA BANDA, A ERA LEILA DINIZ

A década de sessenta tanto no mundo como no Brasil, trouxe várias mudanças no comportamento das pessoas, principalmente das mulheres, que passaram a exigir mais liberdade, liberdade para fazer sexo sem se casarem, de falar palavrões, de fumarem, enfim terem o mesmo mau comportamento que os homens possuíam. Como ícone deste tipo de atitudes, surge no cenário uma professora de primário, nascida em Niterói mas já morando no Rio. Seu nome LEILA DINIZ. Ela é protagonista de várias novelas da Globo, é estrela em vários filmes, atua no teatro "rebolado", da entrevista "bomba" no mais lido jornal da juventude rebelde "O Pasquim", torna-se rainha da banda de Ipanema, casa-se por duas vezes, quebra tabus, desfila  de biquini  grávida numa praia,  fala mais palavrões que qualquer outra mulher anteriormente, foi  mencionada em música, tem uma filha e morre num acidente aéreo na Índia quando retornava para casa. Tudo isto, numa breve vida de vinte e sete anos. Por levar tal tipo de vida pagou um preço alto. Depois de ter sido artista da Globo, esta rescindiu o seu contrato, não mais a querendo em seu quadro, por achar que não havia nenhum papel que se enquadrasse na sua forma de viver. A censura passou a perseguir a imprensa depois de sua entrevista ao aludido jornal, levando ela por alguns, a culpa  por isto. Embora tivesse casado ou vivido com dois diretores famosos, sua filha ficou praticamente orfã com a sua morte, tendo sido criada por amigos. Sim,  o preço que pagou por sua "pretensa" liberdade foi muito grande. Num comparativo quadro do binômio custo/benefício, este último foi muito pequeno ao custo que arcou, por sua atitude irreverente.  Não vamos dar uma de moralista, criticando este ou aquele seu ato, que embora a tenham tornado como precursora de um estilo de vida copiado até hoje por muitas mulheres. Mas isto não lhe rendeu frutos palpáveis ou uma vida sossegada e feliz, apenas a admiração de algumas pessoas, principalmente de homens que gostariam que "todas as mulheres do mundo" agissem assim, de serem "livres" para fazerem o que quiserem,  principalmente no tocante a sexo, desde que estas não fossem suas mulheres ou suas filhas. O ponto alto de sua carreira e  fama,  foi quando atuando como uma linda e estilizada Carmen Miranda de biquini em "Tem Banana na Banda" levou  aqueles que a viram ao delírio, com a sua ousadia e feminidade, numa época em que o teatro "rebolado" sentia saudades de sua vedete maior, Virginia Lane. Hoje,quase quarenta anos de sua morte, ela é apenas uma vaga lembrança, naqueles que viveram a era Leila Diniz, o que é muito pouco em termos de uma vida realmente valiosa.  Embora ela sempre apareça rindo em suas fotos, não significa que ela fosse uma pessoa feliz, pois uma de suas frases bem famosas, demonstram um pouco de sua solidão e a falta de pessoas amigas de seu lado, a frase  é: "Gosto de andar sozinha; me dou bem comigo  mesma".  Assim viveu este furacão chamado Leila Diniz.       

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A ERA DOS FESTIVAIS DE MÚSICA

Tendo por base ou inspiração o festival de música de Sanremo na Itália que já vinha acontecendo desde o início da  década de 50, em 1965 o produtor musical Solano Ribeiro,  resolveu promover e entrar na era dos festivais de canção. O primeiro deles foi em São Paulo, no teatro Paramount,  transmitido pela extinta Tv Excelsior-SP, sagrando-se vencedora "Arrastão", música de Edu Lobo e versos de Vinicius de Moraes. A interprete era uma iniciante cantora que ainda não sabia como fazer com os braços enquanto cantava, seu nome: Elis Regina. No ano seguinte a Tv Record de São Paulo encampou o projeto de Solano e passou a transmitir o mesmo festival da canção que era só de música e cantores nacionais. Foi a época de músicas como Ponteio, de Disparada, de Domingo no Parque, de A Banda, de Alegria, Alegria, de Maria Carnaval e Cinzas, de Eu e a Brisa, de É Proibido Proibir, de Beto Bom de Bola e tantas outras. Voltando ao Festival Italiano de Sanremo, que este ano completou sessenta anos ininterruptos desde sua primeira edição, ele revelou vários cantores e compositores, entre eles podemos destacar mais recentemente Laura Pausini, um pouco antes Gigliola Cinqueti e bem la atrás, Domenico Modugno, ganhador por quatro vezes de tal festival, um dos quais com a célebre música Nel Blu Dipinto de Blu, mais conhecida como Volare e de outro, com a música  Dio Come Te Amo. Para este festival, nós contribuímos de alguma  forma para o seu brilhantismo, isto porque o compositor Sergio Endrigo, convida o nosso rei Roberto Carlos, para cantar a sua música "Canzone Per Te" e ganha o Festival de Sanremo de 1968.  Me parece que um ano antes em l967, o compositor Luigi Tenco, por  ver desclassificada a sua música "Ciao, Amore Ciao", naquela mesma noite se suicida. Coisas de amante fanático de tal festival.  Voltando de novo  aos nossos festivais, em 1966 o produtor Augusto Marzagão, resolve fazer um festival de música, mas de âmbito internacional, que seria  transmitido pela iniciante Tv Globo. Primeiro há a fase nacional tanto em São Paulo, transmitido pela Record, como no Rio pela Globo onde é escolhida a música que iria representar o Brasil no Festival Internacional da Canção ou FIC, que passou a ser realizado no Maracanãzinho, sempre nos meses de outubro. Para comandar o espetáculo chama dois apresentadores como mestres de cerimônia, Hilton Gomes e Ilka Soares. Assim tivemos, como primeira vencedora a música  "Saveiros"  de Dory Caymi e Nelson Mota, depois foi a  vez de "Margarida" de Gutemberg e Guarabira, "Luciana" e "Sabiá" de Tom Jobim e Chico Buarque. Mas a grande música da parte nacional de um destes festivais, não foi vencedora, ficou em segundo lugar, era "Travessia" de Milton Nascimento. Para a parte internacional do festival são convidados artistas, maestros e compositores de renome, tais como Henry Mancini, Quincy Jones, Jimmi Webb, Ray Evans, Jay Livingstone, Lex Baxter, Dom Costa, Nelson Ridlle, Maurice Jarre, Michel Legrand  e muitos outros. Do lado nacional, por causa dos festivais, surgem nomes ainda pouco conhecidos como Edu Lobo, Chico Buarque de Hollanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Geraldo Vandré, Raul Seixas, Dori Caymi, Sergio Ricardo e como cantoras Elis Regina, Nara Leão, Rita Lee, Gal Costa, Maria Alcina e Beth Carvalho. É a época das músicas protestos contra o regime militar que dominava com mão de ferro toda forma de expressão cultural. Por conta disto, após alguma  música ser cantada num dos festivais, compositores como Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e outros tiveram de buscar exílio em outros países. Os festivais também se caracterizaram por vaias em gente famosas, como em Roberto Carlos, Sergio Ricardo, Quincy Jones, Bill Medley, Tom Jobim  e Chico os dois últimos  por causa de sua  música "Sabia" ter sido escolhida a representante do Brasil ao invés de  "Pra Não Dizer Que falei  De Flores". Vinicius de Moraes, o "Poetinha" ficou tão indignado com as vaias dadas a seus parceiros Tom e Chico que queria "pegar" Geraldo Vandré por acha-lo culpado pelo ocorrido.  Em 1972, no último festival, Toni Tornado foi o vencedor com a música "BR 3" de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, ele cantou dando uma de James Brown, com passes iguais ao do rei da soul músic. Infelizmente, como dizem, tudo que é bom dura pouco, com apenas seis anos de duração do FIC, ficamos órfãos de festivais, órfãos daquele bom período de intercâmbio musical, que ficou conhecido como a era dos festivais. Para terminarmos este nosso passeio musical pela era dos festivais, nada melhor do que pegarmos carona em uma frase de Geraldo Vandré dita no lotado Ginásio Gilberto Cardoso, mais conhecido como Maracanãzinho, antes de cantar a sua célebre música, "Caminhando", ou "Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores" a fim de acalmar o público,  que os órgãos de repressão diziam ser de trinta mil comunistas e que queriam vê-lo vencedor e não "Sabiá", cantada por Cinara e Cibele do Quarteto em Ci, dizendo em resumo: - "A VIDA NÃO SE RESUME A FESTIVAIS", o que é uma pura verdade.

Obs: Na foto acima vemos Gilberto Gil, quando cantava Domingo no Parque, segunda colocada no festival de 1967 e ao fundo o apresentador Blota Júnior da Tv Record de São Paulo.     

sábado, 10 de dezembro de 2011

SERÁ QUE DEUS É SURDO?

Ao ouvir a maioria  dos cantores gospel e certos pastores em suas preleções no púlpito, tem-se a impressão que Deus deve ser bem surdo, porque a gritaria que fazem chamando-o é monumental, indo além dos decibéis que nossos ouvidos possam suportar, numa verdadeira poluição sonora. Esses que fazem assim, agem tão diferente do conselho dado por Jesus Cristo para seus seguidores, conforme expresso no evangelho de Mateus no capítulo 6. Lá Jesus diz para tomarmos cuidado, para não sermos como os hipócritas que gostam de orarem para serem ouvido por outras pessoas, ou sejam fazem orações altas, gritando. No versículo 8 do citado capítulo de Mateus ele acrescenta: "Tu, porem, quando orares entra no teu quarto particular, e fechando a porta, ore a teu Pai que está em secreto e este te olhará em secreto", quer dizer Deus ouve meros sussurros, não é necessário nenhuma gritaria, pois como Jesus acrescenta no texto seguinte, Deus sabe das coisas antes mesmo de nós pedirmos, assim conclui-se que Deus não é surdo. Houve no passado na nação de Israel, uma disputa entre os adoradores do Verdadeiro Deus e os adoradores de Baal. Foi na época do profeta Elias e do Rei Acabe que embora fosse rei de Israel, era seguidor de Baal. Este acontecimento serve para nos orientar para saber se é necessário gritar para Deus nos ouvir ou se na verdade a gritaria tem haver com algum deus falso. O livro de Primeira dos Reis no capitulo 18 nos relata que o Profeta de Deus, Elias, propôs uma prova para os profetas de Baal, junto ao monte Carmelo a fim de verem quem era o verdadeiro Deus. Assim, prepararam um lugar e colocaram numa fogueira armada, um novilho abatido mas sem nenhum fogo para consumir a oferta. Elias então, mandou que os profetas de Baal, chamassem por Ele, a fim de enviar fogo dos céus para queimar a oferta, o que fizeram toda uma manhã e nada. No versículo 28  do capitulo 18 de Primeira dos Reis, diz que eles, os profetas de Baal, gritaram ao máximo de sua voz e até fizeram cortes em si para berrarem mais alto e nada. Aí então, Elias fez uma oração ao Verdadeiro Deus, sem nenhuma gritaria e desceu fogo dos céus, queimando a oferta posta. Vemos assim, que gritaria tem tudo haver com deuses falsos e não com o Deus Verdadeiro que não é surdo e tem a capacidade de ouvir meras balbuciações de nossa voz. Portanto, desconfie de quem usa de gritaria para falar com Deus, seja na música, em palestras ou em alguma oração, pois além de desnecessária é um desrespeito para com o Próprio e outras pessoas que moram por perto, que são obrigadas a ouvirem, sendo assim incomodadas por tais gritos de aleluias, glórias e outros em igrejas ou templos. Tal gritaria, quando é feita por várias pessoas ao mesmo tempo, numa histeria coletiva como acontece em muitos "cultos", uma verdadeira "torre de babel", longe de trazer louvor só trás vitupério e preconceito contra aqueles que assim se portam, pois demonstram que são fanáticos, desequilibrados e não pessoas sensatas e razoáveis assim como eram o Mestre e seus discípulos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

POR UM PUNHADO DE DOLARES

Houve uma época em que o cinema italiano desbancou o cinema americano, naquilo que este tinha de mais original que era o gênero "farwest". Com alguns astros de hollywood, entre estes Clint Eastwood, Henry Fonda, Eli Wallach, Charles Bronson e como coadjuvantes lindas mulheres italianas, como Claudia  Cardinale e outras, o estúdio Cinecita de Roma, começou a filmar os bangue-bangue ou os faroestes italianos, não na Itália, mas em solo espanhol, que era bem parecido com  a paisagem do oeste americano. Para isto contava com excelentes diretores, sendo o mais destacado deles, Sergio Leone. Para coroar a película,  foi adicionado um  toque musical de uma beleza deslumbrante, vindo das mãos do grande maestro e arranjador Ennio Morricone, que compôs músicas para serem lembradas pra sempre independente do filme. Assim foram feitas, obras primas tais como:  Era uma Vez no Oeste, O Bom o Mau e o Feio ou Três Homens em Conflito,  Django, Um Dólar Furado, Por um Punhado de Dólares e outros mais, a ponto de deixar para trás quase esquecidos, diretores americanos do quilate de John Ford aquele de, Nos Tempos das Diligências e atores tais como John Wayne, o mais característico representante do gênero "cowboy americano". Sim, os faroestes a spaguetti da década de sessenta são sucessos até hoje para os cinéfilos apaixonados  pelo gênero. Deixando de lado a sétima arte mas seguindo a mesma linha do filme  título,  muitas vezes na vida nos confrontamos com pessoas que fazem qualquer coisa por dinheiro. Para elas o dinheiro é tudo. Amor, amizade, companheirismo são esquecidos ou são trocados por uma bolsa de moedas, assim como Judas Iscariotes fez com Jesus Cristo, vendendo-o por trinta moedas de prata. Devemos sempre nos lembrar que, o dinheiro tem algum valor nos ajuda em algumas situações, como no caso de alguma doença, onde aquele que tem algum dinheiro pode fazer um tratamento particular, ao invés de ficar numa fila do SUS para ser atendido num hospital público. Pode também nos dar um certo conforto, de poder comer aquilo que gostamos, passearmos quando houver oportunidade e algumas coisas mais. Mas, o dinheiro não pode comprar saúde, felicidade, amor, amizade, atenção, carinho, para estas coisas não há dinheiro que possa pagar, elas não tem preço. Assim, você  que faz de tudo para  alcançar riquezas,  ter muito dinheiro, achando que com isto terá o mundo aos seus pés, saiba que ao invés disto, o dinheiro poderá lhe trazer muita infelicidade, falsas amizades, amores interesseiros, doenças cardíacas, stress, depressão e outros males ou até mesmo a morte prematura como aconteceu com um ganhador sozinho de um prêmio milionário de uma mega-sena, assassinado a queima roupa em um bar em Rio Bonito, RJ. PORTANTO NÃO TROQUE COISAS VALIOSAS, VERDADEIRAS E PURAS, POR UM PUNHADO DE DÓLARES. Não vale apena, o fim pode ser trágico, como era para  todos os bandidos do faroeste tanto americano como italiano.   

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

REVIVAL DE MINHA ADOLESCÊNCIA

É noite, quando de repente o meu celular toca. Depois de me identificar, uma voz masculina me pergunta:- Sabe quem está falando? Eu respondo que não. A voz desconhecida insiste, dando algumas dicas.- É um amigo seu dos anos sessenta, e aí se lembrou? Depois de vasculhar meu baú de memórias auditivas, respondo desconcertado que não. Então depois de uma pausa ele diz: - É o Carlinhos, filho do seu Waldemar e da Dona Maria...o Carlinhos "Leiteiro". Bom, após isso, não havia como não se lembrar. Depois de rememorarmos nossas vidas, o que tinha acontecido de bom e de ruim, ele me disse que estava programando pro mês seguinte um almoço com todos os que haviam vivido naquele pedaço de rua os bons anos sessenta. Na data marcada desci a serra, com um dos meus filhos. Ao chegar a rua, fui observando as mudanças que haviam ocorrido neste longo período tempo. Cheguei enfim, a casa onde ocorreria o almoço e olhares atentos nos observavam do terraço da casa. Logo apareceram pessoas que me envolveram em longo abraços, até que um senhor de cabelo grisalho se apresentou: era o Carlinho "Leiteiro" o promotor da festa. Aquele reencontro e aquela rua onde eu havia passado parte da minha adolescência me remeteram para aqueles anos felizes, cheios de sonhos de uma juventude que acreditava poder mudar o mundo com uma nova filosofia de vida. Lembrei-me dos anos de chumbo na faculdade, onde muitos colegas foram presos, torturados e alguns até mortos, por conta disto, quando íamos para a aula, além de livros, levávamos bolas de gude e cortiça para derrubarmos os cavalos da polícia, que invadia o prédio para nos bater. Não dá para esquecer da chegada as lojas de discos, dos  novos Lps do Creedence, dos Rolling Stones, dos Beatles, do Simon and Garfunkel, do conjunto Santana e outros. Das idas ao Cine Paissandú para assistir a sessão da meia-noite, filmes como: "A Bela da Tarde" de Luiz Buñel; "Um Homem e Uma Mulher", de Claude Lelouch; "Depois Daquele Beijo" (Blowup) de Michelangelo Antonioni e os vários filmes de Godard e Fellini. Do show inesquecível de Wilson Simonal no Maracanãzinho, desbancando o nosso internacional Sergio Mendes e o Brasil 66. Dos festivais da canção, onde compositores e maestros do porte de Jimmy Webb e Quincy Jones foram vaiados, apesar do apresentador Hilton Gomes salientar que Quincy era aliado de Martin Luther King, na época ainda vivo, na luta pelos direitos humanos. Do Geraldo Vandré, tentando impedir que a platéia continuasse vaiando Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque de Holanda e como não conseguiu, disse:- A VIDA NÃO SE RESUME A FESTIVAIS. E atacou cantando "Pra não dizer que não falei de flores", sendo ovacionado até ao delírio quando dizia a frase, "e acreditam nas flores vencendo canhão". Foram tantas as recordações que esta década me trouxe que não dá para resumir num link, todo o revival de minha adolescência a não ser um curta-metragem  na sessão nostalgia.       

domingo, 4 de dezembro de 2011

BANQUETE DOS MENDIGOS

Nestas ocasiões das festas do fim de ano, são muitas as pessoas que deixando de lado seus preconceitos e até uma certa repugnância, dão uma de bom samaritano e promovem verdadeiros banquetes para os menos favorecidos, os excluídos, os mendigos, tentando com isto aplacar as suas dores de consciência por uma vida de luxo e extravagância. Mas não adianta nada para tais pessoas famintas comerem muito bem numa época e o resto do ano passarem fome. Por que,  por mais que se coma num dia, logo no outro o estômago vai ficar roncando, precisando de algo para saciar. Assim, era  melhor que se desse pouca coisa mas sempre e não apenas num período ou em certas datas. A fome é uma das coisas que mais tem provocado a morte, principalmente entre crianças no continente Africano. É muito triste, a imagem chega ser chocante, ver inocentes crianças, apenas pele e ossos, uns mortos-vivos com aquele olhar de já derrotados pela fome, aguardando apenas o dia de sua dolorida morte. Atualmente um bilhão de pessoas no mundo passam fome. Cerca de vinte milhões de pessoas e na maioria crianças morrem de fome ou de desnutrição a cada ano. É um número muito grande de mortos, fruto da desigualdade entre os dez por cento da população que possui muito e esbanja demais, que é o da classe dominante e o outro lado da pirâmide que é a grande maioria. onde se falta o básico.  O nosso planeta tem a capacidade de alimentar a todos  e muito bem. Infelizmente a ganância e as diferenças gritantes entre as classes sociais é que fazem uns terem muito e outros  absolutamente nada. Não é preciso ir longe, outro país ou continente  para ver de perto  esta triste  e grave realidade, que é o da escassez de alimentos. O vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, está aí para nos envergonhar com a sua enorme miséria e fome  porque passam seus habitantes. É o nosso Haiti, lugar onde as mães por não terem nada para darem de comer a seus famintos filhos, fazem para eles biscoitos de barros e margarina. Enquanto isto, gastam-se todo o ano, bilhões e bilhões de dólares com  armamentos, dinheiro que seria mais do que o suficiente para erradicar o problema da fome no mundo. Para os pobres, os marginalizados, os que passam fome, os governos humanos já demonstraram a sua incapacidade de resolver tal calamidade, só um governo justo as mãos de Jesus Cristo é que irá resolver de uma vez para sempre o problema da fome e outros que nos afligem. Ansiamos ver o dia chegar em que crianças não mais morrerão de fome e os banquetes com alimentos nutritivos e saborosos, serão a regra no nosso dia a dia  e não uma exceção, como acontece nos fins de ano para os pobres e famintos mendigos. Nesta época não haverá mais desigualdades muito menos mendigos, todos terão o bastante para saciar sua fome sem precisar da "generosidade" dos "cristãos" de ocasião.